Uma semana depois...

POV Catherine

Eu ainda mato o Collins! Sim, eu estou falando do Robert! Que garoto chato! Ele está há mais de uma semana trocando de lugar com o irmão, ou seja, ele está na minha turma. E o pior é que parece que a Louise está amando me torturar, porque eu entro na sala e sento numa mesa e em vez de ela vir sentar comigo ela se senta na mesa com James e o meu querido amigo Robert se senta comigo e passa a aula inteira me irritando.

Minha vontade é de dedurá-lo, mas ai o John também vai se encrencar. Então... Tenho que ficar na minha.

Estamos na aula de voo e hoje o professor vai falar sobre quadribol. Ele pediu que James e Henry fossem buscar a caixa de bolas, mas... pera ai! O Bucker?! Ai meu Deus – eu pensei me virando na direção do vestiário. Os dois voltavam, cada um segurava de uma lado da caixa com uma mão e com a outra seguravam os bastões.

Foi, então, que aconteceu. Henry tropeçou, a caixa caiu e se abriu, o balaço saiu da caixa, subiu e depois começou a descer em direção à seu alvo, que era o Bucker ainda caído no chão.

Eu fechei os olhos e ouvi um baque, mas não parecia do balaço esmagando o Henry... Abri os olhos e vi James parado ao lado do garoto com o bastão apoiado no ombro e ofegante.

Procurei pelo balaço e o vi perto das balizas, ele voltava, só que agora vinha em minha direção, ele estava cada vez mais próximo. Eu tentava sair, mas parecia que meus pés estavam colados no chão. Eu não conseguia nem fechar os olhos.

Quando ele estava muito próximo, quase encostando em meu nariz, um bastão bateu nele, o desviou e depois um raio passou por cima do meu ombro. Devia ser o feitiço de professor que estaria atrasado demais se o bastão não tivesse desviado o balaço, mas no fim o feitiço acerou o balaço que explodiu. Eu senti minhas pernas cederem e tudo ficou escuro.

Eu estava no campo de Quadribol, só que eu não via a grama, eu estava em uma vassoura, a goles estava em minhas mãos e lá em baixo eu só via uma névoa densa. Eu fiz a única coisa que poderia fazer. Voei em direção à baliza e arremessei.

Do meio da névoa surgiu uma figura que voou até as balizas e defendeu o meu arremesso. O susto que levei foi tão grande que eu caí da vassoura. Quando entrei na névoa, ficou frio. Então senti meu corpo sobre algo, mas não parecia ser a grama e nem teve impacto nenhum.

_ Cathy, acorde! Por favor, acorde! - alguém implorava num sussurro. A voz era conhecida, parecia ser o...

_ Robby? - eu chamei abrindo os olhos.

_ Ah, graças a Deus! Você acordou... - Robby suspirou. Ele segurava minha mão, não tive forças para gritar com ele, então, deixei assim mesmo.

_ Há quanto tempo estou desacordada? - perguntei.

_ Oito ou nove horas... Volta a dormir pequena. Amanhã tem o teste para o time de quadribol e acredito que queira participar e eu tenho que ir, ainda não jantei – ele disse se levantando.

_ Fique um pouco mais, espere eu dormir... - eu pedi segurando o mais forte que eu pude em sua mão.

_ Claro, pequena – ele disse sorrindo e se sentando novamente.

_ Pare de me chamar de pequena – choraminguei.

_ Nunca! Agora, durma... - ele riu e começou a fazer cafuné em minha cabeça. Em segundos eu já dormia.

--//--

Hey, pequena! Acorda – era Robby e ele acariciava meu rosto.

_ Bom dia – eu falei abrindo os olhos – E já falei pra você parar de me chamar de pequena.

_ Trouxe seu café, pequena – ele me ignorou.

_ Obrigada – eu disse me sentando – Quanto tempo temos?

_ Uma hora para a segunda aula.

_ Como assim? Nós estamos perdendo aula? - eu comecei a gritar.

