Capítulo 11 - Sábado

Passaram-se duas semanas desde o nosso 1º melhor beijo. As coisas não poderiam ser melhores. Jake vem de Port Angeles quase todos os dias me ver, não que estejamos namorando, até por que se tem alguém aqui que me deve um pedido de namoro esse alguém é ele. De qualquer forma é muito bom passar os meus fins de tarde caminhando, conversando ou beijando o Jake.

- “Bella, vai fazer o que esse sábado?” – perguntou Dona Renê.

- Vou ao cinema com o Jake. Por quê? A Senhora vai precisar de mim?

- “Na verdade não, é que o Richard perguntou se eu não queria dormir lá amanhã com Rosalie e as crianças”.

- Aconteceu alguma coisa Dona Renê?

- “Não, é que ele vai fazer mais uma daquelas viagens pra compra de material da clínica”.– falou enquanto se servia de mais um pouco de salada.- “Eu perguntei por que se você fosse ficar sozinha eu te levava comigo”.

- Entendo, e a que horas a Senhora quer que eu a leve?

- “Não precisa me levar o Richard vai passar aqui de manhã”.

Terminamos de jantar e depois de lavar a louça fui para o meu quarto. Me deitei na cama, em seguida o meu telefone tocou.

- Alô? Oi Jake, como foi o seu dia?

- “Bom”.- fez uma pausa antes de continuar.- “Er... Bells surgiu um imprevisto, tem como o cinema ficar pra domingo?”

- Tudo bem. Houve algum problema?

- “Não, um cliente deixou um carro agora pouco aqui na oficina, e eu não sei se vou terminar a tempo”.

- Ok! Te vejo domingo então. – falei meio tristonha.

- Bells, se você quiser eu posso ir a noite. Mas eu devo chegar tarde!

- Não tudo bem, a Dona Renê não vai estar, qualquer coisa assistimos um filme aqui mesmo.

- Beleza então, amanhã quando eu estiver saindo daqui te ligo.

- Tá, até amanhã, beijo!

- Beijo.

Quando eu levantei a Dona Renê já havia saído. Quando fui a cozinha tomar café, vi o bilhete que ela me deixou em cima do balcão.

Bella

Devo voltar domingo a noite.

Tenha um bom final de semana!

Ps: Sobrou um pouco de carne assada na geladeira.

Renê

Arrumei a casa, tomei um banho, depois fui assistir televisão e acabei dormindo. Acordei de noite com o barulho de moto no quintal, então levantei, lavei o rosto e fui correndo atender a porta. Jake estava carregando refrigerante em uma mão e uma pizza em outra.

- “Trouxe com bastante queijo.”

- Uhmm, Jake e queijo, adoro! – falei rindo e lhe dando um beijo.

- “Então, coloco aonde?”- disse gesticulando com a Pizza.

- Põe lá no balcão. – Falei apontando pra cozinha.

Depois de cortar a pizza, fomos assistir Os amores de Moll Flanders que estava passando na tv. Quase na metade do filme, começamos a nos beijar, imitando os protagonistas. O problema foi que não conseguimos parar. Inclinei meu corpo pra cima do Jake no sofá. No começo o beijo foi doce, depois foi pegando intensidade. Ele me pegou com força e me deitou no sofá, agora ele estava por cima. A minha respiração acelerava a cada segundo, e em um rompante quase que inevitável eu arranquei sua camisa. Ele me fitou com aquele olhar de “fome” e sem pestanejar também arrancou a minha. Continuamos nos beijando, sentir o corpo quente de Jake junto ao meu era uma sensação indescritível. A essa altura estávamos quase nus quando a campainha tocou, inconvenientemente.

- “Será que é a Dona Renê?” – disse o Jake já vestindo as calças.

- Não, ela só vem amanhã à tarde! - Falei colocando as minhas roupas. – Espere aqui, vou ver quem é.

Fui em direção a porta e pelo olho mágico pude ver a vizinha Senhora Thompson com uma xícara na mão.

- Olá Senhora Thompson, posso ajudar?

- “A querida, perdoe o incomodo, mas é que a Ângela vai levar biscoitos para a feira da escola amanhã cedo, e eu não tive tempo de ir ao mercado hoje.” – falou com cara de “cachorro magro”. – “Teria como você me emprestar um pouco de açúcar? Prometo devolver, depois!”

- Claro só um instante. – encostei a porta, pra que ela não espiasse e voei pra cozinha, não demorou muito, voltei com a tal xícara na mão. – Aqui está! Precisa de mais alguma coisa? – falei entre os dentes.

- “Não querida, muito obrigado”.– falou se retirando.

Voltei pra sala em três passadas e vi o Jake fitando o chão.

- Que foi, aconteceu alguma coisa? – perguntei franzindo o cenho.

- “Não, mas eu estava pensando que talvez fosse cedo demais!”

Que bela hora pra se ter uma crise de puritanismo. Eu aqui com o corpo em “chamas” e ele resolve voltar atrás.

- Eu fiz alguma coisa de errado? – falei tentando convence-lo do contrário.

- “Não é isso, só que talvez devêssemos esperar um pouco.”

- Ok então! –suspirei. – Eu posso pelo menos dormir com você? - falei abraçando-o.

- Pode. – disse ele sorrindo e me beijando o rosto.

Ele me acompanhou até o meu quarto e me viu tirar minhas roupas. Fiquei só de calcinha e sutiã. Não que eu dormisse sempre assim, mas não custava nada atentar mais um pouco.

Deitei na cama e vi os seus olhos percorrendo o meu corpo. Ele respirou fundo e veio se deitar ao meu lado. Dormimos abraçados até o dia seguinte, mas dessa vez não precisamos nos preocupar com os olhos curiosos. Acordar envolvida pelo corpo de Jacob Black foi sem dúvida maravilhoso!