POV Gabriela

Digamos que eu to totalmente encrencada, eu beijei o Noah, beijei o Enzo. Imagina se a minha mãe descobre? Eu to fu-di-da.

Depois de ter beijado Enzo, ele saiu do meu quarto e eu fui pra cama, não consegui dormir direito, só pensando nos gatos que estavam me rodeando, o que ta me deixando MALUCA! Não posso me envolver com os 3 desse jeito, eu vou acabar gostando dos 3, vou acabar me fudendo por isso, minha mãe vai descobrir, e eu vou sair magoada, ou magoando 2, ou sem NENHUM!

Me levantei e fui tomar banho, fiz minha higiene matinal e me arrumar pro colégio. Minha mãe já estava acordada e vi Enzo tomando café. Ao me ver sorriu e piscou. Inutil!

- Quer comer alguma coisa filha? - perguntou minha mãe, bebendo seu café.

- Não, não estou com fome, valeu - peguei minha mochila e fui pro carro.

Entrei e fiquei esperando minha mãe, Noah me deu um susto aparecendo na

janela do carro do nada.

- Seu idiota, você quase me mata do coração!

- Foi mal. Bom dia linda.

- Bom dia.

- Enzo falou muito ontem? - perguntou apoiado na janela, olhei pra ele e neguei com a cabeça. - Ele parecia bem bravo.

- Enzo é um tapado, acha que manda em mim. - Ele ia falar algo mas minha mãe e Enzo apareceram, me salvando.

Enzo fuzilou Noah com os olhos e entrou no carro, ao meu lado. Ambos ficaram se olhando.

- Noah, seu pai já acordou? - perguntou minha mãe.

- Ainda não Ju. Sempre acorda tarde, normal.

- Normal - repetiu ela e sorriu. - Quer dar um passeio?

- Claro. - Noah entrou no carro e me olhou pelo retrovisor. Desviei meus olhos dos seus e me concentrei em apenas encarar a rua.

O silencio reinava dentro daquele carro, eu peguei meu MP e fui escutando minhas musicas, pelo menos aquele silencio não me perturbaria. Quando chegamos, me despedi de minha mãe e de Noah e sai. Enzo veio atrás de mim. Caminhou ao meu lado até a sala.

- Você está bem Gabi, ta calada. - perguntou Enzo ao entrarmos na sala.

- To - foi minha resposta final. Ah, depois de ontem, não queria papo não, ainda mais agora com ele se achando o gostosão. Fiz uma burrada do tamanho do universo!

- Se arrependeu? - antes que eu pudesse responder, senti braços ao meu redor, me apertando, fui ver quem era a criatura que me esmagava... Marina.

CARALHO! Marina! Pelo que eu to sabendo Enzo ta ficando com ela, e ela é minha amiga, e eu beijei.... To fudidaça!

- Oi amiga, poxa você sumiu esse final de semana, não me ligou, nem nada - foi se queixando, eu olhei para Enzo meio histérica. Ele estava normal como se nada tivesse acontecido.

- Desculpe Mari, é que uns primos vieram nos visitar e tal, então não tive muito tempo.. Sabe como é.

- Hm, primo é? É gato? - Enzo ouviu Marina perguntar, e franziu a testa, esperava minha resposta.

- Pode se dizer que sim - ah, não ia mentir. E também dane-se ele.

- Me apresenta ai

- Ô Marina, você não tava com o Enzo? - perguntei um pouco mais alto, para que ele escutasse.

- Shiu Gabi, fala baixo, tava né? Mas ele não me liga mais...

- Ele é um viadinho Mari, liga não. - vi Enzo se levantar da cadeira e sai da sala.

O professor chegou e já começou a dar matéria nova. Ah, se eu tivesse uma metralhadora na mochila! Fala sério, esse professor de física é um babaquinha.

Até que as aulas passaram rápidas e AMÉM, bateu o sinal do recreio. Peguei meu dinheiro pro lanche e desci, Marina veio atrás de mim. Nem vi quando Enzo entrou na sala, muito menos quando saiu agora.

- Oi - ouvi a voz já conhecida.

- Oi Eric

- Ah, não me deu uma patada. Você ta bem?

- Sim e você? - Como sou falas, deus!

- Melhor agora - mas que cantada broxante.

- Sumiu - Nossa Gabriela, você já foi melhor em conversas

- Eu? Que nada, fui na tua casa não é?

- É. Mas não te vi depois disso.

- Eu fui na tua casa ontem Gabi, mas você não tava lá. Disseram que tinha ido a praia - PQP!

- Ah, sim.

Ficamos em silencio, apenas andando na fila. Comprei meu lanche e Eric veio atrás de mim.

- Não vai comer nada? - perguntei.

- Não, não como no colégio.

- Ah.

Mas que inferno Gabriela, fala alguma coisa que preste.

- Gabi?

- Hm? - olhei pra ele.

- Quer sair hoje?

- Bom.. Ta, claro.

- Passo na tua casa mais tarde.

- Ta bom. - falei e ele foi embora.

Uaaaaau, como meu senso de comunicação deu certo ein? Sua anta!

POV Juliana

Ao chegar no trabalho, Angela veio falar comigo.

- Juliana, a diretoria leu sua crônica e gostaram muito. Querem falar com você.

- Tudo bem. - fui até a sala da diretoria e José estava lá. O CHEFÃO!

- Com licença chefe, o senhor mandou me chamar? - perguntei, batendo a abrindo a porta.

- Sim Juliana, entre - entrei, fechei a porta e andei até sua mesa - Sente-se. - me sentei. - Li sua crônica sobre Drogas e Bebidas, e gostei muito.

- Obrigada senhor.

- Gostaria que você cobrisse uma reportagem sobre isso, tudo bem se você viajar?

- Viajar senhor?

- Sim, é que temos uma matéria sobre Bebida e precisamos do máximo de pessoas para cobri-la. O que me diz?

- Mas senhor, viajar para onde?

- Madrid. - O QUE?!

- Senhor, eu tenho uma filha.

- Ela não tem com quem ficar?

- Sim..

- Então. Juliana, preciso que você vá. É a única que soube falar bem sobre este tema.

- E quando viajo?

- Semana que vem.

- Tem certeza que preciso ir senhor?

- Olha Juliana, sei que foi do nada, mas é importante, é seu trabalho, e precisamos de alguém como você. Digamos que você está sendo promovida, entende?

- Claro.

Sai da sala do chefe sem acreditar que eu ia viajar, que fui promovida? Mas como isso? Do nada cara! Bom, vamos avisar a família.