Secrets ll - O Retorno
Isso não, Alí!
POV - Rose Weasley
As meninas saíram daqui algum tempo depois e eu fiquei encarando o teto completamente entediada, me sentei e olhei ao redor.
– Jura que eu não posso sair daqui? Quer dizer, eu estou realmente melhor - digo a enfermeira que me encara por alguns segundos como se pensasse - Eu vou andar com essa bombinha idiota 24 hrs por dia! Prometo! E se eu esquecer, bom...
– Eu posso trazê-la para cá de novo - disse alguém da porta e eu me virei para lá. Scorpius. Sorri para ele que retribuiu e se aproximou.
– Tudo bem, tudo bem! Mas eu quero essa bombinha com a srta o tempo inteiro, ouviu bem? - ela disse e eu assenti sorrindo.
– Obrigada - disse pegando a bombinha ao lado e calçando as sapatilhas.
– E aí, ruivinha, tudo bem? - perguntou ele se aproximando e eu assenti.
– Tudo, já disse que não foi nada demais.
– Eu fiquei apavorado, você desmaiou do nada. Foi maior mancada, a primeira vez que eu tomo coragem para falar com você, você acaba desmaiando - ele diz e eu coro um pouco, e então desço da cama e saímos da Ala Hospitalar.
– Como foram as aulas de hoje?
– Chatas. Ah, esqueci que estou falando com a nerd que ama aulas - ele disse e eu revirei os olhos.
– Amo mesmo, e não me envergonho disso!
– Tudo bem, Rosie.
– Gosto quando me chama assim - digo sorrindo e ele me encara.
– Gosto quando sorri.
– Obrigada - digo num sussurro e ele dá de ombros.
– Não há de que.
Andamos em silêncio até a Sala Comunal da Grifinória e eu me viro para ele.
– Ahn... eu devia entrar, boa noite - dou um abraço rápido e sem jeito nele e digo a senha.
– Boa noite, Rosie - ele diz e eu sorrio ainda de costas e entro.
POV - Dominique Weasley
– Dá para explicar com calma? - diz Alícia irritada enquanto eu chorava e me odiava por estar chorando por James.
– O que aconteceu? - perguntou Rose entrando no dormitório - Ah Merlin! Domi, o que houve?
– Eu sou uma estúpida, Rosie - disse e ela nega com a cabeça e me abraça com força.
– Não, não é.
– Se acalma, Domi - diz Brooke apertando minha mão.
– O que o James fez? - pergunta Rose, obviamente era a mais inteligente dali.
– Eu fui procurar ele e... quando estava chegando aqui o vi aos beijos com aquela vadia sonserina da Amanda Black!
– Tem certeza? - perguntou Rose com uma careta - Ela é legal.
– Eu nunca gostei dela - disse Alícia e eu assenti.
– Nem eu!
– Mentira, você gostava dela até ontem - disse Rose e eu a fuzilei com os olhos - Desculpa.
– Você ao menos o deixou se explicar? - perguntou Brooke e eu a encarei boquiaberta.
– Não há nada a se explicar, eu vi eles se beijando depois que ele me disse que eu seria diferente!
– As vezes as pessoas tem algo a explicar, só estou dizendo que deveria ouvi-lo - ela diz e Alícia da um sorriso gentil para ela. Rose franze as sobrancelhas e trocamos um olhar confusas.
– O que quer dizer com isso?
– Eu ainda não estou pronta para falar sobre isso.
– Tá bom...
– Domi, talvez, você devesse ouvi-lo - diz Rose depois de alguns segundos de silêncio.
– Até você?!
– Só estou dizendo que James sempre correu atrás de você igual a um cachorrinho, não iria querer te levar para cama uma vez e te largar em seguida! E outra, ele nunca fica com duas meninas no mesmo dia, a não ser que seja uma festa e que ele não as conheça - continua Rose e eu bufo rolando os olhos - Confia em mim, Domi, eu sou a inteligente, lembra?
– Como se desse para esquecer - digo com uma careta e todas riem.
– Vamos lá, lave esse rosto, empine esse nariz e vá atrás de seu homem - diz Alícia me puxando pelas mãos para ficar em pé e me empurrando para o banheiro.
Eu me encaro por alguns segundos e lavo o rosto, e então saio do quarto.
– Vai lá e arrasa!
Sorrio para minhas amigas e saio dali, descendo as escadas do Salão Comunal, James era o único ali e tinha a cabeça enterrada nas mãos. Era tão lindo... Pigarreio e ele me encara, então se levanta rapidamente.
– Por favor, me escuta Domi! - ele diz exasperado e eu termino de descer as escadas me sentando numa poltrona. Ele me encara por alguns segundos e se senta a minha frente - Em primeiro lugar, eu não estava falando de boca para fora quando disse que você era a única.
– Por isso que estava aos beijos com outra, após dizer isso?
– Não, ela me agarrou do nada - ele diz e eu arqueio as sobrancelhas - Não era a Amanda! Era a Lety Dolohov, ela tomou poção polissuco. Pode perguntar à Roxanne e a Lucy se quiser, elas viram quando ela se transformou na Lety.
