– Hyung! Noona! Nossa! Preciso correr! – GongChan gritou e saiu correndo para a sala. – Baro! Baro! Estão se beijando! Venha, é a nossa hora! – agarrou Baro pelo pescoço e quase lhe deu um beijo, se não fosse o reflexo de Baro em desviar o rosto.

– Hey, solte-me, GongChan! Você está bêbado demais! – Baro gritava.

Só se ouviam agora os gritos de Baro e de GongChan na sala. JinYoung assustou-se com o amigo entrando na cozinha, mas apenas olhou para trás e voltou a me beijar. Ficamos assim por algum tempo até que JinYoung parou, olhou-me fixamente e sorriu. Ele estava mais corado do que antes e, dessa vez, tinha um olhar mais tímido, mas não largou minha cintura. Ficamos apenas nos olhando durante alguns minutos.

– Noona, o que acha de sairmos daqui?

– Uhm, voltar para a sala?

– Não... talvez para algum lugar onde ninguém nos incomode... algum lugar com chave e fechadura. – sorriu maliciosamente e mordeu o lábio inferior enquanto me encarava de cima.

– JinYoung, acalme-se! Não acha que ficaria estranho a anfitriã da festa sumir?

– Mas noona... você disse que ia me cuidar... eu preciso de cuidados agora. – apertou mais forte seu corpo contra o meu, fazendo com que eu sentisse um certo “volume”.

– E-ei! Jinny! Acho que você bebeu demais, mesmo, hein? – eu disse, me soltando dos seus braços. – O que acha de conversarmos melhor sobre isso enquanto tomamos um café quente? – Eu estava com medo do monstro que eu havia criado. Eu fiz com que JinYoung bebesse demais e agora eu tinha receio do modo como ele agia. Não era nada desagradável essa situação, mas ele certamente se sentiria mal se eu o tivesse abusado dessa maneira. Fui em direção da cafeteira.

– Noona... não fuja de mim... – disse JinYoung, enquanto vinha atrás de mim e me abraçava pelas costas, forte e próximo o suficiente para eu sentir novamente o seu "volume". – Eu quero você. – cochichou no meu ouvido, me fazendo arrepiar inteira.

– Não vou fugir de você, Jinny. Agora beba isso. – fiquei de frente para ele e o fiz sentar na cadeira. Eu fiquei de pé e ofereci a xícara de café.

Eu estava tão extasiada com aquela situação que nem pensei no que poderia estar acontecendo na sala. JinYoung pegou a xícara da minha mão e bebeu tuo num gole só. Puxou-me pelo braço, fazendo-me cair no seu colo. Assustei-me, mas não me mexi dali. Ele mantinha os olhos fixos nos meus enquanto sua mão subia para a minha nuca. Beijou-me novamente, gemendo entre as respirações. Aquilo me deixava louca e estava tão extasiada quantoe ele. Virou-me de frente para ele e agarrou minha cintura. Eu o abraçava e passava as mãos por seus cabelos, bagunçando-os, às vezes dando puxões de leve, o que fazia ele virar a cabeça para trás e morder o lábio inferior.

– Dae, já ia te chamar aqui. A cerveja acabou, preciso comprar mais. Onde fica o mercado mais próximo? – disse Baro, entrando na cozinha e não percebendo a movimentação na cadeira. Antes que visse qualquer coisa, puxaram-no pelo braço de volta para a sala.

– Eu já disse que te levo lá, é só a gente ir! – disse BoChan, segurando o braço de Baro.

– Não, eu só confio na Dae-noona. Vai que você me sequestra?

– Mas foi você mesmo quem disse que eu sou seu tipo ideal, qual é o problema de eu te acompanhar ali?

– Não acredite em tudo o que ouve, pequena... meu tipo ideal sempre foi a Kahi do After School. Não insista! – disse Baro. – Dae, diga-me onde eu posso encontrar mais bebida! Já estou voltando a ficar são, isso é sem graça-... - interrompeu sua fala quando voltou à cozinha e se deparou com a cena. - JINYOUNG?? DAEHYUN??

Demos um pulo da cadeira com o susto. Levantei-me, secando os lábios com a mão, enquanto JinYoung ajeitava "suas coisas" para ficar mais confortável naquela situação. Gaguejei enquanto procurava o telefone na agenda.

