Sangue Raro

Capítulo 7


Percy tinha me mostrado todo o acampamento, os arco e flechas, o arsenal, a escalada que soltava ,lava e pedras. Isso era sinistro, embora Percy falasse que era fácil fazer aquilo. Ta bom vou fingir que acredito.

O que eu mais gosteifoi dos estábulos, tipo, lá tem cavalos e eu AMO cavalos. Se bem que não eram exatamente cavalos, eram pegasos, e eram lindos. Percy falou que um dos pegasos tinha gostado de mim, ele era preto e se chamava Blackjack.

-Tenho que admitir, você tem uma magia que flui de você que encanta os animais. – Percy falou – Talvez Grover tenha razão.

-Mas se eu for filha de Pã, assim, eu não teria que entende-los ou controlá-los? Algo do tipo?

-Eu não sei, você é a primeira assim, não sabemos os seus poderes, mas imagino que você tenha uma ligação forte com a natureza e com os animais.

-Percy, já que você é filho do Deus do mar, você poderia me mostrar como ele realmente é?

-O que quer dizer com isso? – Ele perguntou com um sorrisinho malandro no rosto

-Ah, tipo, eu nunca vi o mar, então acho que para ficar bem marcante, seria legal se você me mostrasse como ele é, sabe, ver o mar com o filho dele. Isso ia ser inédito.

-Ah... Claro, por que não – Ele parecia decepcionado, mas por que não imagino

-Obrigada – Sorri e lhe dei um beijo na bochecha e sai do estábulo. Mas pude ouvir os pegasos relincharem como se estivessem rindo.

Fui andando ate o meu chalé e ao chegar lá, tinha uma menina loira na porta, sentada, lendo um livro em...Grego! Ai meu deus, quer dizer deuses, que nerd, ler em GREGO!!!!

Quando me aproximei ela levantou os olhos do livro e sorriu para mim.

-Ah, ola, estava esperando por você, Quiron me mandou levá-la ate ele. E pode me chamar de Annabeth.

-Prazer Annabeth, meu nome é Clara – Sorri.

-Sim, eu sei, Grover falou que você é a filha de Pã!

-Na verdade eu não sei, mas Percy também acha.

-Claro, só os dois mesmo. - Ela murmurou.

Fomos andando para a casa grande, tinha um centauro na porta da cabana, eu hesitei um pouco, mas reconheci o rosto dele, era Quiron! Como será que aquele corpo coube na cadeira de rodas? Eu não faço a mínima ideia.

-Annabeth, você trouxe a Clara, venha querida – Ele me deu passagem para eu entrar. Eu me sentei e lá estava o senhor D e Grover também – Clara, te chamamos aqui, porque Grover quer ir atrás de Pã e você é a pessoa certa e a mais provável que encontre Pã.

-Mas vocês não têm certeza se realmente sou filha dele!

-Eu tenho certeza – Grover falou tímido.

-Não tem não! – Falei

-Mas...

-Vocês irão segunda-feira, isso te da dois dias para treinar.

-Vocês quem?

-Você Percy, Annabeth e Grover vão à missão.

-Eu vou também – Thalita entrou na sala

-Mas e as Caçadoras?

-Elas podem se virar comigo, mas eu vou junto, vocês precisam de mim

-Certo, se não houver problema, eu ate gostaria que ela fosse. – Falei.

Thalita pareceu surpresa.

-Ah, certo, Quiron, eu posso?

-Quiron, Quiron e Quiron, será que não passou na cabeça de ninguém que eu também tenho que concordar? – O Sr. D falou, quer dizer reclamou

-Sr. D será que a Thalita pode ir?

-Um... Não sei, as Caçadoras não ficarão feliz, talvez seja melhor ela ficar.

-Sr. D deixe-a ir, a Clara gostaria que ela fosse.

-O que a Carla quer ou deixa de querer não é de nosso interesse.

-Um... senhor, é Clara.

-Sim, certo. É a minha permiçao que vale.

O cara chato, a raiva fervia dentro de mim e de repente uma plantação de uva nasceu na sala e os olhos do Sr. D brilharam.

-Uvas

-Sr. D, sabe que não pode – Quiron repreendeu.

-Não fui eu – Ele se defendeu e olhou para mim cheio de admiração – Clara, pode levar quem quiser – Ele se virou para encarar Quiron de novo – Sabe que eu não posso plantar uvas

Saia de fininho – Ouvi uma voz em minha mente e sabia que era do Sr. D

Fiz o que ele me mandou e Thalita me seguiu.

-Ai meus deuses, foi você que fez aquelas uvas não foi?

-Eu... Eu acho que sim.

-Não é atoa que o Sr. D acertou seu nome. – Ela sorriu quando um vento passou por nós e Grover saiu apresado da cabana

-Minha filha – A voz que veio no vento falou.

-Eu sabia – Grover gritou – É Pã!