Bianca se ajeitou no colo de Leo, passando uma perna para cada lado do corpo do garoto, que desceu as mãos que estavam na cintura definida da princesa para a sua bunda, apertando com força a fazendo suspirar por entre o beijo, usando como deixa para distribuir mordidas e chupões pelo pescoço exposto do anjo, maltratando aquela pele angelical e perfeita que ele possuía.

As mãos da garota passavam ansiosas pelo corpo dele, infiltrando na sua camisa, arranhando apenas o suficiente para deixar marcado em vermelho a pele branca que ele, porém ela não esperava se assustar com sua irmã entrando batendo palmas na sala e encravar as unhas por completo no abdômen dele.

— Pu...- Ele se interrompeu antes que o palavrão saísse por completo da sua boca.

—...ta que pariu? – Hazel questionou contendo a risada na garganta.

— Isso. – Leo disse apontando para a menina e ao mesmo tempo segurando Bianca que quase caia do seu colo rindo. – Obrigado! – Agradeceu abraçando a garota.

— Me desculpa. – A mais velha disse entre risos, deixando algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto devido ao fato de estar começando a ficar sem ar.

— O QUE VOCÊ DISSE? – Hazel gritou se exaltando ao ouvir tais palavras saírem da boca de sua irmã mais velha.

— Isso mesmo que você ouviu, Hazel, o amor pode mudar as pessoas. – Leo disse vendo a ficante parar de rir de imediato e o encarar.

— Leo Valdez, é feio contar mentiras e da próxima vez que você mentir eu enfio minhas unhas nesse seu rostinho. – A morena disse ficando séria, olhando ele em reprovação.

O anjo puxou-a para frente, colando mais seus corpos para poder falar em seu ouvido:

— Anjos não podem mentir, nós simplesmente não conseguimos. – O garoto falou apenas para ela escutar, o que a fez sorrir e revirar os olhos.

— Então você realmente é muito iludido. – Bianca sussurrou de volta no ouvido dele.

— Vai me dizer que não é apaixonadinha por mim? – Valdez questionou sorrindo de canto e ela deu de ombros.

— Vou. – Ela assentiu simplesmente. – Na verdade eu já estou lhe dizendo isso, ou você tá tão ruim assim de interpretação.

— Toma, otário! – Hazel se manifestou rindo da cara do anjo, que revirou os olhos.

— Hazel! – O menino repreendeu olhando a morena parada ainda no arco da porta rindo da cara de quem se magoou.

— O que foi? Você é muito iludido de achar que Bianca Di Ângelo estaria apaixonadinha. – Fazendo a referida da frase revirar os olhos de automático.

— Eu vi em. – Leo comentou por estar tão perto dela não deixando passar despercebido a atitude involuntária dela.

— O que? – Questionou Bia, sabendo que era com ela que ele estava falando.

— Você sabe bem. – O moreno sorriu de lado a fazendo arquear as sobrancelhas em dúvida sem realmente ter ideia do que ele falava.

— Você tá fumando? – Perguntou inocentemente ficando preocupada de ter que trabalhar com um anjo drogado.

— Poupe-me, Bianca, quem tá fumando é você. – O menino disse se irritando com a garota se fingindo de sonsa.

— Ué? Porque? Você que começa tendo ilusões e alucinações e eu que to fumando? – A morena se exaltou tentando se levantar do colo do anjo para ter uma briga decente.

— Para de se fingir de sonsa. – O anjo disse irritado impedindo que Bianca de se levantar.

A menina se controlou ao máximo para não deixar sua aura demoníaca transbordar ali mesmo e atacar aquele anjinho muito bom de cama.

— Como é que é? – Disse irritada, falando cada palavra com calma e em alto e bom som.

A filha do capeta dessa vez se levantou com sucesso, cruzando os braços e encarando o anjo mostrando que não tinha gostado nada daquilo; Leo não tardou a levantar e repetir o ato da ficante, a encarando realmente irritado.

— Você fica com essas frescuras, qual o problema se deixar admitir? – Perguntou irritado e ela riu.

— Eu não admito porque não tenho o porquê admitir algo que não é verdade, Leo. – A morena disse irritada oscilando rapidamente seus olhos, mas não o suficiente para Hazel perceber. – Mas porque se importa tanto com isso Leo, estaria você apaixonadinho?

