Justin's POV:

Não consegui dormir a noite toda pensando na Evie. Eu realmente não sabia o que sentia por ela. Eu amo Marie, mas a Evie... a Evie é como se fosse meu anjo da guarda, sei lá. Ela é especial. Peguei meu celular diversas vezes pra mandar uma mensagem ou até mesmo fazer uma ligação e ouvir sua voz suave ecoar por meus ouvidos.

—Justin? Justin, você ta bem? -Marie perguntou após perceber que eu estava fitando o teto por um bom tempo em plena madrugada.

—Oi linda, estou sim. Pode voltar a dormir. -Disse dando um sorriso de lado e ela se aconchegou em meus braços.

Ah como eu queria que fosse Evie ali, junto a mim. Espera. O que? Preciso esquecer essa mulher de uma vez por todas.

Levantei-me da cama e fui até o banheiro tomar uma ducha pra ver se meus pensamentos iriam embora junto com a água. Sai do banheiro enrolado em uma toalha e peguei meu celular. Resolvi mandar uma mensagem para ela.

"Espero que esteja bem." -Mandei

Não sei se fiz certo. Esperei por longos minutos, horas..e nada. Por que é que eu disse tudo aquilo pra ela dentro do carro? Droga, eu sou mesmo um idiota.

9 meses depois.

—Tá animado bro? -Ryan se pronunciou.

—Diga adeus pra sua vida boa, agora você vai noivar! -Foi a fez de Cris.

—Hahaha, vocês falam assim mas estão doidinhos pela mulherzinha de vocês aí também. -Disse.

—Pode até ser, mas não vamos nos noivar nem tão cedo! -Ryan disse e Cris concordou.

Era hoje, eu ia pedir Marie em casamento. Era uma mistura de sentimentos que estavam tomando conta de mim. Tirei o dia de folga e fiz uma reserva no restaurante favorito dela. Fiquei horas na frente do espelho ensaiando o que diria para ela. Me arrumei todo, coloquei minha melhor roupa, peguei a chave do carro, a aliança e fui.

Entrei no automóvel e fiquei lá, pensando no resto da minha vida que queria levar ao lado da Marie. Sorri ao imaginar, liguei o carro e fui a caminho do apartamento de Marie. Ela nem sequer sabia que iríamos sair hoje, queria fazer uma surpresa e sim, eu esperaria o tempo que fosse para que ela pudesse se arrumar e assim iríamos ao restaurante ter nossa noite romântica e assim eu pedi-la para ser minha mulher.

Entrei no prédio que ela morava e subi o elevador. Me reparei no espelho e pude perceber que minhas mãos tremiam, eu estava totalmente nervoso. Peguei a chave que ela sempre escondia embaixo do tapete e abri a porta cuidadosamente. Olhei em volta e não havia ninguém, fui até a cozinha e ainda sim não vi ninguém. Segui cautelosamente até seu quarto e então sorri ao imaginar que ela estaria ali, dormindo como um anjo. Abri a porta e meu sorriso se desmanchou na hora.

—MAS O QUE É ISSO? -Gritei ao ver Marie em cima de outro cara.

—Ju-Justin? Eu posso explicar meu amor.

—EXPLICAR O QUE MARIE? QUE VOCÊ ESTAVA FODENDO COM OUTRO HOMEM? VOCÊ É UMA IMUNDA MESMO, NÃO SEI COMO CONFIEI EM VOCÊ DE NOVO.

—JUSTIN ME OUVE POR FAVOR! -Ela gritava implorando para que eu pudesse ouvi-la, eu só conseguia chorar.

De repente tudo começou a girar e eu fui pra cima do cara que estava com Marie, acertei vários socos em sua face, tudo que eu via era minhas mãos fechadas indo de encontro com a face daquele homem e Marie tentando me tirar de cima dele e pedindo para que eu parasse. Assim que vi os olhos dele se fechando eu parei e então a empurrei fortemente e ela caiu no chão, fui para perto dela e ela foi chegando para trás.

—Por favor Justin pare, por favor, te imploro. -Ela dizia e eu pude sentir o medo vindo dela.

Cheguei ainda mais perto dela e levantei meu punho fechado. Ela fechou os olhos e colocou as duas mãos na frente de seu rosto. De repente me veio todo um flashback e eu caí me sentando no chão. Marie em seguida após perceber que eu estava bastante confuso, aproximou-se e me abraçou. Fiquei ali por longos segundos chorando feito uma criança. Quando voltei a sã consciência, levantei-me, segurei fortemente no braço direito dela e olhei dentro de seus olhos e disse:

—Nunca, nunca mais me procure, se não eu te mato. -Disse e pude ver medo em seus olhos.

Eu estava revoltado, chateado com aquela situação toda. Eu me via sendo feliz com alguém que eu realmente amava, mas que agora só sinto rancor. Saí daquele prédio com meu sangue fervendo de ódio e fui para um bar mais próximo.

Bebi todas, já não sabia nem o que estava falando, onde estava ou com quem estava, só me lembro de ter acordado em uma sala bagunçada e com uma dor de cabeça de matar...