_ Você já perdeu todas de ontem... Qual é o problema de faltar mais uma? Além disso, o Professor Longbottom me liberou da aula para vir buscá-la.

Eu desisti de brigar com ele. Comi o que ele trouxe, depois peguei meu uniforme limpo que estava na mesa de cabeceira e fui tomar banho.

Robby não deixou que eu carregasse nada, nem meu próprio corpo. Ele me fez subir nas costas dele e ele ia com a varinha levitando nossas mochilas. Ele me contou que quem arremessara o bastão fora James e eu estou devendo uma a ele. Fomos o resto do cominho discutindo porque eu queria andar e ele não queria deixar. Ele só me soltou quando chegamos na estufa, tivemos a ala, que não teve nada de muito interessante.

Depois da aula, James, Izzie e Edward iam na frente, eu corri( aproveitando meu segundo de liberdade) e pulei nas costas de James e tasquei- lhe um beijo na bochecha, só que depois ele não quis me deixar descer.

Edward pegou a minha mochila e Izzie pegou a de James. A diretora saiu do castelo quando estávamos próximos, John estava com ela.

_ Sr. Robert Collins – ela falou com Robby, ferrou, ela descobriu – Me acompanhe, por favor.

Robby à seguiu e só voltou na hora do almoço. E ele estava, como podemos dizer... diferente!


POV Robert


Droga! A diretora descobriu. Eu estava caminhando com meu irmão ao meu lado. Ele estava apavorado.

Paramos em frente à gárgula, a diretora disse a senha e a gárgula saiu do meio da passagem para uma escada. Subimos e demos de cara com uma porta, a diretora a abriu e lá dentro estavam meus pais... O que ele estão fazendo aqui?

_ Que saudade de vocês, meus filhos! - disse mamãe nos abraçando.

_ Querida, acredito que não seja o momento ideal para abraços – disse papai.

_ certo, desculpem-me – disse mamãe se afastando.

_ Sentem-se todos, por favor – falou a diretora.

Eu e John nos sentamos entre mamãe e papai.

_ Chamei os senhores e a senhora aqui porque está ocorrendo desagradável. Eu vou direto ao ponto. Há, mais ou menos, uma semana comecei a desconfiar de que John e Robert estivessem se passando um pelo outro para trocarem de turma e gostaria de saber o por quê...

_ Vocês o que? - falou papai incrédulo se virando pra nós – Desde que eram pequenos eu falava para vocês nunca fazerem isso e …

_ Calma, querido – mamãe o interrompeu – Acredito que eles tenham uma explicação pra isso... certo, filhos?

_ O Robby quis mudar de turma pra poder passar mais tempo irritando a Cathy – eu dei uma cutuvelada nele – E como eu fiquei amigo do Ryan, que é da turma do Robby, eu topei a troca.

_ A Srta. Dalton? Foi bom você ter falado nela, foi por ela que eu tive certeza da troca.

_ A nanica nos dedurou? - eu perguntei. Não acredito que ela fez isso! Ah, ela me paga!

_ Na verdade, eu estava para entrar no corredor onde você dois estavam quando a ouvi gritar algo como, desculpem-me os termos, “ Vá se ferrar, Robby! Um dia desses eu vou te dar um soco no meio dessa sua cara copiada na aula e ainda vou pegar uma detenção...” Falei alguma mentira, Sr. Robert?

_ Bom, ela falou, na verdade, que ia dar um soco na minha cara xerocada. O que, acredito eu, seja semelhante ao que a senhora disse.

_ E qual será a sentença, Professora McGonnagal – meu irmão perguntou.

_ Detenção, para os dois. Na verdade, o Sr. Robert ganhará detenção dupla. concordam, Sr. e Sra. Collins?

_ Dupla, por que dupla? - eu perguntei revoltado.

_ Uma pela troca e outra por não deixar a Srta. Dalton em paz.

_ A senhora está certa, Diretora – papai se pronunciou.

_ E se vocês permitirem, terei que mudar um deles para que os professores possam diferenciá-los.