O carro da policia parou e dois homens sairam de dentro dele.

- o que está acontecendo aqui?! - perguntou o policial mais velho

- Nada senhor - disse Jake se levantando

- Prendam-nos!

O policial mais novo no algemou e nos fez entrar no carro.

Não acredito que tinha sido presa por causa daquele idiota! Como pode o policial ME prender? Ele é cego? Não me viu no chão com aquele nojento praticando atentado ao pudor contra mim? Babaca!

***

Chegamos a delegacia e eu me encontrava sentando na cadeira em frente ao policial que me prendera

- O que o senhor pensa que está fazendo? Não viu que era ELE em cima de mim? - falei incredula pela audácia dele

- Comporte-se garota, ou posso prende-la por desacato a autoridade!

- Que autoridade meu senhor? Se nem o senhor viu que eu tava quase sendo estrupada ali

- Não foi isso que eu vi

- Era só o que me faltava! Acha que eu queria? Quem pensa que é pra falar assim?! - falei, me levantando da cadeira

- Sente-se agora mesmo ai - me sentei e o encarei com raiva - Certo, então conte-me o que aconteceu..

- Obrigada por resolver me ouvir. Já tava na hora - dei um sorrisinho de deboche, ele não gostou disso, mas e dai? - Eu sai e fui a uma boate dançar, o conheci lá. Ele disse que ia me levar pra algum lugar e fui com ele, então ele me levou ao motel. Acha mesmo que eu ia fazer algo com ele?

- Devia ter pensado nisso antes de sair com ele da boate - iiiih, sermão de policial não né? - E não foi o que seu amiguinho me disse ..

- Olha só, Senhor.. Você não é ninguém pra vir com sermão pra cima de mim, agradeço por ter me salvado daquele nojento, mas tá passando dos limites, e quer me dá licença que eu tenho que ir pra casa, e o senhor é um babaca por ter acreditado naquele imbecil! - acabei de falar e fui me levantando pra sair

- Pode ficar bem ai senhorita. Você é abusada e não mede a sua língua, me desreipeitou e vai ficar aqui até eu falar com sua responsável. - Merda, ele não pode ligar pra minha mãe

- O que?! Você não tem o direito de me prender aqui!

- Tenho e vou. Sente-se ai agora!

O olhei com toda a furia que se instalara em meus olhos, tudo bem eue estava sendo mal agradecida, se ele não tivesse chegado na hora eu estaria sendo estrupada a essa hora, mas quem ele pensa que é pra falar \'que parecia que eu estava gostando\'? E não foi oq ue meu \'coleguinha\' falou? EU é que estava no chão com um brutamontes em cima! Que absurdo! Vou processar esse cara

- Juliana Massari, a senhorita está seriamente encrencada! - escutei minha mãe dizer ao chegar na delegacia

- A senhora é mãe dessa garota? - perguntou o pilicial

- Sim, sou eu mesma. O que aconteceu policial? - Tô fudida

- Encontrei sua filha em frente à um motel rolando no chão com um rapaz mas..

- O QUE?! JULIANA VOCÊ .. - começou berrando no meio da delegacia, não dexando o policial acabar de falar

- Mãe, calma.. deixa eu explicar o que realmente aconteceu.. Não é o que... - mal terminei de falar e senti um estalo em meu rosto.

Olhei pra minha mãe chocada com que ela acabara de fazer. Como pode ela me dar um tapa? Aquela não era minha mãe, não podia ser. Coloquei minha mão em meu rosto e senti meus olhos encherem-se de lágrimas. Não deixei ela falar nem nada, sai correndo da delegacia, só queria sumir!

***

Eu ainda não estava acreditando no que havia acontecido na delegacia. Minha mãe nunca me bateu, sempre berrava mas bater? Ela era a primeira a falar que nunca bateria num filho, e agora o que ela fez? Bateu em sua filha.

Tudo bem, eu também errei muito essa noite. Primeiro não devia ter ido a boate sozinha, segundo não devia ter saido de lá com aquele.. Não conseguia parar de chorar, não se de dor ou de choque.

Eu não voltaria pra casa, não queria me aborrecer mais com o Bernardo, e eu iria acabar fazendo besteira. Essa noite foi péssima, minha noite foi pra cucuia. Uma simples saida pra dançar acabou com que restava da minha ironica vida.

Acabei indo pra onde eu me sentia protegida e segura. Minha casa na árvore.