Saint Seiya: New Classic Universe!
A Rebeldia dos Aspirantes! (T.2)
SEGUNDA TEMPORADA
FASE 1
Passa-se um ano. Na Ilha da Rainha da Morte Saga segue observando a Ilha e auxiliando Ikki em seu treinamento. O garoto aos poucos supera sua dor, mas segue com ódio daqueles que o levaram aquele maldito destino. Sem Esmeralda, Ikki se torna cada vez mais frio, sendo influenciado também pela personalidade de Saga.
5 PICOS DE ROZAN – CHINA – 2020
Ohko segue arrumando confusões durante o treinamento com Shiryu, irritando o Mestre Ancião. Ele comete violência contra habitantes dos vilarejos próximos e segue querendo mostrar sua força para Shunrei, que nem liga para ele. Ohko chega próximo a Shunrei, que está abaixo do pico, molhando os pés na cachoeira.
— Olá gracinha!
— Ohko! O que você quer? – Pergunta Shunrei.
— Quero ficar mais próximo de você menina linda. Por que não aceita ser minha namorada?
Shunrei sai da cachoeira e vira de costas para Ohko.
— Eu não quero. Me deixe em paz!
Ohko pula na frente de Shunrei.
— Deixa de ser fresca garota! Vou te dar um beijo, você vai gostar! — Ohko agarra o braço de Shunrei.
— Me solta! – Ela grita.
Ohko a puxa mais pra perto.
— Só depois de um beijo!
— Solte a Shunrei! — Shiryu surge na cachoeira saltando na frente de Ohko. Shiryu o empurra e ele solta Shunrei.
Ohko olha para Shiryu com cinismo.
— Então o aluno obediente Shiryu ficou revoltado que vou roubar a garota para mim? Vai fazer o que? Vai brigar comigo contra a vontade do Mestre Ancião?
— Se for para proteger a Shunrei eu vou brigar com você sim. Nunca mais vou o deixar se aproximar dela. – Responde Shiryu.
Ohko retira sua camisa e chama Shiryu para briga.
— Então venha Shiryu. Eu sempre tive vontade de te dar uma surra.
Shiryu também retira sua camisa.
— Não vai ter jeito Ohko. Você quer agredir todo o mundo. Está na hora de você sentir na carne o que você faz com as pessoas. E por desrespeitar a Shunrei, você vai apanhar.
Os dois partem para a briga. Shunrei grita. Logo uma energia lança os dois na cachoeira.
— Chega! Pode parar os dois! — O Mestre Ancião surge.
— Mestre! – Grita Shiryu.
Ohko deixa a cachoeira sorrindo.
— Vai dar outra advertência para mim mestre? Mas agora terá que dar uma para o seu aluno queridinho hahahahaha.
— Você está passando de todos os limites Ohko. Esse é o último aviso que te dou.— Dohko eleva o tom de voz.
Ohko deixa o local encarando Shiryu e mandando beijos para Shunrei. Shiryu fica muito irritado.
A noite cai e Shiryu e Shunrei conversam perto da cachoeira. Eles olham a lua cheia.
— O Ohko sempre fica me irritando e eu nunca caio na pilha dele. Mas hoje eu perdi a paciência.
— Eu te agradeço por me proteger Shiryu! – Diz Shunrei sorrindo.
— Ele pode me provocar o quanto quiser, mas a você não, eu jamais deixaria ele fazer nada com você!
Shunrei deita no ombro de Shiryu.
— Ele é insistente e muito chato.
— Confesso que eu fiquei cismado que com ele se mostrando a todo o momento para você que é forte e tal... Você se interessasse por ele, sei lá, quisesse o namorar. – Comenta Shiryu.
Shunrei olha fixamente para os olhos de Shiryu.
— Isso jamais aconteceria.
— Eu sei... Mas sei lá, vai saber...
— Quando ele chegou eu já gostava de você. Ele poderia tentar a vontade que eu nunca o notaria tendo você do meu lado.