— Até parece que isso iria acontecer. – Ele retrucou irritado calando a garota que revirou os olhos fazendo pouco caso.

Leo bufou e saiu para um lado, fazendo a princesa do inferno repetir o ato e ir para o outro, deixando Hazel parada ali, sendo assim como as almas espectadoras da DR do casal.

Clóvis, vendo a briga, decidiu ir atrás da princesa do inferno por algum motivo, ele simpatizou com a garota.

Princesa! Majestade! – A alma disse correndo atrás dela até a cozinha, aonde ela tinha ido. – Bianca!

— Oi? – Ela perguntou se virando para seu massagista, que sorriu para ela.

Sobre a discussão de vocês ali...— Clóvis parou tomando coragem. — Eu acho que vocês se gostam.

— EU...- A menina deixou que toda a raiva escapasse pela sua voz, porém ela não esperava que acontecesse o que ocorreu em seguida.

A menina deixou que tanto sentimento saísse junto com seu grito, que seu poder foi tamanho a ponto de começar a sugar todas as almas, para as paredes e chão. Clóvis, esticou a mão para tentar segura-la, entrando em desespero ao sentir algo muito ruim, pior até do que o próprio inferno o puxar.

Bianca, gritou novamente, tentando segurar a mão da alma, que apenas atravessou a sua, entrando na parede. A princesa do inferno, começou a bater na parede, tentando achar um jeito de tirar Clóvis dali, começando a chorar se culpando por tudo, se sentindo uma tremenda idiota.

Hazel e Leo entraram na cozinha correndo, pelo grito da garota e por ambos verem todas as almas serem sugadas para as paredes em desespero, Nico não demorou a chegar, esbarrando em Leo o empurrando um pouco para frente, trajando apenas uma cueca boxer preta.

Os três ficaram boquiabertos a verem a melhor torturadora do inferno se debulhando em lágrimas, tentando inutilmente puxar Clóvis da parede, que tentava colocar suas mãos junto as dela apenas sentindo a escuridão e dor que provinham da menina.

— Eu prendi o Clóvis, eu não consigo soltar ele, ele tá sofrendo. – A menina disse entre soluços, fazendo Hazel e Nico se entreolharem.

Leo tentava disfarçar que não via o impossível acontecendo a sua frente, a garota não deveria poder fazer aquilo e ele tentava disfarçar que não estava vendo, sabendo que falhava miseravelmente, então tentou interagir com os irmãos que não pareciam estar sofrendo horrores.

— Ela tá bem? – Perguntou incerto, olhando para a cena a sua frente e para Nico.

— Não sei. – Admitiu, preocupado.

— Nico me ajuda! – A menina pediu virando-se para o irmão.

— Calma, Bia, a gente vai dá um jeito. – Ele disse tentando fazer a irmã ficar melhor.

Bianca Di Ângelo nunca chorava, não chorara em seu próprio nascimento, mesmo com os esforços do pai. Não chorou ao ver sua mãe falecer e ela continuar jovem e crescendo, não chorou com nada na sua vida e agora estava quase morrendo ao ver a pobre alma presa.

— Por favor! Clóvis, não me deixa. – Ela pediu batendo com força na parede, dessa vez atravessando-a, conseguindo segurar a alma e a puxar para si, caindo para trás, abraçando a alma que tremia em desespero, sentindo o cansaço do esforço e sabia que nunca conseguiria tirar cada alma ali.

A alma tremia, pasmo com tudo que tinha visto, aquilo tudo era cruel demais. Os dois se separaram do abraço, e Bianca logo reconheceu as feições de Clóvis e riu baixo.

— Você está com medo, não está? – A herdeira do inferno questionou olhando a alma e sorrindo de canto.

Clóvis começou a assentir em desespero, não esperava que a morena realmente fosse má, não depois do fiasco com a chegada do anjo, mas ela era um poço de maldade sem fim.

Nico, balançou a cabeça se lembrando que tinha um humano olhando aquela cena com uma cara bem engraçada, então tratou de ir socorrer a irmã pensando em uma desculpa.

— Você tá bem? – O Di Ângelo perguntou puxando a garota para cima pelo braço.