– Mas não viram quando ela te beijou a "força" - digo fazendo aspas no força e ele passa as mãos no cabelo.
– Por favor, acredite em mim, pergunte a ela se quiser! Eu faço qualquer coisa, Domi! Mas eu não posso te perder logo agora, por favor!
– Por quê?
– Porque você é única e especial, e eu não quero ter um relacionamento sério com outra pessoa que não seja você.
– Relacionamento sério? - perguntou com as sobrancelhas erguidas.
– Eu disse que você era única - ele diz e eu abaixo a cabeça corando um pouco - Então, aceita namorar comigo?
– Eu terei que pensar no seu caso - digo com um sorriso maroto e ele sorri se aproximando e deixando nossos rostos a centímetros de distância, me pedindo permissão com os olhos - Me beija logo.
POV - Alícia Longhbotoom
Fiquei rolando de um lado para o outro na cama, sem conseguir dormir. Olhei para o relógio e já eram 2:45 da manhã, bufei e afastei as cobertas saindo do dormitório.
A mulher gorda reclamou por eu tê-la acordado, mas eu a ignorei, o que a deixou ainda mais irritada.
Andei até a cozinha e peguei bombas de chocolate, e então fui para a Torre de Astronomia e fiquei ali, por um bom tempo.
– Você não devia estar aqui - disse uma voz conhecida da porta e eu sorri me virando para trás.
– Nem você.
– Eu sou monitor - disse Alvo rindo e se aproximando.
– Sua ronda já acabou - digo com as sobrancelhas erguidas e ele dá de ombros.
– Eu sou um monitor muito competente - ele diz e eu rio. Era muito fácil rir com ele.
– Claro que é, então vai me dar uma detenção, não é? - digo com as sobrancelhas erguidas novamente.
– Não, tenho uma ideia melhor - ele diz e me toma a última bomba de chocolate.
– Alvo! - reclamo e ele se levanta, eu o imito - Isso não tem a menor graça.
– Para mim, tem! E muita! - ele diz erguendo doce e eu pulo tentando alcançar.
– POTTER!
– Oi baixinha - ele responde rindo, chuto a canela dele que se curva e pulo para pegar a bomba, mas me desequilibro e caio o puxando pela camisa por reflexo - Ai, eu ia te devolver.
– Não ia não - digo com uma careta e o empurro de cima de mim.
– Você está certa, eu não ia - ele diz se levantando e me estendendo as mãos para me ajudar a levantar.
– Morde um pedaço - digo revirando os olhos e ele sorri conseguindo seu objetivo, ele morde a metade e eu como a outra metade.
– Por que está aqui? - ele diz depois de algum tempo.
– Não consegui dormir.
– Pensando em mim? - ele brinca e eu sorrio.
– É claro que sim, com esse corpo escultural e essa pegada inesquecível, quem não pensaria?
– Pois é, eu sou o máximo - ele concorda e nós rimos.
– Por que está aqui? - pergunto e ele tira o mapa do maroto do bolso - AHA! Então, era você que estava pensando em mim!
– Claro, ninguém consegue parar de pensar em você - ele diz e eu concordo - Mas agora é sério só queria saber se estava bem e tinha quase certeza que se estava aqui tinha passado na cozinha primeiro e pego bombas de chocolate, então...
– Esfomeado!
– Sempre - ele diz e rimos de novo - Eu vou ir dormir, você também deveria, se quiser te deixo lá.
– Pode ser - concordo e nós saímos dali.
– Lembra quando nos tornamos amigos? - ele perguntou.
– Eu ralei os joelhos quando caí no primeiro ano e todo mundo riu de mim, e você veio e me ajudou a pegar todos os livros e disse que eles eram uns "zé-manés"! - digo e ele assente rindo - Você era muito mal!
– Com certeza, eu sou cruel! - ele fala e eu paro em frente ao Salão Comunal da Grifinória.
– E agora o Sr Cruel, vai ter que voltar para as masmorras sozinho! - digo zombando da cara dele que dá de ombros.
– Valeu a pena - ele se curva para me dar um beijo na bochecha e eu sem querer viro o rosto, também com a intenção de dar um beijo na bochecha dele, nossos lábios se tocam por uma fração de segundos e nos separamos rapidamente, ambos corados
– Desculpa - dizemos ao mesmo tempo.
– Tudo bem - digo e ele me abraça antes de se afastar.
Entro no Salão Comunal e levo a ponta dos dedos aos lábios debilmente, então balanço a cabeça como se pudesse afastar tais pensamentos e subo para o dormitório. Levo um susto quando vejo uma coruja parada na minha cama.
– Oi - sussurro para ela que pia de volta e estende a carta - Obrigada.
Ela sai voando pela janela, que eu fecho em seguida.
Me deito e pego a carta, a abrindo.
Isso não Alí! Você acha mesmo que pode tê-lo assim tão fácil?
Você nem é tão boa assim!
Se até a mamãe a abandonou, quem garante que o pequeno Potter, não fará o mesmo?
Beijinhos,
–A.
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