Sanatory: The Silent Hill Chronicles
Capítulo 8
Kin’ POV
Quando Dahlia disparou, Sai se jogou na minha frente, mas vendo isso, Shin se jogou na frente dele e acabou levando o tiro por nós dois. Sai foi até ele e começou a gritar com ele.
- Seu idiota! Por que você fez isso?! – Sai começou a gritar e seus olhos ficaram marejados. Eu nunca o tinha visto dessa maneira.
- Porque eu sou seu irmão mais velho, seu tolo. Meu trabalho é cuidar de você e te proteger.
Por um instante fiquei chocada. Shin faria de tudo pelo Sai da mesma forma que eu faria por Alessa, a diferença é que eu falhei com Alessa, mesmo que ela diga o contrário. Não tivemos muito tempo, pois Dahlia veio apontando a arma para nós e engoliu o feto que Alessa cuspiu. Sai se levantou e eu tive que abraçá-lo não só para que avançasse e fizesse alguma besteira, como também para protegê-lo, pois o cano da arma estava voltado para ele.
- Não preciso de Alessa, só é preciso dar a luz e isso todas as mulheres podem fazer. Que bonitinho. Tentando proteger o seu namorado da mesma forma que o irmão dele.
- Acabou, Dahlia. – Eu disse e ela começou a rir.
Com esse ataque de risos, aproveitei para pegar a outra que deixei escondida o tempo todo e atirei bem na cabeça dela. Foi rápido demais e eficaz.
- Você tinha outra pistola e não me falou nada?!
- Era reserva. Eu estava guardando para quando algo assim acontecesse.
- Podia ter me falado antes!
- Não dá tempo de discutir. Olha! – Apontei para o corpo de Dahlia.
O corpo dela começou a evaporar e a virar fumaça. De toda essa fumaça, Samael apareceu e nos atacou, mas nós corremos e conseguimos escapar. Joguei a pistola reserva para Sai e peguei a reserva da reserva. Atiramos, mas ele voou e se jogou em nós. Rolamos cada um para um lado e atiramos de novo.
- Eu nunca pensei que fosse acabar assim. – Disse Sai.
- Eu também não.
- Kin, se estivermos vivos quando isso tudo acabar, você casa comigo?
- Acho que não é uma boa hora para isso.
Sai’s POV
Está certo que não é uma boa hora, mas eu não sei se vou ter essa oportunidade de novo!
- Eu sei, mas eu não sei se teremos essa oportunidade de novo. Tsuchi Kin, quando esse pandemônio acabar, se acabar, e estivermos vivos, você quer se casar comigo?
- Claro.
Tivemos que nos jogar cada um para um lado para desviar. Alguns Nêmesis abriam fogo contra Samael, Pyramids Heards pulavam em cima dele e depois voltavam a se matar. Que estranho, horas eles lutavam contra Samael e depois se lembravam que não eram os únicos ali e voltavam a lutar uns contra os outros. Samael estava fraco, muito fraco, mas não desistia.
- Quem diria. – Olhamos para trás e vimos Shin, com resquícios de vida, tossindo sangue. – Ele está pela metade e como nasceu prematuro devido a aglaophotis, deve estar mais fraco ainda.
- Kin, o que mais você tem aí?
- Só munição e essas coisas redondas de metal? – Ela disse pegando uma das “coisas”.
- Isso é uma granada. Quantas você tem?
- Três.
Peguei uma, tirei o pino e lancei, mas Samael desviou e eu explodi parte do exército. Peguei outra e foi a mesma coisa. Se eles já estavam putos comigo, agora me odeiam pelo resto da minha vida.
- Me dá que eu jogo. – Ela ficou irritada por causa da minha pontaria, mas eu tinha um plano melhor.
- Vá ver Yui e proteja-a. Eu cuido de Samael.
- Você não acerta nem celeiro com essa coisa!
- Eu sei o que eu faço. – Tradução: eu espero saber o que eu estou fazendo.
Enquanto Kin foi ver Yui, que até agora não tinha saído detrás da pedra, eu corri até Samael e o exército. Todo mundo ali estava querendo me matar. Após uma corrida mortal em que eu tive que correr, saltar, desviar e ganhar alguns cortes e hematomas, tirei o pino da granada e joguei dentro da boca de Samael (também há 3 metros de distância não tem como errar). Corri de volta, mas fui pego pela explosão e projetado alguns metros à frente. Tudo ficou escuro.
Acordei com Kin e Yui me olhando. Yui me abraçou e eu retribuí. Como era bom saber que ela estava a salvo. Quando soltei Yui, Kin me beijou e novamente eu retribuí. Parecia não nos beijávamos há séculos. Nos separamos e vi que estava coberto de restos de demônio e não tinha mais nenhuma criatura.
- O que aconteceu?
- Você explodiu Samael e quando ele se foi, todas as criaturas sumiram do nada. – Ela socou meu braço com muita força e eu gemi de dor. – Nunca mais faça isso! Já pensou se eu tivesse te perdido?!
Depois de massagear o meu braço, fomos até os corpos de Shin e Alessa. Constatei que Shin já tinha morrido já que além de não ter pulso, ele já devia ter perdido uns quatro litros de sangue. Saímos da cratera e vimos os corpos de Konan, Hinata, Kakashi e Gai. Nós os enterramos no cemitério de Silent Hill afastados dos nossos irmãos. Fizemos até um memorial improvisado para Shin e Alessa. Andamos pela cidade sem encontrar nenhuma criatura, saímos dela e encontramos a estrada principal.
- Nem acredito que isso finalmente acabou. – Eu disse.
- E eu que achei que jamais teria fim, mas devo isso tudo a você, Sai.
- A mim?
- Se não fosse por você, se você tivesse fugido do hotel e nunca mais voltado, nada disso seria possível. Eu e Alessa ainda estaríamos naquele lugar vendo pessoas serem mortas cada vez mais.
Andamos pela estrada principal até acharmos um lugar e conseguirmos uma carona para casa.
Fale com o autor