— Sim, estou. – Bianca disse olhando as almas presas a parede, ela nunca conseguiria tirar todo mundo dali, um por um. – Me sentindo meio cansa...- Antes que ela terminasse a frase a menina desmaiou, caindo nos braços do irmão que só não foi ao chão pela surpresa por ser uma criatura sobrenatural.

Todos arregalaram os olhos, afinal era a filha do capeta, a mais velha, a torturadora, desmaiada ali. Nico arrumou a irmã, a pegando direito no colo e levando-a para sala, deitando a garota com cuidado no sofá, passando a mão por sua testa, preocupado, aquilo não era normal, principalmente ao sentir sua pele quase fervendo.

O moreno arregalou os olhos, começando a subir as mangas da blusa da inconsciente, vendo que a pele da garota estava perfeita, todas as marcas da manhã dela tinham sumido por completo. O Valdez que seguia cada movimento do irmão da menina, percebeu que a pele dela estava intacta, estranhando de imediato, ele tinha usado coisas do céu com a Di Ângelo, aquilo não deveria sumir tão cedo.

— Leo, pega um pano com água pra mim, por favor! – Nico pediu começando a arrancar as botas pesadas de salto da sua irmã.

O anjo assentiu sem nada dizer e foi em passos rápidos para a cozinha, dando a deixa para Nico e Hazel falarem entre sussurros um com o outro.

— O que tá acontecendo com ela? – A mais nova perguntou pasma, aquilo não era nada perto do normal, eles não pegavam nem resfriado, imagina chegar a desmaiar e ter febre.

— Não sei. – O guardião do inferno respondeu olhando o rosto da irmã que tinha feições tranquilas, ao contrário de todos os outros ali.

— Temos que chamar o pai. – A morena disse também olhando a irmã desmaiada.

— Não com o menino aqui, o pai não teria tolerância alguma com ela em relação a humanos. – Nico disse passando a mão pelo cabelo da garota.

— Sim... – Hazel concordou olhando suas mãos apoiadas no sofá.

— Aqui. – Valdez disse entregando o pano a Nico, que colocou sobre a testa da irmã.

— É Leo, né? – Levesque se manifestou chamando atenção do anjo, que se limitou a assentir estranhando a pergunta. – Você veio com algum tipo de meio de transporte? – Questionou fazendo tanto Nico quanto Leo franzirem o cenho.

— Vim...- O anjo respondeu a verdade, suas asas poderiam ser considerado um meio de transporte.

— Tem como ir na farmácia comprar um termômetro para a Bianca? – A morena questionou sorrindo.

Nico prendeu a risada involuntária que iria sair de sua garganta, acabando por se engasgar e começar a tossir chamando a atenção dos dois. Leo abriu a boca e a fechou logo em seguida, se dando por vencido.

— Tá, eu vou. – Disse contragosto, imaginando que eles iriam chamar Hades assim que ele saísse.

— Obrigada! – Hazel disse sorrindo, vendo Leo hesitar duas vezes antes de sair para comprar o tal termômetro.

A porta foi fechada e Nico respirou fundo aparecendo no inferno, vendo Hades paquerar sua madrasta.

— PAI! PARA DE CHAVECO A BIANCA TÁ DESMAIADA! – O menino gritou assustando o capeta que até agora não tinha notado a presença do filho.

— Não tem como seres sobrenaturais desmaiarem. – Perséfone se manifestou olhando o marido com a mão no coração se recuperando do mini ataque cardíaco.

— PAI A BIANCA FALECEU. – Nico gritou em desespero imaginando como contaria a Thalia que desceu a escada e viu a irmã morta e por isso não voltou para terminar o que prometeu que voltaria.

— Te garanto que não. – A morte disse sorrindo, a enteada não estava na lista dos recentes.

— PAI A BIANCA TÁ ALGUMA COISA, AJUDA! – Nico gritou de novo, puxando o capeta pela mão que nem um louco.

Nico apareceu com o pai na sala, que arregalou os olhos ao ver a cena. Todas as almas, menos Clóvis, estavam nas paredes em desespero, sofrendo dos talentos natos da garota. Bianca tinha as bochechas levemente avermelhadas devido a alta temperatura da sua pele, um pano pousado sobre sua testa que toda a água tinha se evaporado pelo calor da menina, sua pele mais pálida do que antes e algumas vezes as veias ameaçavam ter seu destaque roxo no rosto.