– B-Baro, acho que existe tele-entrega de bebida aqui. Vou só achar o número e te passo. – continuei procurando, ainda esbaforida e corada, enquanto GongChan corria na minha direção, dessa vez sem as calças.

– Noona! Olhe para mim. Você acha que essa boxer preta me deixa mais magro? – disse GongChan, dando voltas para que eu pudesse enxergar melhor.

– C-Channie, acho que você deve por as calças, o-o que as outras meninas pensarão quando te virem assim? – assustei-me com a cena, não estava conseguindo agir normalmente.

– Se eu fosse garota e um garoto bonito estivesse de cueca na minha frente, eu certamente iria gostar. E, se ele fosse bonito como eu, eu certamente agarraria ele. – aproximou-se de mim e segurou meu rosto com as duas mãos, me dando um selinho. – Noona, não conte a ninguém sobre isso, mas eu prefiro as garotas mais velhas... – dizendo isso, foi se afastando de costas, até chegar na porta da cozinha e sair. Ou eu tinha um ímã para garotos coreanos seminus ou essa história foi escrita por mim (HAHA). Aquilo tinha me surpreendido mais do que JinYoung me agarrando, então eu entendi que nada mais podia ser uma surpresa, eu teria de esperar qualquer coisa vinda desses coreanos bêbados sem roupa. JinYoung apenas me encarava após o selinho de GongChan.

Quando cheguei na sala, Baro insistia com MinHee para que devolvesse sua camiseta, enquanto ela resistia em não devolver.

– Não, Baro. Você não vai vestir isso de novo. Eu já falei!

– MinHee! Ande logo, estou com frio! Devolva, ok? Apenas isso que eu te peço!

– Uhm... Oppa... que tal fazermos um trato? – MinHee aproximou-se de Baro e cochichou algo que não deu pra ouvir, mas ele escutou atentamente e logo abriu um sorriso. Assim que ela terminou, ele se jogou em cima de Sandeul e tentava tirar suas calças. Não precisei ouvir o que eles cochichavam para entender qual era o trato que fizeram. Sandeul gritava agora, mas não tinha muita força, tinha bebido muito. Baro foi tão violento ao tirar a calça do amigo que quase tirou a cueca junto, mas Sandeul conseguiu levantá-la rápido, não o suficiente para que escondesse sua bunda. Baro trocou com MinHee a calça de Sandeul pela camiseta, vestindo-a.

– Baro! Aqui está o número. Use o telefone de casa mesmo! – Eu disse, entregando o papel para ele.

– Valeu, Dae!

Dizendo isso, correu ao telefone e chamou mais cerveja. JinYoung sentou-se no sofá e ficou apenas olhando o que as outras pessoas faziam. CNU e MinYoung estavam sentados no outro sofá, enquanto ele estava completamente bêbado e ela puxava sua camisa para cima, a fim de ver o que havia por baixo dela. GongChan estava conversando (ou agarrando, não sei direito) com Sandeul, que estava tentando se cobrir, já que estava sem suas calças, enquanto MinHee ria maliciosamente dos dois. As duas coreanas estavam de pé perto da janela, cochichavam muito e riam, mas perceberam que eu estava observando e pararam, continuaram com suas expressões vazias.

Aquela noite estava sendo maluca e divertida. Essas coisas sempre aconteciam nos meus sonhos, mas eu nunca imaginei que pudesse acontecer de verdade. Eu estava abalada com todas aquelas situações, mas era tudo tão incomum que eu passei a me acostumar com isso. Fui até JinYoung e sentei-me ao lado dele. Ele deitou a cabeça no meu ombro e uma de suas mãos passava pelas minhas costas.

– Noona, acho que estou ficando com sono... – disse JinYoung, enquanto eu observava GongChan se aproximando, só de cueca.

– DaeHyun-noona, você viu as minhas calças por aí?

– Channie, estão aqui! – gritou Baro, enquanto pulava no sofá e girava no ar as calças do amigo. GongChan saiu correndo atrás de Baro, e os dois começaram uma brincadeira de pega-pega. Eles não corriam muito rápido porque estavam muito tontos, até que GongChan para e cai no chão, dormindo.

– Oun, o maknae aguentou menos do que eu! – disse JinYoung. – Noona, quero que me cuide. Estou com sono. – deitou-se com a cabeça no meu colo.

– Ah, acho que vamos ter que adiar nosso jogo. Estão trazendo mais cerveja, pessoal. Não é hora de dormir! – disse Baro.

