POV Edward

Eu estava no Salão Principal, na mesa da minha Casa. Tudo estava saindo como planejado, as pessoas estavam chegando para o banquete e nenhum sinal de Martella, dos Zabine ou da Sophie.

Eu estava de frente para a mesa da Sonserina de modo que eu pudesse ver a Louise. Se eu olhasse para trás poderia ver Cathy e James, que estão com os Collins, a Julie e o Ryan em uma das extremidades da mesa, enquanto Rox e Fred estavam com a Spinnet e o Wood na outra ponta da mesa. Louis estava há alguns metros de mim, também na mesa da Corvinal.

Basicamente, Louis seria responsável pela área próxima à mesa dos professores nas mesas da Sonserina e da Corvinal. Fred e Rox cuidariam da mesa da Lufa-Lufa e a da Grifinória na frente do salão. Louise, Catherine e James seriam responsáveis pelos arremessos das abóboras e eu tenho que inundar o salão... Simples, não?

Todos os alunos já estavam sentados. Faltava apenas os quatro Sonserinos, pelo o que eu pude perceber.

_ Sejam bem-vindos ao Banquete das Bruxas e feliz dia das bruxas - disse a diretora após todos se calarem - E que comece o banquete!

Ok, nunca vi tanta comida boa em uma mesma mesa ao mesmo tempo. Comecei a comer igual a um desesperado. Logo, vieram as sobremesas que, como diria a Izzie, eram manjares dos Deuses. Quando eu me servia do último doce que tinha, a caixa no meu bolso esquentou. Olhei pra Izzie, ela piscou pra mim. Antes que eu tivesse qualquer outra reação, tive uma sensação estranha.

_ Marotos! - gritou Fred.

_ Cala a boca, Weasley - eu gritei de volta.

O estranho era que ninguém pareceu notar que gritávamos.

_ Lancei um Abaffiato... Sou foda - ele disse sorridente.

_ Um o quê? - Louise entrou na discussão.

_ Um feitiço que não permite que os outros ouçam o que dizemos - Roxanne nos informou - Estou impressionada que Fred tenha conseguido lançar o Abaffiato com tantas exceções...

_ Mas pra quê? - perguntou Cathy.

_ Vocês esqueceram que não sabem fazer feitiços não-verbais? - lembrou Fred

_ É mesmo, valeu - disse James.

_ Comecem a fase um - ele gritou.

Vi Louise direcionar discretamente sua varinha para a entrada. Logo vi uma abóbora voando na direção dela e outra duas voando na direção de James e Cathy. As abóboras davam cambalhotas deixando que seu conteúdo caísse pelo caminho. As pedrinhas e bolinhas pretas bateram no chão. As bolinhas começaram a se multiplicar e ir em todas as direções. As pedras explodiram em fumaça negra.

Vi mais algumas abóboras voarem, a gritaria tomou conta do salão. Quando percebi que a fumaça negra tinha me engolido, saquei minha varinha.

_ Aguamenti - um jato de água saiu da ponta da minha varinha, eu não sabia controlar a distancia que o jato ia, mas quem liga? Eu tenho mesmo é que inundar essa parada toda - Aguamenti... Aguamenti... Aguamenti - eu repetia sempre que o jato de água diminuía.

Depois de um três minutos, a fumaça se dissipava e o Salão Principal estava completamente alagado. Então, algo estourou embaixo do meu banco e logo em seguida começou uma saraiváda de estouro de fogos. Fogos voaram por todo o salão, formaram desenho de um dragão rosa, um hipogrifo branco, um leão vermelho, uma serpente verde, um texugo dourado e uma águia azul. Para finalizar, uma frase apareceu " Feliz Dia das Bruxas, Hogwarts!", mas não acabou por aí, apesar de não ter sido previsto o gran finale que rolou.

POV James

Mas que droga! Como foi que aquilo apareceu nos fogos. Olhei em volta e percebi que todos os Marotos estavam tão surpresos quanto eu. Olhei então para o nosso fornecedor que se dobrava de tanto rir.

_ Meu tio está dando gargalhadas - eu disse para Catherine.

Cathy olhou na direção do tio Jorge e viu o que eu dizia. Fred, que já tinha retirado o Abaffiato, Roxanne e Louise perceberam que olhávamos na direção da mesa dos professores e também olharam para lá. Logo, Louis e Edward também olhavam.

_ Que cretino! - disse Cathy - Quero dizer, você acha que ele fez de propósito?

_ Claro que fez! - eu respondi - Ele é Jorge Weasley, ele não comete erros sem querer...

_ Quem são os responsáveis por essa algazarra? - gritou a Professora McGonagall.

_ Eu achei que era óbvio, Minerva - disse o Professor Longbottom - Os Marotos fizeram isso.

_ Mas quem são os Marotos? É isso que eu quero saber, Longbottom! - ela disse exasperada - Eu quero que os Marotos se levantem imediatamente!

Senti minha caixa esquentar e lá na validade estava 1357 que quer dizer basicamente: "Agora!". Olhei na direção dos outros e vi que eles também tinham visto. Fred e Roxanne assentiram para nós e para os outros. Então, nos levantamos.

A diretora olhou para cada um de nós.

_ Sr. Louis Weasley, Sr. Blake, Srta. Kant, Srta. Dalton, Sr. Potter, Sr. Frederic Weasley II e Srta. Roxanne Weasley - ela citou um por um calmamente - Pois bem... Se puderem me acompanhar até o meu escritório...

