Saving Love

Capítulo 15


Barry, Cisco, Caitlin e Julian tinham conseguido voltar com Harry.

Barry e eu estávamos no laboratório de velocidade, conversando sobre o acontecido.
— O quão divertido vai ser ter os dois Wells aqui...?
— Pois é. - nós rimos
— Fico feliz que tenha conseguido salvar o Harry.
— É. Foi uma grande vitória para o time derrotar o Grodd. - ele disse. - Bem, impedimos que um ataque gorila acontecesse.
— É... Olha só você mudando o futuro.
— Estamos todos mudando o futuro. Uma manchete de cada vez.
— Não sei o que o futuro reserva, mas... espero que todos os dias sejam ao seu lado.
— Sempre! - Barry me abraçou.
— Barry, temos um problema aqui. - Cisco disse pelo alto falante.

Eu e Barry fomos até o salão principal, encontrando todo o time e mais uma mulher baixinha de cabelos negros.
— O que ela está fazendo aqui?
— Calma. Ela veio em paz. - Cisco disse.
— Quem é ela? - perguntei confusa.
— É a Cigana. Era ela que queria me levar de volta para a Terra-19. - HR disse.
— Ah...
— Cisco, o que aconteceu?
— É o Grodd. Ele veio para Central City.
— Eu estava na Terra-2, perseguindo um fugitivo em uma selva africana e então vi um gorila enorme. Desde então, não lembro mais de nada. Quando vi... já estava aqui. - Cigana disse.
— Tentando me matar por sinal. - Cisco disse. - O fato é, Grodd usou ela para vir para Central City e algo me diz que ele não está sozinho.
— Temos que achá-lo antes que ele machuque mais alguém.
— Não se preocupe, Barry, vamos acha-lo. - disse tentando acalma-lo.
— Toda vez que o derrotamos ele volta mais forte, inteligente e perigoso. Ele está evoluindo.
— Pessoal, só temos que pensar em outra forma de derrota-lo. - Iris disse.
— E é por isso que eu e o Harry já cuidamos disso.
— É. Não vou deixar que ele me engane de novo. - Harry disse.
— Nós, Wells, somos difícil de enganar, não é cabeça dura. - HR falou.
— Não me chame de cabeça dura.
— Continuando. - Cisco os interrompeu. - Ele vai estar em um cruzamento. State com a Oakhill.
— Como sabem disso?
— É uma longa história, mas pode confiar.
— Esse cruzamento da acesso ao coração da cidade. Se os gorilas atravessarem... eles tomaram a cidade em pouco tempo. - Joe falou preocupado.
— Não se o pararmos antes. - Barry disse.
— Então vamos lá.

Barry e Cisco foram para o local junto com Joe, que tinha acionado o departamento de polícia.

Eu sabia que não seria de muita serventia para Harry ou Caitlin, por isso fui para o laboratório de Cisco, para tentar terminar a minha matéria sobre Marcus. HR veio atrás de mim.
— Você já viu esse Grodd?
— Não.
— Como ele deve ser? Com certeza enorme e com cara de mal...
— Talvez...
— Acho que preciso de um café. Quer um?
— Sim, por favor, HR. Eu estou precisando.
—O que você está fazendo aí? - Iris disse atrás de mim.
— Estou escrevendo sobre Marcus e a sua gangue de Keystone.
— ''Um prefeito com sua própria gangue.'' Gostei do título.
— Obrigada.
— Boa sorte escrevendo. Eu preciso ir agora.

Assim que Iris saiu da sala, recebi uma ligação.
— Alô?
— Daphne Dean? - a voz parecia aflita.
— Sim. Quem é?
— Daphne, por favor, ajude o meu filho.
— Quem está falando?
— É a mãe do James.
— JB?
— Isso. Por favor, ajude ele.
— O que aconteceu, sra. Blake?
— Anthony pegou o meu filho. Eles querem saber onde você está. James me deu o seu número a alguns meses atrás. Disse que se acontecesse alguma coisa com ele, que te ligasse. Por favor, ajude-o. Vão matar o meu filho.
— Claro, claro, sra. Blake. Eu vou fazer o possível para salvar o seu filho, ok.

Desliguei o telefone e percebi que estava tremendo. Precisava fazer algo. JB era minha responsabilidade.

Olhei para a tela do computador, lendo o que já tinha escrito sobre Anthony e Marcus e a raiva começou a me consumir. Eu precisava de vingança.

Vi que HR ainda não tinha voltado com o café. Era a minha chance de sair de lá sem que ninguém me impedisse.

Fui até a estante onde Cisco guardava algumas coisas e encontrei uma arma. Peguei e senti o ferro frio nas minhas mãos.

Antes de ir embora escrevi um bilhete para HR, dizendo: ''Precisei sair, mas se não receber notícias minhas em 1 hora, mande tudo o que eu escrevi no computador para Scott Smith, ele vai saber o que fazer. Quanto a Barry, deixe que lute contra Grodd e proteja Central City, só depois conte o que aconteceu.''
...

Chegando na oficina em Keystone, percebi que estava vazia, ainda assim fui entrando, segurando a arma com as duas mãos, olhando para todos os lados.

