Anne Narrando:

Acordei por volta de 6:00 da manhã, olho ao meu redor e não era o meu quarto em Londres, fiquei muito feliz por estar começando de novo em outro pais, sai da cama e fui até a varandinha do quarto, sentir o sol tocando minha pele era tudo o que mais gostava de manhã cedo, olho para baixo e vejo uma garota deitada numa espreguiçadeira de bruços, decidi colocar meu biquíni, tomar café da manhã e descer para ir falar com ela. Quando cheguei lá ela tinha acabado de dar um mergulho, porém quando voltou à superfície nadou até a borda da piscina e disse.

-Olá, me chamo Angel, mas pode me chamar de Angie, e você?- Disse a menina que estava na água.

-Oi Angie, me chamo Anne. - Disse eu com um sorriso tímido no rosto.

-De onde você é?- Me perguntou percebendo que não era daqui.

-Sou da Inglaterra, cheguei ontem de Londres. - respondi ainda meio tímida.

-Também cheguei ontem, só que não de Londres, vim de Madrid, você mora no mesmo pais dos meus avós paternos, só que eles moram em Liverpool não em Londres.- Disse ela sorrindo.

-Que legal, você já foi a Inglaterra?- Pergunto esperando uma resposta positiva.

-Sim, às vezes passo as férias escolares lá. – respondeu ela com um sorriso. - Quer entrar na piscina? A água está ótima!-Convidou-me espirrando um pouco de água.

-Depois, agora vou pegar um sol, acabei de acordar e ainda estou com um pouco de frio. – Digo deitando na espreguiçadeira do lado da dela.

Depois de um tempo olho para a piscina e vejo a Angie boiando bastante relaxada, então decido dar um sustinho nela.

Dou um pulo que fez ela mergulhar contra a vontade, com certeza quando ela subiu quis me matar.

-AH! PENSAS EM TIRAR-ME A VIDA?!-Grito com muita raiva

- Não, só te assustar mesmo, não to a fim de ser presa hoje. - disse entre risos.

Ela ainda estava com muita raiva, começou a jogara água em mim, assim começamos a jogar água uma na outra, depois de um tempo nos cansamos e nos deitamos de novo.

-E quantos anos você tem? – Disse tentando recuperar o fôlego.

-Eu vou fazer quinze, e você?- Respondeu já com o fôlego recuperado.

-Tenho quinze. Você veio para L.A. fazer o que? – disse com ar de curiosidade.

-Vim estudar, meu sonho é fazer o ensino médio fora do meu pais de origem. -respondeu colocando o boné na cabeça.

-Eu também, em que escola você vai estudar? – Disse abrindo um sorriso

- California High School, e você?- Disse ela também ficando animada.

- Nossa é muita coincidência, eu também.

Ficamos super animadas, pois havia muita chance de sermos da mesma turma, e se fossemos eu não íamos ficar tão deslocadas, sou um pouco tímida e percebi que Angie também era, juntas talvez perdêssemos essa timidez.

O celular de Angie toca avisado que é hora do almoço, e nossas barrigas dizem o mesmo, como o tempo passa rápido na piscina.

- Quer ir almoçar? –Perguntou-me Angie.

-Adoraria. – Respondi um pouco tímida.

- Então vamos nos arrumar e depois pegamos um taxi para ir a algum restaurante.- Disse-me ela.

-Ok.

Secamo-nos e cada uma de nos foi para seu apartamento, com minha barriga tava reclamando muito, apenas tomei um banho de chuveiro rápido e coloquei uma blusa rosa bebe, e um short azul claro com uma rasteirinha, prendi meu cabelo num rabo de cavalo alto passei um blush e uma sombra marrom, peguei minha bolsa e desci, quando cheguei lá em baixo Angie ainda não havia chegado, mais também não demorou muito, logo estava lá, então pegamos o taxi, e fomos ao restaurante, lá conversamos algumas coisas que poderiam acontecer quando fossemos para a escola. Estávamos conversando e até ai tudo bem, mais de repente Angie ficou estranha, ela ficou imóvel, olhei para seu braço ela estava toda arrepiada e tremendo, ela ficou pálida peguei de leve na sua mão e ela estava gelada, fiquei assustada o que estava acontecendo com Angie?

