Secret Love

SEGURE-SE Á ISSO


Meu coração parou por um instante, parecia que de repente cada peça do quebra-cabeça se conectava em um todo. Mas o susto repentino fez com que eu me jogasse em Damon, ele passou os dedos suaves por meu cabelo, e diferente de mim, não parecia surpreso. Abominei o momento que tive de soltar suas mãos grossas e analisar mais friamente o que víamos na fita.

— Só pode ser brincadeira! — murmuro, atordoada. Damon solta um gemido agudo com o tapa furtivo que se querer soltei em suas costas. E de repente, ele me puxa.

— O que vamos fazer agora? — Perguntei submissa.

— 1° Pensar melhor. 2° Iremos descansar. 3° Vamos conversar com o advogado de Stefan, que, supostamente é o que a Srt. Fell indicou á você.

O rabo de cabelo louro saia divino pelas beiradas do vídeo, os olhos clandestinos e a boca rígida de Rebekah sobrepujavam tudo que eu já havia pensado. Ela poderia ser tudo, mas assassina, eu duvidava.

— Não podemos simplesmente julga-la só porque ela está na fita — Damon murmurou sem animo — Isso só prova que ela estava lá, mas não diz nada sobre ter tocado um dedo em Katherine. — O que vamos fazer? — Ele repetiu docemente minhas palavras.

— Eu estou com fome.

De repente, o telefone toca.

Meu coração vai á boca.

— Alô? — Pergunto, intimidada.

— Elena?

— Dra. Fell?

— Oi, querida. — Seu tom de voz doce e macio, aquece meu coração por uns instantes, e vejo Damon balbuciar de sono.

— Aconteceu alguma coisa? — de repente fico alarmada.

— O julgamento foi marcado para semana que vem, suponho que estivesse ansiosa para poder abraça-lo — murmura do outro lado da linha — Ele pode receber sua visita, querida.

Puta merda... meu coração bate mais forte.

— Quando posso ir visita-lo? Stefan, oh, Stefan... — meu coração se aperta.

— Amanhã, minha querida. Ás 15:00 passarei na sua casa. Como está o Sr. Salvatore?

— Damon, Meredith. Pode chama-lo assim — dou linguá para ele — Ele está bem, beeeem, claro que não, mas estamos nos ajudando.

— Espero que fiquem bem, tudo vai voltar á ser o que era. Prometo.

Sua promessa acaba deixando-me confortável.

— E como está papai? — a doce palavra familiar me deixa tão feliz, esplendorosa.

— Adoraria se você pudesse acompanhar sua evolução, querida. Mas ele está, na verdade, indo melhor do que poderíamos imaginar.

— Passarei para dar-lhe um beijinho na testa, depois. Agora preciso dormir, Meredith obrigada por tudo.

— Disponha.

Damon joga uma almofada em mim, mas eu á percebo bem á tempo e ela passa direto.

— Rá-rá. Errou.

— Só porque estou cansado demais para notar alguma diferença entre seu busto e a porta de saída.

— Urrgh, vamos. — Seguro-o para que possamos descer até a cozinha.

Dou um copo de café a Damon e vejo-o despertar um pouco.

— Gosta de bacon nos ovos?

— Gostaria de qualquer coisa que você fizesse, Elena.

— Rá-rá.

As suas palavras doces são maravilhosas para mim, ele está sendo um amigo e tanto. Por mais que eu saiba que ele quer ser mais do que isso, não me incomoda mais. Não sei o que seria de mim se ele resolve-se sair por aquela porta.

Coloco os ovos e o bacon em um prato, e sento ao seu lado na mesa, Damon humildemente me oferece seu prato, e eu belisco pelos redores enquanto ele murmura 'que fome'.

— Amanhã iremos viajar de avião, tudo bem para você? — a pergunta me pega desprevenida.

— Para onde iremos, posso saber? — sorrio. Ele amolece.

— Mistic Falls.

— O que?!

— Faremos isso por Stefan, Elena. Não se preocupe — ele levanta, e então vai até a sala.

Quando volta, está fazendo margaridas para tomarmos. E eu lhe digo que não sou alcoólatra portanto não preciso beber á essa hora da madrugada, ele sorri condescende, e simplesmente diz:

— Na nossa situação, ser alcoólatras nos faria bem — finalmente cedo ao charme do copo, e resolvo tomar uns goles. Damon — sendo o Damon — começa a rir do nada.

— Na nossa situação, rir não seria algo bem vindo.

