Annabeth

Eram quase 16h, e eu já estava atrasada. Corri para a estação de metro, felizmente ainda o apanhei. A carruagem estava cheia, me Agarrei ao varão de metal. A senhorita do anuncio vivia em Manathan, no outro lado de Nova York. As pessoas iam saindo consoante o metro parava nas estações. Assim que vi um assento vago me sentei. ainda seria longa a viagem, por isso retirei um livro da minha mala. Comecei a ler o "50 tons de cinza". Levei as mãos ao bolso, retirei uma caixa de chiclete, estava quase vazia, tinha apenas três. Tirei uma e comecei a mascar enquanto lia o livro. Thalia dissia sempre que eu era viciada em mascar... E sim talvez até seja...

No entanto reparei que alguém me observava, levantei os olhos e vi que que um menino me olhava. Ele tinha uns 10 anos talvez. Vestia umas jeans azuis, e uma T-Shirt vermelha, na cabeça tinha um boné dos Yankeas. Ao seu lado estava um homem engravatado,era alto, e estava completamente vidrado no seu IPhone, devia ser o pai. O garotinho observava a minha mão onde segurava a caixa dos chicletes. Percebi o que ele queria. Retirei a penultima chiclete mas quando ia lhe entregar, uma mão segurou o pulso do menino. O pai dele me mirou de alto a baixo, me olhando com nojo.

– Vamos Ben - disse o homem, arrastando ele para o outro lado da carruagem metálica. O menino me olhou com pena. Suspirei... Olhei pelas janelas, estava quase sendo a minha paragem. me levantei e me coloquei em frente á porta. Mas na minha frente estava o garotinho de há pouco, olhei para o pai dele, qu estava vidrado novamente no seu IPhone. Cutuquei no ombro do garotinho, ele se virou. Sorri, coloquei a mão no bolso, e retirei de la a chiclete. O menino sorriu, pegou na chiclete e a colocou na boca discretamente. Sorri ao ver que o pai nem notara. A porta da carruagem do metro se abriu. O pai do garoto o puxou para fora dali. Antes de irem o Menino se virou para trás me acenando em despedida... Sorri ao ver o pequeno a se afastar...

As portas ae fecharam.

A minha paragem foi a seguir. Quando sai da estação de metro olhei para o relógio, porra faltavam 15 minutos. Olhei em volta, felizmente vi um taxi, corri para o automóvel.

– Boa tarde - disse apressada entrando pelo carro.

– Calma manina - sorriu o homem. Ele aparentava ter 40 anos, era careca e gordo, mas não era aquela aparência assustadora, era mais como um aquele tio super fantástico.

– Me pode levar á W 85th ST?

– Claro menina - sorriu ele.

Arrancou com o carro. Olhei novamente para o meu relógio do pulso.

Porra - xinguei mentalmente.

– Está tudo bem menina? - perguntou ele.

– Está sim - falei - Mas pode ir mais rápido?

– Tudo bem - sorriu ele, o carro acelerou. - Porquê tanta pressa menina?

– Entrevista de emprego - respondi. O homem riu.

– Bem boa sorte.

– Obrigada.

Felizmente cheguei a tempo. O motorista do táxi, parou na rua da senhorita do anuncio.

– Obrigada.

– São 68 dólares.

Coloquei as mãos há carteira retirando um masso de notas apressadamente.

– Fique com o troco. - disse. O homem arqueou as sombracelhas.

– Mas... Isso é muito.

– Não se preocupe. - respodi, saí do carro corredo procurando a casa da mulher. Mas como sou despassarada acabei esbarrando com alguem...

Percy

Droga minha mãe me pediu que estivesse em sua casa ás 16 horas e eu já estava atrasado. Estacionei o carro perto da sua casa mas quando saí do carro, senti alguém embater contra o meu corpo, me fazendo cair no chão.

– Ai meu Deus - falou alguém.

Pisquei os olhos, ao abrir, vi uma silhueta magra.

– Você está bem? - perguntou ela. Tinha cabelos loiros cacheados, os olhos faziam lembrar um dia nublado, completamente cinza...

– Não tem ma eu estou bem... - assegurei para ela. Ela pareceu ficar aliviada.

– Mas certeza que está está bem? - perguntou ela, me ajudando a levantar. Mas assim que me tocou senti uma corrente eléctrica me percorrendo o corpo.

– Sim obrigado eu estou bem não se preocupe - sorri pra ela.

– Oh ainda bem - sorriu. - Você mora aqui?

– Sim quer disser... A minha mãe mora aqui.

– Oh entendo... Poderia me disser onde fica este apartamento - perguntou elan me dando o papel com o endereço. Sorri.

– Que coincidência. - falei.

– Desculpe? - perguntou ela sem entender.

– É que esta é a casa da minha mãe...

– Sério?

– Sim... Você veio para as entrevistas?

– Sim... Como sabe?

– A criança do anuncio é o meu filho - sorri.

– Oh... - foi tudo o que ela conseguiu disser.

– Quer que eu a acompanhe?

– Claro - disse ela dando um sorriso meigo.

– Já agora sou o Percy

– Annabeth Chase - disse ela me oferecendo a mão que rapidamente apertei.

– Prazer - respondi. - Vamos indo?

– Com certeza.

Guiei ela ate ao prédio. Subimos os dois, não trocamos nem uma palavra, apenas sorrisos amigáveis. Quando chegamos ao apartamento toquei á campainha. Minha mãe a abriu.

– Percy.

– Oi mãe - sorri - Esta é a Annabeth Chase ela veio para a entrevista.

– Foi a você que me ligou ontem certo?

– Sim fui eu minha senhora.

– Me trate por Sally - sorriu minha mãe. - Entrem.

***

– Então você já tomou conta de crianças?

– Já sim - respondeu a loira - eu já trabalhei em várias casas, e posso lhe dar os contactos se desejar.

Elaassentiu.

– E estuda ou trabalha? - voltou a perguntar a minha mãe.

– Eu tenho aulas de noite... Mas garanto que isso nunca intervirá no trabalho... Eu consigo conciliar os dois...

– E está interessada porque?

– Eu sempre adorei crianças, e tenho facilidade em tomar conta delas, nas outras casas em que estive nunca tive problemas.

– Já tomou conta de bebés?

– Já sim.

– Desculpe perguntar - intrevim - Mas porque quer este trabalho?

– Como eu falei eu estudo de noite, e preciso de dinheiro para pagar a faculdade.

– E estuda o quê?

– Arquitectura.

– E tem mais algum emprego? - voltou a perguntar a minha Mae.

– Eu trabalho aos domingos numa lanchonete do parque.

– Fuma? bebe?

– Não claro que não.

– Bem então você fica uma semana há experiência... Parece-lhe bem?

– Tudo optimo - respondeu Annabeth

– Fica bom pra você Percy? - perguntou minha mãe.

– Tudo óptimo - respondi sorrindo para a linda loira de olhos cinza...