Secrets Of a Life

Capítulo 35 - A carta


Acordei tomei um banho rápido, prendi o cabelo em um rabo de cavalo e coloquei uma camiseta com um shorts cheio de bolso que eu adoro (Roupa da Bella: http://looklet.com/look/4456592 ). Depois de achar o meu tênis desci para preparar o café. Dona Renê já estava acordada tomando um copo de leite enquanto me via preparar o café.

- Bom dia Bella! Dormiu bem?

- Bom dia Dona Renê! Eu dormi bem sim, e a Senhora?

- É eu dormi bem, tirando essa dor nas costas que está me matando, está tudo ótimo. – falou massageando a lombar.

- Dona Renê, a Senhora tem que ver isso.

- Bella, você sabe que eu não sou muito fã de médico.

- Então fala com o Richard, antes de ser médico ele é seu filho e não vai gostar nada, nada de saber que a Senhora não está se cuidando.

- Ta bom, depois eu vejo isso. – falou pegando um pedaço de bolo. – Agora deixe me adiantar uns exercícios antes que o Edward acorde. – falou antes de se dirigir a biblioteca.

Sentei a mesa e peguei uma maçã, e quando eu a mordi o Edward apareceu.

- Bôm dia! – ele falou engraçado depois se sentou.

- Bom dia! – falei dando mais uma mordida.

Tomamos o café em silêncio, então Dona Renê veio buscá-lo para a aula.

Edward (PDV)

Tomei café na presença do meu anjo, que para a minha tristeza acordou indiferente a minha presença. Pelo menos Dona Renê acordou cedo, o que me permitiu falar com ela dos meus planos para pedir desculpas a Bella.

- Pronto para a aula?

- Sim, mas antes eu gostaria de pedir uma ajuda a Senhora.

- Se estiver ao meu alcance...

- Hoje de manhã eu escrevi uma carta para ela, mas eu não conheço todas as palavras, então fiz um rascunho em alemão mesmo. – falei tirando o papel do bolso. – a senhora poderia traduzir? Assim eu entrego a carta o quanto antes.

- Claro, vamos fazer melhor! Essa será a sua lição de hoje. Assim você traduz a carta com a sua própria letra, o que acha?

- Excelente.

Falei abrindo o caderno. Até por que era importante terminar a carta antes que eu a visse de novo.

Bella (PDV)

Terminei de arrumar a cozinha e fui a biblioteca antes de ir ao mercado.

- Dona Renê, eu estou indo, a Senhora vai querer mais alguma coisa além do que está na lista?- disse vendo que o Edward olhava pra mim.

- Não querida, é só aquilo mesmo!

- Ta bom eu não demoro.

Peguei as chaves do carro e fui ao mercado. Se a Dona Renê estivesse aqui diria que as coisas estão pela hora da morte.

(...)

Depois de colocar as compras no carro fiquei que nem uma louca procurando o bilhete do estacionamento.

- Nossa, isso sempre acontece! Onde foi que eu deixei aquela droga? – falei comigo mesma.

- Está procurando por isso? – alguém falou atrás de mim e eu logo reconheci a voz.

- Oi Jake. – falei pegando o bilhete. – Valeu!

- Não há de quê! - ele falou mexendo no cabelo. – Er... ta tudo bem? Já tem um tempo que eu não tenho notícias suas.

- É, eu ando meio sem tempo nos ultimos dias. – falei olhando para o chão.

- Tem alguma coisa a ver com o cara que vocês acharam?

- É, ele tem mantido todo mundo bem ocupado ultimamente. – falei dando um pequeno sorriso.

- Sei como é, a Dona Renê deve estar adorando.

- Sim ela está. – falei encostando no carro. – E você, o que faz por aqui?

- Er... eu vim comprar umas coisas pra Nessie. – ele falou mexendo das chaves.

- Legal, bom eu tenho que ir, a gente se fala. – eu disse abrindo a porta do carro.

- Ok, a gente se fala. – ele disse batendo a porta.

Saí de lá o mais rápido que eu pude. Será que eu fui grossa? Acho que não, só não fiquei de muita conversa, né? Ah, depois eu ligo pra ele, não é nada demais só que toda a vez que ele fala o nome daquela garota me dá uma raiva. Eu sei que isso é meio infantil da minha parte, mas sei lá! Vai ver com tempo eu esqueço dessa neurose.

Bom, o caminho pra casa foi tranqüilo, quando eu cheguei, vi o Edward sentado na escada com um papel na mão, pela hora a aula com a Dona Renê já devia ter terminado. Ele me viu abrir o porta malas então veio me ajudar com as compras. Colocamos as coisas no balcão da cozinha, parei um pouco pra prender melhor o cabelo e ao terminar ele me entregou o papel. Era uma pequena carta escrita a mão, a caligrafia era firme e legível. Olhei pra ele, sentei na pia e comecei a ler.

Bella

Sinto muito se eu a ofendi com o meu comportamento nos últimos dias. Acredito ter abusado da sua hospitalidade então peço que me perdoe, pois em momento algum eu tive intenção de fazê-lo.

Você me salvou e cuidou de mim mesmo sendo um completo estranho, e por isso eu me sinto imensamente grato, logo eu queria soubesse que caso não se sinta a vontade em continuar com as aulas eu entenderei e não a importunarei mais.

Edward

Quando acabei de ler a carta, fiquei super sem jeito. Mas não sabia como dizer que estava tudo bem e que o problema não era com ele e sim comigo. Então eu fechei a carta e a coloquei no bolso, ele estava de cabeça baixa e não viu quando eu me aproximei. Dei um beijo em sua bochecha e me afastei, ele por sua vez abriu aquele sorriso. Então eu comecei a guardar as compras falando os seus respectivos nomes, ele me olhou um pouco surpreso mas logo compreendeu o que eu queria. Não demorou nada e as compras já estavam todas no armário, então o telefone tocou.

- Residência dos Balding!

- Bom dia, o Senhor Edward Cullen está? – falou uma mulher com a voz ríspida.

- Sim quem deseja?

- Aqui é Tânia do serviço de imigração.