-Angie o que está havendo?Fala comigo.-disse preocupada, ela parecia não conseguir responder. Parecia que acabara de ver um fantasma.

Angel Narrando:

Ainda olhava fixamente aquela pessoa, Se Anne estava assustada imagine eu. Continuo olhando aquela pessoa, ele estava no caixa do restaurante, provavelmente pagando o seu almoço, de repente uma garota de cabelos negros e olhos azuis chega e lhe rouba um beijo, ele retribui com o mesmo carinho que tinha comigo em meus sonhos, sinto lagrimas caírem e rolarem pelo meu rosto e morrerem em minha boca que agora estava meio aberta, agora é que Anne não entendia mesmo essa minha reação, para ser sincera nem eu entendia direito por que estava chorando, meu coração estava acelerado, e eu realmente não conseguia entender porque tudo isso por um garoto que eu só via em sonhos, nem sabia seu nome, e agora me sentia ferida por ver ele beijando outra na minha frente. Fechei os olhos, me levantei e fui para o banheiro correndo, Anne logo se levantou e foi atrás de mim, coloquei as mãos na pia do banheiro e logo sinto Anne me abraçando.

- O que você tem? Porque está chorando? –Disse ela preocupada.

Lavo meu rosto, enquanto tento me recompor, explico para ela, tudo, explico que desde o acidente de taxi que eu sofri há seis meses tenho tido alguns sonhos, contei para ela os mais recentes e o que eu sempre ouvia no fim deles, contei para ela que o garoto do sonho estava no restaurante beijando outra garota, e que ao ver ele essa foi minha reação, e que eu não sabia o porque, não sabia seu nome, nem porque me sentia assim, penas sabia que estava acontecendo e que eu estava muito mal.

Ela me abraçou mais forte e me consolar, voltamos para a nossa mesa, e a garota estava do lado de fora do restaurante esperando ele, mostrei para Anne quem era a menina que ele estava beijando, logo ele apareceu com um taxi ele saiu e abriu a porta para ela que de novo lhe roubou um beijo, o qual ele também retribuiu. Novamente eu estava chorando, não aguentava ver aquilo.

-Anne, por favor, vamos embora. – Disse tentando controlar co choro.

Anne logo entendeu o motivo, entreguei o dinheiro e ela foi pagar e eu fui para o taxi que nos esperava na porta do restaurante, logo em seguida Anne chega e senta do meu lado, pouco tempo depois chegamos em casa, eu ainda estava muito triste, fui direto ao meu apartamento, lá fui direto me deitar no meu quarto de bruços e desabei a chorar, Anne logo viu que eu não estava bem e foi até o meu quarto, sentou na minha cama e começou a fazer carinho na minha cabeça.

-Calma, esquece ele, finge que nunca viu ele, você merece um homem de verdade e não aquilo que mais parece uma garota. -Disse Anne tentando me animar, mais não adiantou muita coisa, continuei deitada.

-Posso mecher nos seus CDs?

Fiz que sim com a cabeça, e deixei ela dar uma olhada.

- O que tem nesse?- Me perguntou

Me virei e vi que ela segurava um que tinha uma carinha triste.

-Gravei esse só com músicas lentas e calmas num dia que não estava com muita vontade de sorrir.- Respondi sentando na cama, e esticando meu braço para pegar um paninho dentro da gaveta da minha cabeceira e enxugando meu rosto.

-Você deve estar com dor de cabeça de tanto chorar não é mesmo?- Disse ela colocando o CD em cima da minha escrivaninha.

Fiz que sim com a cabeça, não estava com muito animo para falar nada.

