Sangue Raro

Capítulo 2


Acordei e me sentia tão bem, Marri estava ao meu lado na cama, era o amor que ela me oferecia que me causava essa explosão de felicidade. Me levantei e Marri me seguiu ate o banheiro aonde tomei banho, arrumei meu cabelo e fui para a cozinha tomar café da manha.


-Bom dia Clara, esta com o humor melhor hoje?


-Claro, mãe.– sorri – Oi pai!


-Bom dia filha.


Comemos o café da manha e depois meu pai me levou para a escola, era uma escola normal, mas exceto que eu sentia algo mágico ali, algo diferente que o normal. Se bem que não posso me chamar de normal, vivo vendo monstros e coisas estranhas.


As arvores dali pareciam estar me dizendo para sair dali o mais rápido possível, mas meu pai não ia deixar, ele iria entrar na escola comigo para ter certeza que assim que ele virasse as costas eu não sairia correndo para longe dali, tem coisa mais vergonhosa que isso?


O primeiro sinal tocou anunciando que devíamos ir para as nossas salas.


Entrei e me sentei perto de um garoto chamado Percy e outro chamado Grover. O garoto chamado Grover olhou para mim com curiosidade nos olhos. Percy seguiu o olhar dele e encontrou o meu. Eu corei e virei para o quadro negro onde a professora estava ensinando sobre as células


O menino Grover me cutucou e se apresentou


-Prazer, eu sou Grover e esse é o meu amigo Percy, qual é o seu nome?


-Clara – Murmurei


-É um prazer conhecê-la Clara – Percy falou


-O prazer é meu.


De repente um cara alto com um olho de cada cor entrou na sala. Vi pelo canto do olho que Percy e Grover ficaram rígidos


-Desculpe professora, mas preciso falar com a Clara – O homem falou.


-Querida Clara, acompanhe-o, por favor. – A professora me chamou e eu fui. Percy se levantou, mas Grover o segurou.


-Calma, depois – eu o ouvi sussurrar.


O professor me levou para uma sala escura e me mandou entrar, assim que entrei, ele trancou a porta atraz de mim


-Senhor, tem alguma coisa errada?


-Ah, tem sim. – Pude ouvir o deboche em sua voz


-O senhor poderia me falar o que é?


-Ah – Ele riu – Você nasceu – Aquilo sim era uma frase estranha de se falar e de repente eu senti como se um dardo tivesse sido lançado na minha direção, eu desviei com facilidade, mas o professor não ficou nada feliz e começou a se transformar.


Foi ai que a porta foi aberta e de lá saíram Percy com uma espada de bronze, Grover com uma flauta na boca e uma garota que parecia muito rebelde com seus cabelos arrepiados e suas roupas pretas.


-Thalita, leve a Clara para o carro.


A garota me puxou pelo braço e me levou para fora, ate um carro que estava estacionado na frente do colégio.


Ela me deixou lá dentro, trancou as portas e mandou eu gritar se qualquer coisa estranha se aproximasse e saiu para ajudar os dois garotos.