As coreanas aproximaram-se de GongChan, com suas calças na mão, tentando vesti-lo, mas Baro as interrompia e tentava atrapalhá-las. CNU e MinYoung não estavam mais na sala e eu não percebi quando eles haviam saído. Sandeul dormia no colo de MinHee, que quase dormia também, se não fosse pelo detalhe de estar acariciando as pernas do garoto. Olhei para o relógio e já eram 3 da manhã. A madrugada tinha sido longa. Enfim, a bebida de Baro chegou e apenas os “sobreviventes” continuavam a beber: eu, Baro, JinYoung e, agora, BoChan.

Eu ainda não tinha sinal de MinYoung nem de CNU, mas não comentei nada. Ela dormia no mesmo quarto que eu, então eu nem ousei ir para lá, vai que estivessem... Né. Sunki dormia no sofá, enquanto Sandeul e MinHee estavam na cozinha comendo alguma coisa. GongChan ainda estava atirado no chão, dormindo, com as roupas mal colocadas. Enquanto eu e JinYoung estávamos sentados no sofá e Baro e BoChan sentados no tapete a nossa frente.

– Não vejo CNU e Sandeul, estou preocupado, acho que vou procura-los... – disse Baro, levantando-se.

– Ah! Baro! Sente-se, eles não devem estar em perigo, não é? Deixe-os onde estão. – eu disse, piscando um olho para ele.

– Ah! Ah, mas é claro... deixe-os se divertir... – Baro disse, fazendo bico.

JinYoung levantou-se e sentou ao lado de Baro, dando-lhe um beijo na bochecha.

– Baro, não fique chateado... Podemos brincar um pouco para nos divertir... – JinYoung notou os 3 olhares desconfiados para ele. – Ahm.. jogar um jogo, entendem? Vocês estão me entendendo, não é? Parem de maldade!

– Jinny, é você que está com pensamentos ruins! – eu disse.

Sandeul e MinHee voltavam da cozinha, algo tinha acontecido para esses dois estarem tão sorridentes. “Sentem-se aqui, vamos beber!”, disse Baro, chamando os dois. Eu e MinHee nos entreolhamos, isso bastava para eu entender o que tinha acontecido lá.

MinHee POV’s

– Unnie, vou comer alguma coisa na cozinha. – eu disse para DaeHyun, enquanto Sandeul levantava-se e me acompanhava.

Abri os armários à procura de algo comestível, não havia nada que me agradasse. Abri a geladeirae achei uma maçã. Lavei-a e sentei em cima da mesa, certamente DaeHyun me xingaria se me visse ali.

– Oppa, você quer comer alguma coisa? – eu disse para Sandeul, que apenas me observava de longe. Ele se aproximou de mim, pegando a maçã da minha mão e mordendo, jogando-a longe depois disso. Olhei para ele assustada.

– Eu queria comer a maçã, oppa. Por que fez isso? – eu disse, mas acho que ele não escutou (ou ignorou).

Ele agarrou minha cintura, chegando mais perto e ficando entre as minhas pernas. Aproximou o rosto do meu, de modo que ficamos a poucos centímetros de distância, mas ele só me encarava com uma expressão de menino travesso, mordendo o lábio inferior. Coloquei minhas mãos em seus ombros, até que ele me beijou. No início foi só um selar de lábios, mas depois aumentava a intensidade do beijo, até que suas mãos escorregavam nas minhas pernas e subiam nas minhas costas.

– Gostei disso... – disse ele, depois de um bom tempo me beijando. – Quero mais!

– Não, oppa! Vamos voltar, depois tem mais. – pisquei para ele e o empurrei para que pudesse descer da mesa, até que voltamos para a sala.

Fim do POV

– MnHee, sente-se! Vai ser divertido. Venha também, Sandeul! – eu disse.

Baro dava sugestões de jogos enquanto Sandeul discordava de todos, só para implicar, então MinHee disse: “ok, vamos parar de frescura aqui e escolher o que vamos fazer. Baro, o próximo jogo que você sugerir, será o que vamos jogar”. Sandeul olhou para Baro e mostrou a língua.

– Ok... vamos jogar Card Kissing! Dae, preciso de um papel...

– Vou buscar! – eu disse, enquanto JinYoung levantava-se junto comigo, apanhava seu copo e me acompanhava.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.