Hades se ajoelhou ao lado da filha, a encarando preocupado. E mesmo ali ele conseguia sentir o calor que emanava de sua pele, colocou a mão sobre a bochecha da filha, sentindo seu poder ser sugado e ele logo entendeu o que tinha acontecido.

Por algum motivo, Bianca, que tinha o talento de sugar qualquer maldade, dor, caos, sofrimento e tristeza, tinha deixado aquilo sair do seu controle e depois de passar isso para todas as almas da Seelen Haus, e agora estava sugando toda a maldade do inferno de uma vez para si.

— Ela precisa ter contato com algo bom, para cortar o efeito, cortar o contato dela com a maldade...- Hades começou, pensando em sugerir que pegassem alguns filhotinhos de cachorros e colocassem em cima da filha.

— Sai daqui. – Hazel cortou o pai, que levantou o olhar indignado.

— O que? Esse menino me chega gritando, me matando de susto e agora você quer me mandar embora? – O Capeta perguntou irritado.

— Pai, você é o capeta, quer mais energia ruim do que isso? – A morena disse a primeira coisa que veio a mente.

— Nossa, querida, não sei se fico triste ou orgulhoso de você. – Hades admitiu se levantando e suspirando, deixando os dois filhos sozinhos para cuidarem da mais velha.

— O que foi isso? – Nico questionou olhando a irmã.

— Um sentimento bom. – A menina explicou e ele logo ligou os pontos.

— Leo. – O filho do capeta concluiu.

— EU! – O Valdez gritou balançando o termômetro. – Aqui. – O anjo entregou para a mais nova.

A garota analisou a caixa, a jogando para trás fazendo o menino a olhar revoltado.

— Não tá funcionando, você tem que servir. – Hazel explicou e tacou o garoto na Bianca, quase a esmagando, assustando Nico.

Leo revirou os olhos e se sentou no sofá, colocando a cabeça da garota em seu colo, começando a fazer carinho no cabelo dela.

— Vamos lá para cima. – A mais nova disse puxando Nico, que olhou confuso, mas obedeceu.

— Você é muito retardada, sabia? – Leo começou a puxar assunto com a menina desmaiada, continuando a fazer cafune nela. – Qual o seu problema? Quem prende almas em uma parede no inferno? Tanto lugar pra prender pessoas, vai prender na parede? – O anjo continuou a questionar, começando a gesticular e a se empolgar com o monologo.

Clóvis se sentou na mesinha observando o anjo falar sozinho, pensando se aquilo era coisa da espécie ou se ele estava em completo desespero.

— O pior é que eu talvez tenha uma parcela de culpa da sua demência? Eu que fiquei gritando com você por um motivo besta. – Valdez prosseguiu, fazendo a alma assentir, mesmo não estando na conversa. – A gente se conhece ao que? Dois dias? Um? Não tem como você estar apaixonadinha. – Ele falou usando uma voz engraçada na última frase. – Considerando ainda que você odeia anjos e só gosta do meu corpinho nu, faz sentido não ter sentimentos envolvidos. – Clóvis arregalou os olhos com tal frase, mas continuou em silêncio sem interromper o menino. – E você deveria ganhar o prêmio, de menina que me fez pecar mais rápido e mais vezes em menos tempo. – A alma prendeu a risada negando.

— Qual o meu prêmio? – Perguntou finalmente abrindo os olhos, tendo escutado quase todo o discurso do anjo.

Leo se assustou, fazendo a cabeça da garota quicar em seu colo, pelo mini pulo que ele deu.

— SUA FILHA DA PUTA, TU TAVA OUVINDO? – O garoto não prendeu o grito, vendo a menina gargalhar em uma confirmação de que sim, estava ouvindo.

— Desde a parte que você admite a culpa. – Bia disse se sentando com certa dificuldade e se sentindo meio tonta ao desencostar do garoto, como se tudo começasse a voltar.

Leo notou e a puxou pela cintura de imediato e seu lado revoltado sumiu por completo, mudando para preocupado. A princesa do inferno apoiou a cabeça no ombro do anjo, fechando os olhos novamente respirando fundo, logo voltando a se sentir bem.