-Então se não se importar, vou colocar sua banheira para encher, assim você vai poder se recuperar do choque que você teve a pouco tempo.

Me deitei e esperei ela voltar, depois de quase dois minutos, ela voltou e pegou o CD que estava em cima da escrivaninha e voltou ao banheiro, enquanto ela não voltava me levantei e fechei a cortina, o quarto ficou meio escurinho, então eu acendi o abajur de teto, e fiquei olhando aquelas estrelas, aquilo era uma terapia e tanto, logo a porta do quarto se abre, e Anne entra.

-Aqui, lhe trouxe essa maçã, vai ajudar a passar a dor de cabeça. - disse, estendendo-me a maçã, peguei e dei uma mordida.

-Obrigada.- Disse tendo engolido o pedaço que havia mordido.

-A banheira já está cheia, pode ir lá depois que terminar de comer a maçã, eu sei que você precisa agora ficar sozinha, então vou para meu apartamento, qualquer coisa só é me ligar, deixei meu número em cima da mesa, lá na sala.

- Ok, Anne obrigada por tudo.- Disse com um sorriso de gratidão no rosto.

- De nada Angie, agora descanse.- Disse ela logo após de dar-me um beijo na testa parecido como que minha mãe me dava quando eu estava triste daquele jeito.

Em seguida ela se levantou e foi para seu apartamento.

Logo terminei de comer a maçã e joguei o resto no lixo ao lado da escrivaninha. E entrei no banheiro, dei play do rádio, e o CD que Anne havia pegado era o que tinha a carinha triste, realmente ele me fazia sentir um pouco melhor, então entrei dentro da banheira, aquela água quente me fazia relaxar, fiquei ali repousando até todas as músicas do CD acabarem, logo quando as músicas acabaram sai do banho e fui para o meu quarto, vesti um pijama de seda rosa e fui para sala e liguei a TV, impressionante que sempre que eu ligava a TV estava passando um filme que eu gostava, dessa vez era ‘’Memórias de uma Gueixa’’, assisti até pegar no sono. Quando acordei já eram 19:30 e eu ainda estava cansada, porém decidi ligar para meus pais na Espanha, mamãe já deve estar ficando louco sem saber notícias minhas.

Liguei para lá, disse que estava tudo bem e ela realmente estava preocupada, acalmei ela por 10 minutos e fiquei mais 5 prometendo que iria sempre dar notícias, desliguei o telefone e fui para meu quarto.

Acendi o abajur e me deitei, não deu nem um minuto e dormi, acho que estava muito cansada do choque que tive, e chorar daquele jeito realmente acaba comigo.

Anne Narrando:

Eu não sabia o que a Angie estava olhando, elas estava realmente me deixando assustada e preocupada, de repente sua boca se abre um pouco e ela pisca os olhos, lagrimas começam a rolar em seu rosto, e terminam entrando em sua boca, pareciam lágrimas de dor, não entendia a reação de Angie, o que estava acontecendo com a minha amiga? De repente ela se levanta e corre em direção ao banheiro, me levantei e fui atrás dela, quando cheguei, ela estava com as mãos em cima da pia do banheiro chorando, dei um abraço nela tentando acalmá-la.

-O que você tem? Porque está chorando?- Disse preocupada e sem entender o que se passava.

Ela lavou seu rosto e enquanto se recompunha me contava tudo, me contou que desde o acidente de taxi que ela havia sofrido há seis meses havia tendo alguns sonhos, contou-me os mais recentes e o que sempre ouvia no fim deles, contou-me que o garoto do sonho estava no restaurante beijando outra garota, e que ao ver ele essa foi sua reação, e que não sabia o porque, não sabia seu nome, nem porque se sentia assim, penas sabia que estava acontecendo e que estava muito mal.

Abracei-a mais forte e a consolei, voltamos para a nossa mesa, quando chegamos lá ela me mostrou quem era a menina que ele estava beijando, logo ele apareceu com um taxi ele saiu e abriu a porta para ela que lhe roubou um beijo, o qual ele também retribuiu. Novamente ela estava chorando, acho que não aguentava ver aquilo.