Ela deu a volta na mesa. Mas parou quando foi chamada por tio Jorge.

_ Minerva, me permita acompanhá-los, acredito que tenha informações que possa resolver o caso... - ele disse.

_ Não sei como você pode ter mais informações, mas... Pode vir - ela permitiu.

Nós a acompanhamos. Na porta do salão, passamos pelos quatro Sonserinos que, provavelmente, estavam à porta quando a confusão começou.

_ O que vocês estão fazendo aqui fora? - perguntou a diretora.

_ Estávamos na detenção - respondeu Martella.

_ Tinker! - a diretora chamou, mas não tinham ninguém por ali.

Então, houve um estalo e uma elfa doméstica apareceu.

_ Chamou, minha senhora? - perguntou a elfa

_ Sim, sim... Acompanhe esses meninos até a cozinha e sirva-lhes um jantar - ela ordenou.

A elfa saiu sendo seguida pelos Sonserinos e nós seguimos até a sala da diretora. Entramos em seu escritório e nos alinhamos em frente à mesa. A Professora McGonagall deu a volta e se sentou em sua cadeira, o Professor Weasley se postou ao seu lado.

_ Não tem muito o que discutir, certo? - ela começou - O nome do grupo de vocês apareceu assinando o feito e...

_ Não fomos nós, diretora - disse Roxanne.

_ Como não foram? Vocês mesmos se entregaram ao assinar o feito...

_ Não fomos nós - disseram Cathy e Izzie juntas.

_ Mas então.. - a diretora recomeçou.

_ Com lincença, diretora - tio Jorge se pronunciou - Na verdade, talvez eles não sejam os responsáveis...

_ Como assim, Jorge?

_ Minerva, você mesma viu que tinha alunos fora do salão... Eles estavam em detenção na minha sala, onde tenho uns dispositivos de detecção de movimento na porta. Eles saíram um pouco antes de começar tudo. As abóboras foram arremessadas de fora do salão. Pode ter sido eles...

_ Mas e a assinatura? - ela indagou.

_ Devem ter feito para nos incriminar! - Edward exclamou.

_ É uma teoria... - ela estava considerando.

_ Então a senhora não vai nos colocar em detenção? - perguntei esperançoso.

_ Não sei! Amanhã eu irei conversar com a Srta. Martella, a Srta. Bones e os senhores Zabine - ela disse cansada - Quero os senhores aqui amanhã no primeiro tempo, entenderam?

_Sim, senhora - dissemos juntos.

Ela nos dispensou e descemos todos.

_ Não acredito que meu pai armou essa pra gente! - disse Rox revoltada.

_ Mas por que ele faria isso? - perguntou Louise.

_ Só saberemos amanhã... - murmurou Cathy.

_ Acho melhor irmos dormir - eu disse - Você volta bem sozinha, Izzie?

_ Claro... Eu tenho um mapa. Vou verificando o caminho para não encontrar nenhuma encrenca pelo caminho, porque eu não estou precisando de mais uma para a lista... - ela disse tranquila - Boa noite, gente.

Nos despedimos dela e ela seguiu escada abaixo. Logo,Edward e Louis seguiram para a torre da Corvinal e nós fomos para a Grifinória.

POV Louise

Eu caminhava tranquilamente pelo castelo, observando meu mapa digital, até que alguém me segurou pelo braço, me fazendo gritar.

_ Não grita, anaconda! - ele pediu sussurrando.

_ Albert! Que susto, eu não... eu não... - eu me atrapalhei.

_ O que é isso que você ta segurando ai atrás? - ele perguntou curioso.

_ Não é nada! - eu guardei apressadamente o mapa - Aliás, do que você me chamou?

_ Anaconda..

_ Por que?

_ Ah, eu acho engraçado o fato de você ser uma cobra da Sonserina, então eu te chamei de anaconda só por ser irônico... Mas você prefere que eu te chame de marota? - ele provocou.

_ Não... tem outras marotas...

_ Mas você ainda não me disse o que era aquela parada que você estava segurando....

_ É um mapa, que parece estar com defeito, afinal..

_ Por que?

_ Ele deveria me mostrar onde cada pessoa está desde que ela esteja dentro dos terrenos do castelo... Mas você não apareceu no mapa, então...

_ Como você arrumou isso? É uma parada dos marotos? - ele indagou.

_ Eu tenho os meus contatos, mas sim... é uma parada de marotos, um dia derrepente eu te mostro o mapa, vou ver se tem conserto... Acho melhor eu ir domir, tenho que estar cedo na sala da diretora amanhã.

_ Vocês se ferraram por causa da brincadeira? - ele perguntou.

O que eu falo agora??? Digo que ainda não porque ele e os amigos são também supeitos ou deixo quieto?

_ A diretora vai dar o veredicto amanhã... - eu optei por abafar o caso.

_ Espero que você não se ferre, a piada foi bem legal... - ele disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

_ Que bom que gostou, mas agora eu tenho que dormir, vamos pra masmorra? - eu perguntei sem graça.

_ Claro, vamos - ele disse passando o braço por meus ombros e caminhamos para a Sonserina.

Quando entramos a sala estava vazia, nos despedimos e cada um seguiu para o próprio dormitório.