— Acho que é melhor seguirmos apenas focados no nosso plano a partir de agora. – Leo disse arrancando uma risada da morena, que abriu os olhos.

— Como se você fosse resistir a mim, Valdez. – Ela rebateu, grudando mais ao corpo do anjo e olhando para cima, encarando os seus olhos.

O referido, desceu o olhar para a boca dela, levemente entreaberta devido a sua respiração ainda estar levemente dificultada, mordendo o lábio inferior, a fazendo sorrir.

Nico entrou no quarto, suspirando cansado com toda a correria e desespero acontecendo, logo vendo Thalia deitada na cama. Fechou a porta atrás de si e caminhou até ela, encostando de leve no braço da menina dormindo, só assim notando que ela estava não tirando um cochilo, mas desmaiada.

— De novo não. – Ele murmurou, mal tinha se recuperado do susto da irmã e lá estava ele, colocando uma roupa tanto em si quanto na morena, correndo escadaria abaixo, decidido a leva-la ao hospital.

Assim que estava na calçada, desapareceu e apareceu em frente ao hospital, correndo pedindo ajuda, se deparando com a mesma mulher e o mesmo médico que a atenderam a menina da primeira vez que ele trouxe ela.

— Menino, o médico vai leva-la, você vem comigo. – O segurança disse, mas Nico, como um ótimo mentiroso, tratou de entrar em uma mentira.

— Eu não vou deixa-la. – Nico disse apertando a menina, começando a deixar seus olhos encherem de lágrimas, pensando que merecia ganhar o Oscar de melhor ator. – Ela me disse que está grávida...eu...eu acho que ela...ela tá perdendo o bebê, eu não vou deixar minha NAMORADA. – Nico se empolgou na mentira, começando a soluçar e entrar em um desespero claro de que alguém que estava a perder um filho.

Nesse segundo médicos e enfermeiras saíram de todos os lugares, like a zombie do The Walking Dead, puxando Nico e tirando a menina do colo dele. O guardião do inferno usava de seus dons mágicos de causar ilusões e mentiras, fazerem as pessoas acharem que os piores medos eram realidade, pensarem que a garota estava prestes a perder um bebê.

Apolo levou a garota para ter seus devidos cuidados e dessa vez, Nico não desapareceu simplesmente, ficando com ela a cada momento até que ela estivesse bem.

Sentado na cadeira, com os braços apoiados na cama em que a menina estava deitada, estabilizada, ele quase adormecia, quando recebeu um tapa no braço, que o despertou o assustando.

— THALIA! – Repreendeu vendo a menina com uma cara irritada.

— Isso é por você ter parado de fazer seu trabalho, falar que ia voltar rápido e me deixar dormir enquanto esperava. – A Grace repreendeu o menino, só então notando que estava na cama de um hospital. – Porque eu to aqui? – Questionou surpresa.

— Você desmaiou, então, como não consegui te acordar te trouxe pra cá. – Nico explicou e ela franziu o cenho.

— Culpa sua. – Ela alegou, fazendo o Di Ângelo franzir o cenho.

— Porque? – O guardião do inferno questionou pasmo.

— Me fez desmaiar de tédio. – Ela disse se lembrando do longo tempo que ficou olhando o teto esperando o menino.

— Com licença. – Apolo interrompeu o casal, fazendo Nico morder o lábio inferior, sabendo que lá vinha. – Senhorita Grace, eu sinto te informar que seu filho não sobreviveu...

— Que filho? – A morena gritou exaltada assustando o médico.

— A senhorita estava grávida...

— Não estava não, tá errado isso aí. – Ela disse completamente confusa.

— Mas...

— Faz exame de novo, to grávida porra nenhuma, nunca estive. – A menina disse fazendo o loiro abrir a boca e fechar novamente, decidindo por se dar por vencido e ir refazer os exames.

— Grávida? – Nico questionou como se não fosse ele que tivesse dito tal mentira.

— Que absurdo, não? – A de olhos azuis elétricos negou em reprovação, que merda de hospital era aquele que chegava nos pacientes dizendo que eles perderam os filhos sem nem ao menos ter estado grávidos antes.