Lanie se encontrou sem reação quando se deparou com aquele homem parado em sua porta.


– Posso, entrar? - Ele perguntou com uma voz sarcástica.
– Não! - Ela exclamou assustada tentando fechar a porta.
– Não adianta você tentar me impedir. - Ele disse conseguindo abrir a porta. - Você não tem escolha.
– Vai embora, por favor! - Ela disse enquanto se afastava dele.
– Porque tanto medo, Lanie? - Ele se aproximava cada vez mais dela. - Você costumava a ficar feliz quando me via.
– O que você quer aqui?
– Eu vim cumprir o que eu prometi.
– Mas eu fiz o que você me pediu, eu me afastei dele, eu terminei tudo com ele. - Ela já tinha lágrima nos olhos. - Por favor Carl, vai embora!
– Você tem certeza que você fez o que eu pedi? - Ele a encurralou na parede. - Você acha que eu sou idiota? Eu vi ele saindo daqui!
– Você entendeu tudo errado! - Ela tentou explicar.
– Cala a boca! - Ele gritou. - Eu não quero ouvir mais nenhuma palavra.
– O que você vai fazer comigo?
– Eu já falei pra você calar a boca.
– Por favor... - Ela implorava enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.
– Você vem comigo agora...
– Não! - Ela gritou, e como que por um impulso deu um chute nele e tentou correr, derrubou tudo que estava em seu caminho, mas infelizmente havia sido em vão.
– Eu tentei ser legal com você, e é assim que você me retribui? - Ele disse quando a pegou. - Você vai vir comigo agora, e se tentar mais alguma gracinha, eu não vou ser tão bonzinho como estou sendo agora.


Ele a arrastou pelo braço até a porta do apartamento e sussurrou no ouvido dela.


– Você vai ficar quietinha, sem tentar nenhuma gracinha.
Dominada pelo medo, Lanie fez o que ele pediu e seguiu com ele até o carro.
– Pra onde você está me levando?
– Pra um lugar bem longe daqui, onde nós dois vamos ser muito felizes juntos.


Carl ligou o carro e pisou no acelerador, Lanie não conseguia parar de pensar para onde ele estava a levando.
Além do medo o cansaço acabou dominando Lanie, que acabou dormindo.


xx


– Vamos acordar?- Ele disse enquanto abria a porta do carro para que ela saísse.
– Onde nós estamos? - Ela perguntou ainda sonolenta.
– Você já vai descobrir.


Assim que desceu do carro, logo pode perceber que eles estavam em um sítio.


– O sítio da sua família?
– Tem lugar melhor do que esse para ficarmos juntos?
– Você só pode estar doente! - Ela exclamou.
– Cuidado com o que fala. - Ele a puxou pelo cabelo. - É melhor você tomar muito cuidado... não se esqueça que a prisioneira aqui é você. Na sua primeira gracinha, eu pego o carro, volto pra cidade e acabo com o seu namoradinho policial.
– Por favor, não faz nada com o Javi. - Ela pediu.
– Isso só depende de você. - Ele disse a largando.
Ele pegou umas malas que estavam dentro da mala do carro e foi andando em direção a casa.
– Você não vem? - Ele perguntou a ela.


Lanie, sem ter muito o que fazer o seguiu para dentro da casa.


– Só para que você saiba, eu peguei seu celular. - Ele disse puxando o celular dela de dentro do bolso. - Só para garantir que ninguém venha nos incomodar. - Eu vou beber um pouco de água, você quer?
Ela apenas negou com a cabeça.
–Você é quem sabe. - Ele disse enquanto se retirava para a cozinha.
Lanie ficou ali na sala, olhando assustada para todos os lados. Ela se sentou no sofá, ainda estava cansada, não estava se sentindo bem.
– O que você pensa que está fazendo? - Ele perguntou quando voltou pra sala e a viu sentada no sofá.
– Só estou descansando um pouco, não estou muito bem.
– Vamos, levanta. - Ele disse a puxando pelo braço. - Você vai ficar no quarto.
– Você está machucando meu braço.
– Deixe de ser fresca, eu nem estou segurando direito. - Ele disse apertando mais o braço dela. - Vamos, sente ai. - Ele a jogou na cama. - Isso é só pra garantir que você não saia daqui. - Ele disse enquanto retirava uma algema de dentro da gaveta do criado mudo.
– O que você está fazendo?
– Já disse, é apenas uma garantia. - Ele a algemou, a deixando presa na cama. - Agora você fica aqui que eu tenho uma coisas pra resolver.
– Aonde você vai?
– Não é da sua conta. - Ele fechou a porta.


Ela estava sem saída. Sequestrada, presa por uma algema em uma cama, sua única esperança era que alguém sentisse sua falta e procurasse por ela.