— Eu estava pensando: Quem saberia que isso tudo viria á acontecer quando você saiu daquele avião toda "foda-se" e encantou á nós dois? Você nos enfeitiçou, Elena. E a magia foi mais forte do que o normal. Mas uns... tem mais sorte do que os outros. — Seus olhos azuis vagaram momentaneamente por uma parte desconhecida de sua mente. Ele suspirou, e então estava de volta para á realidade.

— Você já está bêbado, Damon... — digo, rindo abertamente.

— Rá-rá — debocha —, você não me conhece mesmo, hein?

— Não mesmo. Mas nós dormimos juntos.

— Hmmm — ele fecha os olhos, brincalhão, tentando fingir rubor como uma dama que deitou pela primeira vez com seu amante — e não, eu estou bem longe de estar bêbado. Digamos que eu esteja... — ele vasculha a mente á procura de uma palavra apropriada — tentando não pensar em amanhã.

— O que tem amanhã?

— Um novo dia.

— E você tem medo de dias novos? Não parece a pessoa que tem medos bobos.

— Não costumava ter, mas agora: novo dia parece como uma oportunidade para cair de uma ponte.

Suspiro enquanto tomo um longo gole.

— Ei mocinha — repreende ele — devagar aí, você é fraquinha.

— Você não sabe disso — retruco, irritada.

— Oh, eu sei.

Faço cara feia e tomo outro enorme gole, dessa vez sinto o gosto metálico da bebida, deve ser algo diferente. Porque, eu realmente não fiquei tonta? nem ao menos senti a velocidade da bebida queimando dentro de mim, fico encabulada com o fato de não conseguir ficar bêbada nem ao menos depois de quase beber a garrafa toda.

— Isso acontece ás vezes — Damon sussurra, a boca perto do meu ouvido —, quando seus músculos estão muito tensos, a bebida simplesmente não consegue contaminar você.

Puta merda.

— ÓTIMO — retruco com ironia —, a sobriedade era a ultima coisa que eu precisava agora.

— Posso resolver isso em um minutinho — Damon diz, entredentes. E de repente está atrás de mim, as mãos fortes correndo nervosa para alcançar minhas costas.

— Ei! Não precisav... ahhhh... — tarde demais. Suas mãos passam livremente por minha clavícula, eu podia sentir seu nervosismo, á necessidade de poder ir mais fundo. Mas ele se conteve, e continuou a massagear meu corpo. E é tão delicioso que permito-me gemer baixinho, enquanto ele se satisfaz de seu momento de gloria por ter me feito realmente relaxar. Posso sentir a vertigem agora, meu corpo está tão relaxado que toda a bebida que circula nervosa por minha veia, começa a pesar. E de repente, estou agarrada á Damon para segurar-me á realidade.

— Respire fundo — diz ele, passando as mãos de repente delicadas por meu cabelo, colocando os fios rebeldes atrás de minha orelha. — Pense em como você fica quando está sóbria — melhor, pense na sobriedade, Elena. Ensine a mente, exija dela. Lute. Você consegue!

De repente está tão calmo e gostoso em torno do fio do álcool, que resolvo relaxar e simplesmente curtir o sonho gostoso que tenho.

Eu estou andando por um jardim ensolarado e cheio de felicidade, na mesa farta de comida, Damon e Stefan me esperam — lindos e impecáveis como sempre. Sorrio para os dois quando junto-me á eles, e Damon vem para mais perto de mim e me dá um leve beijo na boca. Stefan continuou passando manteiga de amendoim no pão, e depois, comeu. Então sorridente veio á meu encontro também. Os irresistentes olhos castanhos nem se dão o trabalho de notar que Damon mantem ás mãos ao meu redor, puxando-me para ele.

Stefan me beija, longa, e demoradamente. E igualmente, Damon fingi não se importar com isso. E então, eu me seguro aos dois e olho o lindo sol que queima minha pele e dá á mim a sensação de calor da qual necessitava para relaxar. E aqui estou, tão simples e tímida, mas com dois lindos príncipes encantados — um doce, e outro extremamente doce.

— Prometam-me uma coisa. — Digo de imediato, enquanto eles saem de seu estranho devaneio e voltam, os dois, a atenção para mim.

— Diga — Stefan enciste.

— Nunca, mas nunca mesmo, me deixem. Estão ouvindo?

— Se a deixarmos, estaremos deixando á nós mesmos — repetem em uníssono.

— Elena... — Damon me acorda, enquanto noto que estou com as mãos envolta em seu pescoço.

— Oh, me desculpe.

— Está tudo bem.

— Tudo bem eu ter babado em você?