Já nos fundos, vi que tinha sangue perto de uma porta. Fui até lá e encontrei JB preso em uma cadeira, bastante machucado e Anthony ao seu lado.
— Olha só quem apareceu. - ele disse, fazendo com que JB me visse.
— O que você fez com ele, seu desgraçado? - falei, apontando a arma em sua direção.
— De início eu estava apenas conversando com ele, tentando saber onde te encontrar, pois um dos meus homens já viram vocês dois juntos. - ele disse, encostado na parede. - Mas depois eu fui perdendo a paciência e torturei ele para que me dissesse. Eu fiz tudo o que você pode imaginar, mas ele preferiu desmaiar a dizer onde você estava. Esse garoto é forte, não disse nada. Eu estava prestes a quebrar um dos seus dedos, mas aí você chegou, me poupando o trabalho. - Anthony abriu um sorriso cínico.
— Vai pro inferno.
— E quem vai me mandar para lá? Você? Com essa arma que mal consegue segurar?

Eu não tinha reparado, mas minhas mãos tremiam.
— Agora, você vai dizer onde estão todas as provas contra mim e Marcus, sua vadia.
— Nunca!

A expressão de Anthony mudou. Ele veio em minha direção e mesmo com a arma apontada para ele, não recuou.
— Para trás. - eu gritei.
— Ou o quê? Você vai atirar em mim? - ele riu. - Olhe só para você, morrendo de medo.

Anthony deu mais um passo, tomando, com um único golpe, a arma da minha mão. Ele me segurou pelo cabelo, me levando para mais perto de JB.
— Ou você diz onde estão as provas ou o seu amiguinho vai morrer.

Comecei a chorar.
— Dona... - JB se esforçava para falar. - Não diga nada.
— Prefere ver seu amigo morrer? Ok. Vai ser só um aviso.

Anthony disparou a arma, atingindo o abdômen de JB.
— Não! - gritei.
— Vai deixar ele morrer ou vai falar?

Num impulso, bati com o cotovelo no rosto de Anthony, que bambeou para trás, soltando a arma. Fui tentar pegá-la, mas ele me derrubou no chão. Anthony estava em cima de mim quando vi que a arma estava mais perto do que eu pensava. Chorava enquanto tentava me livrar dele, estiquei o braço tentando alcançar a arma, até que senti meus dedos encostando no cano frio. Puxei-a, batendo com o cabo na cabeça dele, que saiu de cima de mim.

Me levantei, apontando a arma para Anthony, que zombou de mim.
— O quê? Quer me convencer que vai atirar?
— Você matou o meu filho! - esbravejei.
— Filho? - ele parecia confuso. - Oh, a vadia estava grávida? Bem que eu via um certo volume... - ele riu. - Meus pêsames.
— Me deixa em paz ou eu vou puxar o gatilho.
— Você é fraca, não tem coragem.

Anthony veio novamente em minha direção e assustada, puxei o gatilho. Acertei o seu braço.
— Sua vadia! - ele esbravejou.

Ainda assim, não se intimidou, vindo novamente em minha direção. Apavorada, disparei mais quatro tiros contra o seu peito. Anthony caiu no chão e o seu sangue agora se espalhava por ele.

Vendo o que tinha feito, soltei a arma no chão, correndo até JB para soltá-lo.
— Vai ficar tudo bem, ok. Só fique acordado.
— Dona... só me prometa que vai fazer justiça... que vai colocar todos eles na cadeia.
— Eu prometo JB, eu prometo.

No mesmo instante, ouvi viaturas da polícia se aproximando e do nada, um raio vermelho entrou.
— Daphne, o que aconteceu? - Barry olhava assustado para o corpo de Anthony no chão.

Joe entrou em seguida.
— Mas o que...
— Eu te explico depois, Barry. Agora você tem que levar o JB para um hospital.
— Eu não sei se posso tirá-lo de uma prova de crime agora.
— Vá, Barry. Depois eu explico o que aconteceu. - Joe falou.
— Você está bem? - Barry me olhava preocupado.
— Sim, eu estou. Agora vai, ok?
— Ok. - Barry me olhou hesitante, mas em seguida pegou JB e saiu correndo.
— Daphne, o que aconteceu aqui? Você precisa me dizer tudo para que eu possa te ajudar, ok. Aqui não é Central City. A polícia de Keystone está lá fora averiguando tudo.
— Eu vou contar.
...

Depois de prestar depoimento à polícia de Keystone, fui ao hospital ver como JB estava. Chegando lá, vi Barry em frente ao quarto.
— Ei. - o abracei. - Obrigada por ter ficado aqui. Conseguiu falar com a mãe dele?
— Sim. Ela está lá dentro com ele.
— Ótimo.
— Como foi com a polícia?
— Eu prestei meu depoimento e eles entenderam que foi por legítima defesa.
— Mas de certa forma não foi, não é?
— Me desculpa. Me desculpa por não ter te contado de novo.
— Tudo bem. - ele me abraçou. - Eu só quero que isso tudo acabe.

A mãe de JB saiu do quarto no mesmo instante.
— Sra. Blake, como ele está?
— Nada bem, minha filha. James deu entrada no hospital muito machucado. Os médicos disseram que alguns órgãos foram muito afetados e estão fazendo de tudo para salvá-lo, mas não sabem se ele vai conseguir se recuperar.
— Eu sinto muito. - disse chorando.

A abracei, tentando reconforta-la, mas na verdade aconteceu o contrário.
— Eu só quero que me prometa que vai mostrar ao mundo quem são esses monstros e que eles paguem por isso. Você promete? - ela disse, enxugando minhas lágrimas.

A sra. Blake era uma mulher muito forte. Agora eu via de onde vinha toda aquela força e perseverança de JB.
— Eu prometo.