Sempre Foi Você

Capítulo 07 - O jogo


É só seu meu coração

Tá escrito nas estrelas

O destino me pousou em suas mãos

(Nuvens de algodão – Exaltasamba)

- Eu começo - Ele diz, com cara de maquiavélico. O que em faz rir alto.

Sinto ele se arrepiar no pescoço onde está a minha respiração devida a nossa posição, nós ainda não nos soltamos e eu nem pretendo, tá tão bom aqui.

- Vou começar com uma leve, já que eu sou bonzinho – Ele diz. – Nome completo? – Ele pergunta.

- Ah, essa é fácil. Bruna Bratz D’ Almeida – Eu respondo .

- Como combinado, eu também tenho que responder. Meu nome todo é Lucas Bustamante Melo.

- Bustamante me lembra de alguém num lembro-me de onde... – Eu digo pensativo, realmente me lembrava de alguém.

- Me deixa adivinhar, você tá lembrando-se de Diego Bustamante, RBD – Ele diz.

- AAAAAAAH Meu Deus, era isso mesmo, eu AMAVA RBD – Eu digo.

- Isso sempre acontece, quando eu falo Lucas Bustamante, por isso só uso Melo – Ele revela. – Sua vez – Ele diz.

Tenho que começar com uma pergunta leve... então. Deixa eu cortar o número cinco da minha lista.

- Como você se auto definiria? – Pergunto.

- Essa é difícil... – Realmente, eu tenho que pensar como definir também. – Mas acho que como alguém que se preocupa com os que amam, e ser totalmente verdadeiro – Posso morrer agora? – E você? – Ele pergunta

- Em uma palavra: Música. – Digo convicta.

- Como assim música? – Ele diz visivelmente confuso.

- Música é o conjunto de notas, melodia e letra. Coisas que se complementam, e sem música eu não vivo, entende? E fora que sempre que quero me expressar recorro à música, então a acho uma boa palavra para me descrever – O respondo.

- Ah entendi – Ele diz. – Minha vez né? – Eu assenti. – Uma cor? – Ele pergunta.

- Acho que lilás – Falo pensando – Ou a mistura do verde e azul, tipo azul esverdeado, sabe qual é? – Falo na dúvida se ele vai entender a cor que eu to falando.

- Sei. E que milagre que não é rosa – Ele diz. – Gosto disso, não é uma garota comum – Socorro, daqui para o final desse jogo eu não vou estar mais viva. Risos. – A minha é vermelho.

- Gosto musical? – Posso ir retirando o número quatro da minha lista.

- Curto bastante rock, mas sabe como é né. Sempre sei as letras das músicas de brega e pagode que tocam na sala – Ele diz.

- Eu curto muitas coisas diferentes, um pouco de rock, quase tudo de pop, algumas músicas da mpb porque eu acho as letras de músicas daquela época lindas. Um pouco de sertanejo e brega e pagode como você falou só as que tocam na sala – Digo verdadeiramente.

- Número preferido? – Era impressão minha ou ele queria saber tudo, porque ele só perguntava com detalhes.

- Sete ou nove, já que sete é o dia do meu aniversário – Respondo.

- Dez com certeza – Ele diz.

- De que tipo de coisas você gosta? – Pergunto.

- Você só gosta de perguntas difíceis – Risos. – Como você percebeu eu amo ler, amo música e amo videogames e como todo bom brasileiro eu amo futebol.

- Eu, amo música, como você já sabe, amo instrumentos musicais, amo cachorros, amo vídeos de Felipe Neto, amo futebol, amo livros e muitas outras coisas. E acima de tudo. Eu amo One Direction – Eu disse.

Olhei para frente e cutuquei o Lucas, apontando pra frene, o por do sol, o mais lindo que eu já vi e ainda por cima eu me encontrava nos braços do garoto que eu amo (?).

- Bru, vamos entrar, por favor, já tá de manhã – Ele diz fazendo biquinho.

- Tá tentando imitar teu irmão, com esse biquinho é? – Pergunto

- Ah, você sacou. Que saco – Ele diz brincando, fazendo cosquinha em mim.

E logo lá estávamos nós dois embolando nas areias fazendo cosquinha um no outro no por do sol, nem nos meus melhores sonhos.

Para tudo! Será que é um sonho? Tá perfeito de mais pra ser um sonho. Quando eu ia me beliscar, eu percebi que mesmo se fosse eu não queria acordar, então continuamos lá embolando até que... Uma onda nos acerta e começamos a rir, me dá uma onda de pânico ao pensar que meu celular tá comigo, mas durante a sessão de cócegas o Lucas o tirou e o colocou em cima da pedra, junto com o dele.

Ficamos mais um tempo, brincando na água, feito crianças e isso me deixava feliz, eu me sentia leve, sem preocupações...

- Lucas, vamos entrar, antes que alguém acorde – Eu falei preocupada.

- Mas tá tão bom aqui – E ele fez biquinho.

- Nem vem to imune ao seu biquinho já – Eu falei brincalhona.

- Sobe aqui – Ele disse apontando pra suas costas.

E nós fomos até a areia de cavalinho, pegamos nossas coisas e fomos pela parte de trás da casa eu desci de sua costa e fomos de ponta de pé até os quartos, quando chegamos na porta do meu, fomos nos despedir.

- Boa noite Bru – ele me envolveu nos seus braços e me deu um beijo na bochecha que foi bem no cantinho da boca, que me deixou com gosto de quero mais.

- Boa noite Lucas – Falei fechando as mãos envoltas do seu pescoço. E comecei a mexer no seu cabelo, percebi que ele se arrepiou e ri com isso. E ele percebeu que já estava o provocando.

E não deixou por menos, com uma velocidade incrível suas mãos foram para a minha cintura e eu fomos nos aproximando.

- Ah, bonitinho, começou provocando agora aguenta, mordi o lóbulo da sua orelha e vi ele se arrepiar, na verdade era legal fazer isso, saber que efeitos eu tenho nesse garoto. Mas ele também sabe os efeitos que tem e mim, e eu duvido que ele deixe por menos.

- Então que comece o jogo de sedução? – Ele pergunta rindo.

E eu assenti, rindo também.

Eu normalmente não sou desse tipo, mas vamos ver no que dá. Na guerra e no amor. Vale tudo.