Shiryu sorri. Ele beija Shunrei. Os dois confessam seus sentimentos e resolvem, de forma oculta, iniciar um namoro.
No dia seguinte Shiryu treina feliz e Ohko o provoca, sem sucesso. Shiryu se destaca nos treinos e Ohko percebe a evolução de seu rival. Sedento por ficar mais forte, Ohko volta a bater nos moradores do vilarejo vizinho querendo mostrar sua imponência. O Mestre Ancião já havia o avisado. Passado mais um mês nessa situação, o velho mestre chama Ohko para conversar, ao lado de Shiryu e Shunrei.
— Ohko eu já havia o avisado. Na próxima besteira que você fizesse a punição seria definitiva.
— Eu só estou demonstrando minha força mestre. E o senhor já viu que não tem para ninguém. Shiryu vai ser o próximo a ser surrado. – Ohko aponta o punho para Shiryu, que o ignora.
— Você já está aqui há mais de 3 anos e até hoje não entendeu o que significa a verdadeira força. Você ignora meus ensinamentos e acha que força bruta resolve tudo. Você não tem perfil para ser um cavaleiro de Athena. – Diz o Mestre Ancião.
Ohko fica ainda mais próximo do mestre.
— O que o senhor quer dizer com isso?
— Eu quero dizer que a partir de hoje não sou mais seu mestre. Infelizmente você terá que ir embora dos 5 Picos. Já percebi que você não quer aprender nada aqui.
Ohko muda a feição e fica irritado.
— Então quer dizer que o senhor está me expulsando?
— Acho que o seu questionamento deveria ser sobre as suas atitudes. O que te levaram a não ser mais um aspirante a cavaleiro de Athena.
Ohko da um soco no chão, rachando uma pedra.
— Claro. O senhor sempre preferiu esse idiota do Shiryu. Eu sou muito mais forte do que ele!
— Esse é o seu problema. Você se acha o mais forte que todos, mas desconhece a verdadeira força. Um homem que se nega a aprender não pode ser considerado forte. – O Mestre Ancião fala diretamente.
Ohko da outro soco na pedra.
— Acho melhor você ir embora Ohko. Não me faça perder o pouco de respeito que ainda tenho por você. – O Mestre Ancião vira de costas.
— Você se arrependerá do que está me falando, seu velho. E você Shiryu, se prepare, eu me tornarei muito mais forte que qualquer cavaleiro e voltarei para termos o nosso duelo! – Grita Ohko, apontando para Shiryu!
Ohko pega suas coisas e se retira com fúria no olhar. Ele não é mais visto desde então. Passado duas semanas, o Mestre Ancião chama Shiryu para conversar.
— Pois não, mestre!
— Shiryu não é porque Ohko não está mais aqui que significa que a armadura será sua. Você deverá conquistá-la. E para isso, deve se dedicar cada vez mais.
— Me dedicarei ainda mais mestre. Por que quero muito conquistar meus objetivos. – Diz Shiryu olhando para Shunrei de longe. Ela sorri.
SANTUÁRIO – GRÉCIA
Seiya está suando e com o corpo dolorido após intenso treinamento. Ele senta no chão de um pátio. Ushio o vê e se aproxima.
— E então perdedor o que está achando do Santuário? O curta bem, porque sua estadia aqui será curta.
— Não sou perdedor. E estou focado em meus treinos, só conheço os lugares onde treino com a Marin.
Ushio balança a cabeça negativamente. Seiya o olha irritado.
— Está fazendo essa cara de paspalho por quê?
Ushio sorri.
— Você é um idiota. Está no Santuário e não conhece nada aqui. Eu já vi diversas coisas, os cavaleiros com suas reluzentes armaduras de Prata, até cavaleiros de Ouro eu já vi.
— Você está blefando! – Diz Seiya deitando no chão com os braços cruzados abaixo da cabeça.
Ushio volta a rir.
