Angel Narrando:

Depois de ouvir essa mensagem fui para o banheiro e tomei um banho, alguma coisa me disse que eu deveria ir com o vestido azul que vovó fez, os brincos, o bracelete e o relógio que ganhei, para completar o visual calcei uma gladiadora preta, peguei a bolsa da Victor Hugo que havia ganhado, fiz uma maquiagem caprichada e pus o perfume que havia ganhado, deixei o cabelo solto com cachos nas pontas, estava pronta.

Peguei as chaves do meu carro e fui até a garagem, legalmente não posso dirigir mais eu já sei, e nunca bati com o carro do papai então só é ter a sorte de não ser parada pela policia no meio do caminho para a casa do Bill.

Entrei no carro e senti aquele cheirinho de carro novo e ajustei o banco e os retrovisores para minha altura e dei partida no carro, sai de casa e fui dirigindo à 40Km/h para a casa de Bill a final não era tão longe, podia ir de vagar, no caminho vi uma joalheria, desci do carro e comprei um colar fino de ouro com a letra inicial do meu nome.

- A senhorita gostaria de escrever alguma coisa no verso do pingente? – Disse a vendedora muito gentil.

- Sim.

Escrevi no papel o que queria que fosse escrito, e alguns minutos depois estava pronto, a vendedora embrulhou para presente enquanto eu pagava, coloquei dentro da bolsa e voltei para o carro, e segui em direção a casa de Bill.

Quando cheguei na porta da casa dele peguei meu celular e liguei para ele, nem deu o primeiro toque e ele saiu na varanda de roupa social, quase não o reconheci, só soube que era ele pelas unhas pintadas de preto com as pontas brancas e o seu inseparável lápis de olho, e isso era estranho ele não estava com o olho todo pintado de preto, apenas estava usando um lápis de olho na linha d’água, a final qual será a surpresa de Bill dessa vez.

Desci do carro e fechei ele, logo Bill sumiu da varanda e em menos de um minuto estava abrindo a porta do prédio para mim.

- Você está linda! Eu avisei na mensagem que você deveria vir com esse tipo de roupa?

- Não, eu quem quis vir assim.

-Ótimo, e que carro é esse? Você sabe dirigir, mais mal fez quinze anos.

- Bem o carro eu ganhei do meu pai como presente de natal, e sim eu sei dirigir desde os treze anos, apesar de não ter permissão legal, eu dirijo bem.

- Bem, se você chegou até aqui eu não duvido do que diz. Agora vamos subir, mais antes, coloque essa venda. – Disse me mostrando a venda.

- Bill e suas vendas, ta bem eu coloco.

Ele colocou a venda em meus olhos e me guiou até o elevador, do elevador até sua casa, nos entramos e quando chegamos à sala de jantar vi um jantar posto para dois a luz de velas. Uma árvore de natal com presentes em baixo, o lugar estava bastante aconchegante.

- Tom foi com uma garota num show de hip-hop, não deve voltar antes de amanhã. E você deve estar se perguntando o porquê de tudo isso. Bom, eu queria passar o natal com você, mais como não foi possível, fiz um natal depois do dia para comemorarmos juntos.

- Que lindo Bill, eu amei.

Nos sentamos a mesa e jantamos, depois Bill abriu o sofá cama e fez pipoca, assistimos filmes até às 23:59. Essa hora Bill saiu do sofá e foi até a árvore e pegou um pequeno embrulho, enquanto ele pegava o embrulho, estiquei minha mão até a mesa de centro para pegar minha bolsa onde estava o presente de Bill, ele se sentou novamente no sofá.

- Feche os olhos. – Dissemos juntos, depois demos um risinho.

- Você primeiro. – Falou Bill.

- Não você.

- Então fazemos o seguinte, ambos fechamos os olhos e fazemos o que temos que fazer.

Fiz que sim com a cabeça e fechei os olhos, abri a caixinha, retirei o colar e coloquei no pescoço de Bill, logo senti um fio gelado no meu pescoço, abri os olhos e era um colar de ouro com a letra B.

Bill Narrando:

Fechamos os olhos e eu pus o colar em seu pescoço, quando abri os meus olhos vi que também havia um colar de ouro no meu, só que com a letra A.

Demos uma risadinha e então disse:

- Olhe e veja o que está gravado no verso do pingente.

- ‘’ Sempre Seu’’. – Leu em voz baixa. – Agora você, lê o que está escrito atrás do seu pingente.

- ‘’Sua Eterna Namorada. ’’ – Li também em voz baixa.

Não resisti e depois de ler o que estava escrito roubei-lhe um selinho que acabou virando um beijo de cinema.

Depois da troca de presentes voltamos a ver o filme, e acabou que ela dormiu novamente com a cabeça em meu peito, como eu gostava de ter-la em meus braços dormindo, era tão frágil e delicada, quem vê ela desse jeito nunca iria dizer que ela é capaz de arrancar o dente de alguém em uma briga. Depois de hoje tenho certeza que ela é mesmo minha, não que antes eu não tivesse certeza, mais agora está tudo confirmado.