-Anne, por favor, vamos embora. – Disse-me tentando controlar o choro.

Anne logo entendeu o motivo, entregou-me o dinheiro e fui pagar ela foi para o taxi que nos esperava na porta do restaurante, logo em seguida chego e sento-me ao seu lado, pouco tempo depois chegamos em casa, ela ainda estava muito triste, foi direto ao seu apartamento, foi correndo para o seu quarto, e do elevador pude ouvir o som de seu corpo batendo no colchão, percebi que ela precisava de uma amiga naquele momento, então entrei e fui direto ao seu quarto, quando cheguei lá, ela estava deitada de bruços chorando muito, sentei a beirada de sua cama, e comecei a fazer carinho em sua cabeça, como a minha mãe fazia quando eu estava triste.

-Calma, esquece ele, finge que nunca viu ele, você merece um homem de verdade e não aquilo que mais parece uma garota. –Disse tentando animar Angie, mais não adiantou muita coisa, continuou deitada, se bem que na verdade achei ele bonito, mais por alguns segundos pensei que fosse uma mulher, nunca havia visto homem algum usando maquiagem.

-Posso mecher nos seus CDs?- Perguntei, tentando quebrar o gelo

Ela fez que sim com a cabeça, e me deixou dar uma olhada.

- O que tem nesse?- Me perguntei pegando o que tinha desenhado uma carinha triste.

Ela se virou e respondeu.

-Gravei esse só com músicas lentas e calmas num dia que não estava com muita vontade de sorrir.- Respondeu-me sentando na cama, e esticando seu braço para pegar um paninho dentro da gaveta da cabeceira e enxugando o rosto encharcado de lágrimas.

-Você deve estar com dor de cabeça de tanto chorar não é mesmo?- Disse colocando o CD em cima da escrivaninha.

Fez que sim com a cabeça, provavelmente sua cabeça lhe impedia de me responder.

-Então se não se importar, vou colocar sua banheira para encher, assim você vai poder se recuperar do choque que você teve a pouco tempo.- Disse me dirigindo a porta do quarto.

Fui em direção ao banheiro e coloquei a banheira dela para encher, viro-me e vejo que perto da banheira tem um rádio, volto para o quarto de Angie e vejo ela deitada na cama, e pego o CD com a carinha triste que havia deixado em cima da escrivaninha, voltei ao banheiro e coloquei o CD no rádio, e fui até a cozinha, vi em cima da mesa de jantar algumas maçãs, sempre que estou do jeito que ela está como uma maçã e minha cabeça melhora um pouco, peguei uma e levei para ela, antes peguei um papel que estava dentro da minha bolsa, anotei o meu número, e deixei em cima da mesa.Voltei para o quarto que agora se encontrava um pouco escurinho e com o abajur de teto aceso.

-Aqui, lhe trouxe essa maçã, vai ajudar a passar a dor de cabeça. – disse-lhe estendendo a maçã.

Ela pegou e deu uma mordida.

-Obrigada.- Disse Angie tendo engolido o pedaço que havia mordido.

-A banheira já está cheia, pode ir lá depois que terminar de comer a maçã, eu sei que você precisa agora ficar sozinha, então vou para meu apartamento, qualquer coisa só é me ligar, deixei meu número em cima da mesa, lá na sala.-Disse olhando para Angie.

- Ok, Anne obrigada por tudo.- Disse com um sorriso de gratidão no rosto.

- De nada Angie, agora descanse.- Disse logo após de dar-lhe um beijo na testa parecido como que minha mãe me dava quando eu estava triste.

Levantei-me fui até a porta do quarto, e caminhei lentamente pelo corredor até chegar ao elevador, fui para o meu apartamento, liguei para minha mãe como havia prometido para ela, e fiquei assistindo televisão até a hora de dormir, na torcida para que Angie melhorasse.