— Não, não estou. De fato eu vi tudo isso escondido da minha mestra Shaina. Até porque eu serei o mais forte de todos, logo uma dessas armaduras de Ouro será minha. Mas de início me contento com a armadura de Pégaso.
— Se contenta? Ela nem chegará a ser sua. – Diz Seiya.
Ushio parte para dar um soco em Seiya, que salta com velocidade. Os dois se olham de forma nada amistosa.
— Que tal eu arrebentar sua cara agora? Já soube meu apelido no Santuário? A ferinha! – Grita Ushio.
Seiya sabe que é verdade. Ushio recebeu esse apelido de alguns soldados e cavaleiros de Prata, que embora os aspirantes não tenham acesso a eles, recebem informações dos soldados. Marin o avisou que Ushio está à frente dele nos treinamentos, por ter mais força física. Mas Seiya sabe que pode mudar isso. Ele tem que voltar com a armadura para o Japão e rever sua irmã. Ele acha que lutar com Ushio naquele momento não é uma boa ideia, mas ele não pode evitar.
— Se é lutar que quer, eu não vou fugir Ushio.
— Ótimo. Vamos ver qual de nós dois faz brilhar mais forte a estrela de Pégaso.
Os dois tentam queimar seus cosmos como fora ensinado por suas mestras. Logo alguém os interrompe.
— Parem com isso.
Eles percebem que é um soldado.
— O que um reles soldado está fazendo aqui falando o que um futuro cavaleiro de Bronze pode fazer? – Pergunta Ushio.
O soldado é Lorenzo. Ele sorri com cara de deboche. Lorenzo vai parar do outro lado e Ushio acha estranho. Lorenzo chuta a bunda de Ushio, o lançando para frente. Seiya começa a dar risada.
— Quem é reles aqui é você garoto bobo. Gostou do chute na bunda?
Ushio ia para cima do soldado, quando Shaina surge.
— Pare já Ushio!
— Mestra Shaina!
Shaina encara Seiya.
— Não perca tempo com esse aí. Só fale com ele no dia de lutar pela armadura.
Seiya e Shaina se encaram. A amazona de Serpentário se afasta com Ushio, que mostra o dedo do meio para Seiya e Lorenzo. O soldado ri.
— Que moleque intragável!
— Obrigado soldado. Não era momento de eu lutar com aquele mané.
— Pode me chamar de Lorenzo. Sua mestra está lá no Coliseu te esperando.
Seiya faz sinal de positivo e parte.
Marin está preparando mais um treinamento para Seiya no Coliseu. Aioria a vê e se aproxima. Ele está sem armadura, apenas com trajes de treino.
— Gosto da sua dedicação Marin.
— Aioria! Você está aqui?
Aioria beija a mão de Marin.
— Sim Marin. Tenho visto seu discípulo, o Seiya. Sinto nele grande potencial.
— Eu também Aioria, sinto o mesmo...
Aioria olha para cima.
— Ser um cavaleiro necessita de um grande dom. Ele tem algo especial dentro dele, eu sinto.
— E é muito dedicado. Pego no pé dele, mas ele está indo muito bem. Ele tem uma grande motivação, encontrar sua irmã mais velha. A irmã dele deve estar o esperando, sei bem como é esperar por um irmão mais novo...— Marin deixa se levar pelos pensamentos.
— Do que fala Marin?
Marin percebe que falou demais. Ela resolve sair do local.
— Nada Aioria, tenho que preparar o treinamento do Seiya e...
Ela tropeça e Aioria a segura.
— Segunda vez que te seguro para impedir uma queda sua Marin. – Sorri Aioria.
— Eu sei. Obrigada mais uma vez.
— Mesmo sem ver seu rosto, sei que você é linda.
Marin se esquiva de Aioria.
— Aioria essa máscara que cobre o meu rosto é exatamente para eu ser igual a qualquer cavaleiro, privo a minha feminilidade. Aqui todos somos iguais, guerreiros que lutam por Athena. Não há espaço para mais nada, além disso.
