Secrets Of a Life

Capítulo 67 - A ajuda


Cada dia desde o rapto de Carlisle me deixava mais angustiada, entretanto segundo Dona Renê eu tinha que me distrair um pouco, caso contrário ia acaba enlouquecendo a mim e a minha família. Ontem Edward ligou para o pai, e pelo que eu sei já está a caminho. A tarde fiquei observando Alice brincar no jardim, ela era tão pequena pra se preocupar com esses problemas todos... me senti até um pouco melhor ao ver que pelo menos ela conseguia se desligar desse tormento, ainda que por um breve instante. A minha cabeça estava fervilhando de pensamentos ruins mas eu ainda tinha Alice, e o mínimo que podia fazer era distrair minha pequena para que não sentisse tanto com o meu sofrimento. Por volta das duas da tarde um BMW preto parou na frente da casa, então eu corri para perto de Alice já na defensiva.

- EDWARD! - Gritei.

Ele apareceu na porta, então veio em minha direção, me segurando pela cintura enquanto víamos um homem sair de dentro do carro para abrir a porta do carona, e de dentro do carro saiu um outro homem, um senhor muito alinhado, vestindo um terno fino muito bonito, mas com a barba por fazer.

\"Marcus

Ele caminhou até Edward que o cumprimentou frio, mas sociavelmente.

- Vater (Pai).

- Edward. – ele respondeu.

- Diese sind Bella meine Frau und unsere Tochter Alice ... und wie Sie sehen können sind die amerikanischen und nicht unsere Sprache sprechen. (Essas são Bella minha esposa e nossa filha Alice... e como pode ver são americanas e não falam nossa língua).

- Ich verstehe.

Eles conversavam e eu não entendia uma única palavra. Até que o homem me cumprimentou.

- Olá, fico feliz de finalmente conhecer minha nora.

Ele falou, e eu não fiquei surpresa com o fato dele ser fluente em nossa língua. Já que o senhor Marcus aparentava ser um homem de negócios.

- Que bom que veio, seja bem vindo! – falei lhe estendendo a mão e dando um de meus sorrisos tristes.

- Sinto muito por não ter aceito o seu convite, mas na época eu tive um imprevistos, que me impediram de vir ao casamento.

Ele mencionou o convite que eu pedi que Dona Renê enviasse e fiquei sem graça ao lembrar que não havia comentado esse pequeno detalhe ao Edward, que me olhou desconfiado antes de se voltar para o pai.

- Precisamos conversar. – Edwar falou, encarando- o.- Por aqui. – ele falou apontando o caminho de casa para que o pai o seguisse.

Depois que estávamos todos na sala Edward se virou para mim e falou próximo ao meu ouvido.

- Querrida, nos deixe a sós por favorr.

- Claro. – falei levando Alice comigo para o quarto.

(...)

Edward (PDV)

Essa sem dúvida seria a conversa mais difícil da minha vida, e agora eu inevitavelmente teria que faze-la.

- Pai, eu não sei se a Tia Anne te contou o que aconteceu, mas... bom a questão é que meu filho Carlisle foi seqüestrado e correndo o risco de não encontra-lo eu...

- Você recorreu a mim, pois não sabia o que fazer, estou certo? – ele completou.

- Sim.- falei me sentando cabisbaixo.

- Interessante não? Os meus negócios nunca o agradaram... e agora você precisa da minha ajuda.

- Olha se o senhor não quer ajudar...

- Shiiii, eu não vim brigar Edward, só preciso saber exatamente do que você precisa. – ele falou se sentando.

- Eu sei que o senhor conhece pessoas... e que algumas te devem favores... em vários lugares e ... bom eu, só quero que o senhor pergunte se alguém viu esse homem. – falei lhe entregando uma cópia do retrato falado que fizeram do seqüestrador.

- Eu vou fazer o possível, mas eu não garanto nada... você sabe como essa gente é.

- Eu imagino...

- Bom, eu já vou... er, eu te ligo, assim que tiver notícias.

- O senhor tem onde ficar?

- Sim, eu aluguei um flat aqui perto, não se preocupe. – ele falou se levantando.

- Ok, e... pai.

- Sim Edward...

- Obrigada!

- Não agradeça, ainda.

Ele falou e saiu pela porta, renovando as minhas esperanças quanto à possibilidade de encontrar Carlisle.

Meu pai era um homem poderoso, e sempre gostou de ostentar esse poder. Para os outros ele era só um empresário bem sucedido, mas eu sabia que era mais do que isso. E era por causa dos seus negócios escusos que batíamos de frente toda vez. Mas talvez fosse a hora de mudar, ele parecia mesmo diferente, quem sabe? Talvez fosse a hora de esquecer e aprender a conviver, mesmo tendo opiniões tão distintas.