Se você voltasse ✖ GSR

2ª temporada - Capítulo 15


Grissom estava terminando de se arrumar quando ouviu a campainha, como sua esposa atendeu, ele ficou tranquilo. Finalizou o que faltava e após seguiu para sala para se despedir dela, e da provável visita e ir trabalhar.

Quando viu sua esposa paralisada, logo teve que perguntar o que era, e a resposta o deixou igualmente estático. Ele teve de voltar a si logo, pois Sara começou a ficar tonta, e ele teve que ampará-la antes de caísse.

— Gil, ela não pode fazer isso pode? Ela não pode tirar nosso filho? – Os olhos dela estavam mareados.

— Nada a impede de tentar, mas olhe para nós Sara. Somos um casal exemplar, criamos nossos filhos com bons princípios, estamos adotando uma criança, temos emprego fixo, não há o que ela alegar para querer que o menino viva com ela e não conosco.

— Bem, ela me disse uma coisa há uns dias e acho que é isso que ela tem utilizado como recurso. – Sara falou pensativa, tentando voltar a si, não podia deixar-se levar pela emoção no momento, tinha que ser racional para entender esse problema e enfrenta-lo.

— O que ela disse?

— Ela disse bem... – Sara fez uma pausa. – Que em Los Angeles está a família dele de verdade, os Wynard. Lá teria tios, avós... Disse que lá ele estaria com a família de sangue dele. — Ela tentava se controlar, mas tremia.

— Sara, nós somos a família dele. Taylor é o pai dele sim, mas essa Elizabeth não é a vó, não se pensa assim. Nós acompanhamos a gestação, demos o primeiro banho, ouvimos as primeiras palavras, vimos ele dar os primeiros passos, estivemos ao lado dele quando esteve doente. Lembra quando ele ralou o joelho na pracinha e ele não quis nem você e nem eu, só deixou o tio “Greggo” tocar na ferida? – Eles riram com a lembrança. – Ou quando ele achou aquela aranha e foi mostrar para a Morgan que quase pulou da cadeira? Foi a Julie que te acompanhou no primeiro corte de cabelo dele por que eu estaria trabalhando. E nem precisamos dizer tudo que o Nick e o D.B. fizeram por Arthur, mesmo antes de ele nascer. – Ele então pegou a mão da morena entre as suas e fitou profundamente seus olhos castanhos. – Se ela acha que somente o DNA define o que é uma família. Sara, ninguém nunca poderá apagar esses momentos, e ela que pense o que bem entender.

— Eu te amo Gil.

— E eu te amo muito mais senhora Grissom. – Ele riu.

— Você sabe que não herdei seu sobrenome. – Ela rolou os olhos, ele adorava fazer isto.

— Mas iria ficar muito bonito: Sara Sidle Grissom. Soa muito bem aos meus ouvidos. – Ele piscou.

— Aos meus também. – Ela sorriu de volta.

— Bem, eu vou ficar com isto. – Ele então pegou a carta que Sara havia recebido sobre o requerimento de Elizabeth Wynard da guarda de Arthur. – Vou conversar com nosso advogado somente por precaução. Não vamos deixar que esse processo se estenda mais que o necessário, e muito menos que nos cause mais estresse.

— Nós temos um advogado? – Ela perguntou perplexa. Na realidade eles não eram muito fã de advogados, eram ossos do oficio.

— Temos o que encaminhou o nosso divórcio há uns anos atrás. Ele é um bom advogado, e vamos ter que confiar em alguém.

— Está certo.

Eles se despediram como sempre acontecia em seus últimos cinco anos, com um beijo apaixonado.