Aioria fecha os olhos.
— Você tem razão. Me perdoe.
Os dois se olham. Eles não escondem que tem um carinho especial um pelo outro.
— Mas será que não poderia ver seu rosto?
— Se você ver meu rosto teria que matá-lo Aioria! – Comenta Marin.
— Ou me amar. E confesso que não acharia ruim... – Sorri o cavaleiro de Ouro.
Os dois se olham ainda mais próximos, quando são interrompidos.
— Marin!
Seiya se aproxima dos dois.
— Até que enfim chegou Seiya. – Diz Marin.
— Desculpe o atraso. Como vai Aioria? – Cumprimenta Seiya.
— Muito bem Seiya. Bom, não vou mais os atrapalhar. Vou recepcionar meu irmão que está voltando do Japão. Com licença.
— Japão? Será que ele não sabe sobre minha irmã? – Pergunta Seiya.
Aioria olha para Seiya.
— Não Seiya, nós só saímos do Santuário com missão como cavaleiros. A vida privada não nos compete. Se torne um cavaleiro que reencontrará sua irmã. – Diz Aioria antes de partir. Marin fica o olhando.
Seiya respira fundo e pensa em Seika.
— Que saudade...
Marin segue imóvel e pensativa.
— Marin, o Aioria... Ele é cavaleiro de quê?
— Enquanto você é um aspirante, coisas são restritas para seu conhecimento Seiya. – Responde Marin.
Seiya se irrita.
— Essas regras são tão chatas. O Ushio fala que vê várias coisas aqui no Santuário e eu não vejo nada!
— Rígida do jeito que a Shaina é, eu duvido. De qualquer forma, acho melhor você não ficar falando com esse garoto não. – Diz Marin subindo nas arquibancadas do Coliseu preparando o treino para Seiya.
Seiya segue a mestra.
— Não vai me dizer que é outra regra chata desse Santuário careta?
— Não. É apenas uma intuição minha. Vejo algo estranho no comportamento desse Ushio, não o vejo tão confiável. Por isso, se dedique, a armadura de Pégaso deve ser sua.
Seiya concorda com a mestra. Ele senta na arquibancada e Marin o puxa pelo braço.
— Agora chega de papo, vamos ao treinamento. Quero ver se já consegue a essência de seu cosmo. Vamos, se concentre.
Seiya continua seu treinamento e tenta evoluir o seu golpe em desenvolvimento, seu meteoro!
Horas depois Seiya está brincando com um coelho após o treinamento. O coelho sai correndo e ele vai atrás. Ele vai para uma parte do Santuário isolada, onde Marin o proibiu de ir. Lá Shaina está refinando suas técnicas, ao lado de outras aspirantes, todas com máscara e roupas de treino, e Shaina supera todas. Ela vê o coelhinho se aproximar, tira sua máscara e brinca com ele. Seiya se aproxima e cumprimenta Shaina sem se tocar que era ela.
— Como vai moça? Esse coelho é muito esperto, corre muito, mas acho que ele gostou de você.
Seiya olha sorrindo para Shaina. A amazona o olha nos olhos e resolve não falar nada, para ele não reconhecer sua voz. Ela está com o cabelo preso, com roupas diferentes e sem armadura, com isso ele continua sem reconhecê-la. Mas Shaina também fica travada por Seiya ver seu rosto. Seiya percebe que Shaina está com o punho machucado.
— Você está machucada. Deixa eu estancar seu ferimento.
Seiya rasga parte de sua camisa e estanca o ferimento no braço de Shaina. Ela segue sem falar nada. Seiya percebe que está escurecendo.
— Eu tenho que ir moça, minha mestra me mata se souber que vim aqui. Percebi que você é bem tímida, não vou mais te incomodar. Cuide bem do coelhinho. – Seiya pisca olhando para Shaina. Ele se retira.
Shaina sente algo estranho. Ela volta para casa pensativa.
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