— Sim.

— Porque?

— Você é divertida dormindo.

— Porque?

— Você fala.

O que?

— Ao menos falou dessa vez.

— O que falei?

— "Damon, beije-me" — goza ele, e de certo sei que está brincando.

Ainda estou meio tonta, o escuro da cozinha e a sensação de cuidado que os braços de Damon ao meu redor dá é reconfortante, então, resolvo.

— Poderia passar ás mãos ao meu redor?

— Claro!!!! — zomba novamente, mas quando encosto em seu peito, sei o que ele sente. E em parte, sei que também não estou sendo justa. Sei? de repente pego-me desprevenida ao notar que não sei de nada. Que as mãos calorosas e acolhedoras de Damon agora roçam minha perna, livremente, e resolvo não me importar. A sensação é tão gostosa, sentir sua barba por fazer em meu rosto, roçando minha pele.

Meu sangue ferve e de repente pesa mais que o normal em minhas veias, ele me olha, confusa quando continuo passando a bochecha por sua barba. Não reclama, nem diz nada, apenas continua me examinando com seus atentos olhos azuis.

E quando mais ajo, de repente estou o beijando. Sua linguá ágil move rapidamente por minha boca, enquanto coloco ás mãos em sua nuca, roçando a unha em seu cabelo macio. Aspiro o seu cheiro, e é tão gostoso que queima minha narina. De repente paro, e vejo o desejo estendido em seus olhos azuis. E o medo também, mas seu olhar é tão intenso, tão cheio de amor, tão coberto de paz que resolvo esquecer de tudo. Esqueço que estamos sendo ridículos, e que, por hora, sinto algo mais do que o normal por Damon. Ele arqueja, quase sem ar, e então aperta meu corpo contra o dele tão forte que quase posso sentir sua ereção. O quanto ele está exitado com apenas o nosso beijo? Puta merda. Preciso solta-lo. Não é justo.

Tento me desvencilhar dele, mas o doce sabor de sua boca não permite que eu o faça. E é tão quente, tão... gostoso. Ele é bruto ao não deixar que saia de cima dele, ele está encostado na parede, sentado no chão, e eu estou em cima dele.

Seus lábios ágios descem por meu pescoço, mordiscando perto dos meus seios. A dorzinha é gostosa e bem vinda, e o gemido de Damon ao arrancar meu sutiã e jogar fora minha blusa é voraz — e de repente, sou mesmo incapaz de solta-lo, de parar aquela ação e fechar a cara.

Decidi que estávamos ali. Sim. Estamos nos beijando, cheios de desejos e sentimentos desconhecidos, E eu quis, quase que de repente, que ele fosse Stefan. Mas meu sentimento por ele era tão diferente. Eu o sentia, literalmente. Mas Damon... Damon é meu lado quente. Ele desperta em mim os desejos mais quentes.

E então, estamos quase nus. Desabotoo sua camisa, e ele para de repente, e eu quase imploro para que volte.

— Tem certeza que quer mesmo isso?

Aquela é a pergunta. Eu não sei. Á unica coisa que sei, na verdade, é que aqui estamos. E que decidi aproveitar o momento.

— Sem perguntas... por favor.

E sei que ele instantaneamente sente medo de que eu diga para parar, então continua ávido, mordiscando meus seios, e o posso sentir seu pênis duro em minha coxa. Estamos completamente pelados.

Ele procura no bolso algo que não encontra. E então, um olhar de desapontamento o invade. Deve ser a camisinha, mas eu estou tão molhada e exitada que não suportaria não tê-lo dentro de mim. Então tomo a iniciativa de pular em cima de seu corpo, e o introduzo dentro de mim. Enquanto sussurro baixinho em seu ouvido "na hora, você para". E ele entende.

E então ele sai e entra em mim devagarzinho, de uma forma tão dilacerante, que o comparo á Stefan fazendo isso, Damon de repente vai tão rápido e tão forte que doí. Stefan é tão delicado... reprimo o pensamento, porque sei que não estou sendo justa. Não quero me sentir ridícula.

Gemo. O orgasmo é tão intenso que eu posso sentir — subitamente — todas as emoções. Dor, angustia, emoção, prazer, e a deliciosa sensação de relaxamento. A mesma sensação que senti quando delicadamente, suas mãos macias passaram por meu corpo.

E Damon cai ao meu lado, esgotado, gemendo e gritando meu nome.

— ai deus... — murmura, sondando-me com seus profundos olhos, que agora me causam uma nova sensação — calafrio.

Meu deus, eu estou apaixonada por ele!