Sedução aos Pedaços.

5º Sábado, dia com Adam, convite, dispensando


Já era sábado na manhã ensolarada, mas ainda fria, acordei bem disposta, tanto que ao invez de ir á cafeteria da frente como fazia todo santo dia, eu mesma preparei meu café da manhã. Não muito elaborado apenas um copo de igorgute com cerais.
Resolvi também sair para dar uma caminhada pela avenida, então calcei meu tênis e parti... Andei alguns minutos até que meu celular tocou.

- Onde você ta? – era Adam no telefone, sua voz tão confiante.

- Estou fazendo uma caminhada, Papai – respondi com ironia depois sorri.

- Que bonitinha filha, caminhando aprendendo com o Papai. – ele riu seco.

- Agora vou te contar a novidade, eu estou de te vendo, - continuou a falar.

- Sério? E onde você ta? – perguntei enquanto parava e olhava em volta.

- Lembra da sorveteria que a gente sempre tomava sorvete de Pistache?

- Claro que lembro, é o único lugar que vende esse sabor por aqui por perto.

- Pois é estou aqui, vem tomar sorvete comigo? - perguntou ele.

- Estou indo então. Beijo – e desliguei o telefone.

Atravessei a avenida, a sorveteria ficava uma rua atrás, e Adam estava sentado nas mesinhas do lado de fora. Talvez te convidado ele ontem a noite para um café rendeu pelo menos um pouco da nossa amizade antiga,era bom tê-lo de volta.

- Uma bola de pistache com cobertura de leite moça sem granulado saindo para Érika, mais conhecida como Kira – ele piscou com um sorriso no rosto.

- Oh ainda lembra o meu sabor preferido, isso é bom, me poupa falar muito.

Sentados à mesa da sorveteria era como se tivéssemos 12 anos de novo, e como se ele ainda fosse meu melhor amigo, conversamos de tudo, menos da empresa, afinal era sábado, nosso trabalho só precisava ser comentado na segunda feira, mas tenho que admitir que foi naquela sorveteria que quando crianças tivemos ótimas idéias de propagandas, até que decidimos nos tornar o que somos hoje, publicitários.

Depois do sorvete andamos pela avenida por alguns minutos, ele falava algumas coisas que a essa altura eu já não dava muita atenção, pois estava pensando em o que a noite me guardava, respondia a tudo que ele falava com um sorriso, mas por sorte entendi bem quando ele me convidou para jantar.

Eu tinha que pensar em algo rápido, tinha que pensar em algo que me tirasse daquela situação, mas eu não podia mentir sobre trabalho, não colaria a mentira.. Então, resolvi colocar minha mãe na jogada, disse que ela havia pedido para que eu a acompanhasse num jantar, e essa desculpa pareceu até bem convincente, pelo menos para mim... Mas já Adam pareceu um pouco desapontado.

Já de volta em casa, a noite tinha começado a cair e eu fui me aprontar para sair, o bar quente e amarrotado de gente me esperava, e eu esperava alguém ali.