Após derrotarem o Fundador, Os Seres Do Amanhã tinham um outro problema para lidarem: A polícia local. Quando os policiais chegaram até o prédio da Ultra, imediatamente requisitaram os vídeos das câmeras de segurança das ruas próximas. Graças à Tim, as câmeras registraram apenas um loop de quando nada havia acontecido. Cara aproveitou que seus poderes estavam elevados e entrou na mente dos policiais fazendo-os acreditarem que a Ultra fazia experimentos em humanos e uma rebelião aconteceu de dentro para fora, o que justificaria toda a bagunça, fez também com que esquecesse os rostos de todos que estavam ali, aliado ou não. Como Jedikiah e o Fundador morreram por tiros, a história da rebelião seria bem convincente.

Quando voltaram para o covil, Stephen viu o corpo do pai com um sorriso aberto de orelha a orelha. Beijou John freneticamente de tão feliz que estava. Não conseguia se conter.

Seis Seres Do Amanhã morreram e quatro foram feridos, mas apenas um foi preciso levar ao hospital.

Irene procurou por Morpheu e Stephen no dia seguinte. Após todos descansarem.

– Eu andei pesquisando há algum tempo e descobrir que se injetarmos uma certa dose de adrenalina em um Ser Do Amanhã, os poderes vão se elevar até que o efeito passe. É um pouco arriscado, mas deu certo.

– E porque você está nos dizendo isso? – Perguntou Stephen curioso. – E como assim “deu certo”!?

– Porque você vai voltar no tempo com Morpheu, entrar na sala nova e trocar tudo o que tiver lá por adrenalina. Você ainda vai estar trabalhando para a Ultra. Jedikiah te deu o dia de folga, mas você pode dar a desculpa de que esqueceu algum pertence seu lá dentro.

– Então é agora que você me pede isso?

Irene e Stephen ficaram encarando Morpheu.

– Eu me visito. – Ele explicou.

– Então você sabia de tudo? – Perguntou Stephen

– Sim. Desculpem.

– Não... tudo bem.

– Toma. – Falou Irene entregando-os frascos contendo adrenalina.

Morpheu e Stephen deram as mãos e desapareceram.

Mais tarde naquele dia Morpheu e Josh voltaram para a Grécia após uma pequena comemoração. A perda de alguns amigos deixou todos de luto então não fizeram uma festa antes de os dois irem embora.

– Até qualquer dia, cabeção! – Falou Morpheu antes de teleportar.

John fez uma careta e, provavelmente bateria em Morpheu se ele continuasse ali.

Russell estava deitado no sofá quando Cara se aproximou.

– Tudo bem?

– Agora sim... Quero dizer... Perdemos alguns dos nossos, mas a Ultra foi fechada, Jedikiah e o Fundador estão mortos, temos uma máquina de matar no grupo e Roger está de volta. Está tudo ótimo.

– Que bom que você está bem. E sinto muito por Stephen ter escolhido você. Ou o contrário.

– Eu teria feito o mesmo. John é o namorado dele, claro que ele não deixaria John para trás, apesar de o namoro deles ter incentivado Jedikiah a plantar a pista falsa. – Cara concordou com um aceno – E escolher você seria deixar aquele futuro acontecer. Além disso eu nem deveria estar lá.

– Obrigada por nos ajudar assim mesmo.

– Quem devia agradecer somos nós. Graças ao seu momento irado conseguimos nos livrar do Fundador. - Cara sorriu – Só teve uma coisa que eu não entendi direito.

– O que é?

– Como os tiros passaram? Quero dizer, o Fundador é bem poderoso mais de uma vez ele se defendeu sem nem levantar os braços.

– Ah sim, isso. Após jogá-lo no chão eu entrei na mente dele e por algum tempo eu podia controla-lo.

– Maneiro.

Era bom ter Russell de volta.

John e Stephen estavam juntos num bar tomando alguns drinques. Nenhum dos dois era chegado a bebidas, mas depois do que aconteceu acharam que mereciam uma folga de tudo e de todos. Os dois viraram o copo e se encararam tentando não fazer uma careta.

– Você parece horrível! – Falou Stephen semicerrando os olhos.

– Não devo estar pior do que você. – John sorriu maliciosamente

– É, infelizmente eu tenho que concordar.

– Você nunca bebeu?

– Uma vez. Fui numa festa com Astrid, quando eu achava que tinha amigos.

– Agora você tem amigos.

Stephen sorriu.

– Vocês são bem mais do que isso. São minha família.

– Então isso entre nós é incesto!?

Os dois gargalharam enquanto John pedia mais uma dose ao balconista.

– A essas horas, Morpheu deve estar festejando também.

– Com certeza. Provavelmente na cabana dele com Selena.

– É. Isso me faz lembrar que devemos uma cama nova para ele.

Os dois riram novamente. Visivelmente alterados por causa das bebidas.

– Por que você lembrou dele agora? – Perguntou John

– Isso não é ciúme, é?

– Claro que não. Eu te amo.

– Eu estive pensando na segunda chance que tivemos para mudar as coisas. Não foi exatamente o que todo mundo tinha em mente, mas continuamos escondidos dos humanos...

– Stephen, para. Pelo amor de Deus! Esse assunto de novo, não.

– É. Você tem razão.

Stephen beijou John devagar.

– Stephen, estamos em público. – falou John baixinho, sem se afastar muito da boca de Stephen.

– É, eu sei. O que acha de irmos para um lugar mais privado então? Eu tenho muitas coisas em mente que podemos fazer para aproveitar essa nossa segunda chance.

– Pelo menos alguma coisa em que concordamos sobre essa maldita segunda chance. – Os dois se beijaram novamente.

– Não é tão maldita assim.

Um segurou o rosto do outro como se isso os segurasse para sempre juntos. Os dois se beijaram calorosamente e sumiram dali.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.