Saint Moon Tube

Oyubu em perseguição


Dias depois, algumas coisas se passavam num lugar deserto. Barrabás estava a tramar mais um de seus planos de combate. Qual será a insanidade que ele pretende cometer dessa vez?

BARRABÁS: Monstro subterrâneo Lemdogla... – chama um dos monstros de Tube.

Eis que Lemdogla, o monstro em questão, aparece, rugindo. Barrabás, por sua vez, empunha a Espada Subterrânea.

BARRABÁS: Ao ataque!

Lemdogla, usando uma lente vermelha, que serve de terceiro olho, emana um poder que interage com a Espada Subterrânea, criando um raio que faz com que todas as rochas ao redor se desintegrem por completo. Da sala do trono de Zeba, os demais observam atentamente.

ANAGUMAS: Se usarmos simultaneamente a Espada Subterrânea e a lente do monstro subterrâneo Lemdogla, podemos fazer até mesmo a luz do sol se extinguir completamente – diz.

Meu Deus! Então o plano dos bandidos é esse; extinguir o sol da nossa galáxia! Será que eles chegarão a realizar tal intento? Dessa vez, o Tube está pensando grande mesmo.

ZEBA: Vamos aumentar o poder, e fazer desaparecer todas as coisas da Terra – diz, de forma ameaçadora.

IGAN: A grande Espada Subterrânea... tem todo esse poder? – indaga, surpresa.

Parece que Igan não sabe mesmo todos os poderes assombrosos que possui a nova arma de combate de Barrabás.

Nesse momento, Haruka Tenoh, a Sailor Urano, e seu namorado, Shura de Capricórnio, faziam um giro de moto, e passam por um ferro-velho. No entanto, eis que um dos carros que ali estavam, em estado de penúria, lhe chama atenção; um Mitsubishi Colt 1982, pintado como sendo um carro de corrida. Ao ver aquele carro, a Princesa do Vento fica surpresa.

HARUKA: Shura, meu amor... aquele carro... – e desmonta da moto.

SHURA: O que foi, minha querida brisa? – indaga.

HARUKA: Tenho certeza... é esse o carro! Fui a mecânica responsável por ele, nos tempos em que era preparadora de carros de corrida – e se recorda dos seus tempos de corrida.

FLASHBACK

Haruka era a preparadora oficial daquele carro em questão, dirigido por um jovem piloto chamado Shinya.

HARUKA: Shinya... ligue o motor!

SHINYA: OK! – e liga, ficando surpreso com seu funcionamento – Beleza!

Graças ao trabalho conjunto entre Shinya e Haruka, o piloto em questão viria a vencer o torneio.

HARUKA: Muito bem, Shinya! Você é um piloto e tanto... graças a você, vencemos.

SHINYA: Não... foi graças a você, que o montou e o preparou para mim. Você o montou, eu o dirigi... fomos campeões!

FIM DO FLASHBACK

HARUKA: Há dois anos, me dediquei a este carro como preparadora, e Shinya, meu amigo de infância, venceu o torneio. Esse carro faz parte da minha vida... mas por que ele está nesse estado tão lamentável? – indaga, sem nada entender.

SHURA: Será que o seu amigo não sofreu um acidente? Esses vidros quebrados, a lataria toda amassada e dilacerada... está com cara que foi um acidente, e dos graves.

Aquilo deixa Haruka arrepiada. Imaginar seu amigo de longa data se envolver num terrível acidente é a última coisa que ela gostaria que acontecesse.

???: Oi, tia Haruka – chama a voz de um menino, com roupa escolar.

HARUKA: Nayu... ah, este é meu namorado, o Shura – apresenta Shura ao garoto – você sabe me dizer por que seu irmão abandonou este carro?

NAYU: Ele sofreu um acidente... – diz, com voz triste.

Nisso, imagens em flashback do acidente sofrido por Shinya, durante uma corrida. Seu carro colidiu e raspou num carro adversário, e com a colisão, ele sofreu diversas fraturas, uma delas na perna, que exigiu implantar uns pinos para correção.

HARUKA: O quê?? – indaga, assustada.

NAYU: Quando soube que já não havia esperança de recuperação... foi embora para outra cidade.

FLASHBACK

Shinya estava a viver noutra cidade, desde o acidente que causou a destruição de seu carro, e praticamente, o fim de sua carreira. Alguns homens assistiam a uma corrida pela TV, e Shinya, ali presente, furioso, desliga a TV e arremessa o controle remoto.

SHINYA: Desliguem isso! – grita, mostrando indignação e desgosto.

FIM DO FLASHBACK

HARUKA: Que coisa terrível...

NAYU: Mas eu sei onde o mano está.

Um dia, Shinya estava em sua nova casa, assistindo TV, e se surpreende ao ver uma antiga corrida da qual foi campeão. Fica nostálgico, mesmo sabendo que não poderia mais correr como antes. Eis que Nayu, seu irmão, chega da escola, e sorri ao ver o irmão mais velho relembrar os tempos em que corria.

SHINYA: Nayu... por que você veio até aqui? – indaga.

NAYU: Shinya... você gosta mesmo de carros, não é?

Aquilo o deixa envergonhado e frustrado, desligando a TV em seguida. Se levanta e sai capengando, com a ajuda de muletas, já que estava com uma perna imobilizada a gesso.

NAYU: Mano... por favor, volte comigo a Tóquio. Esforce-se e volte a correr – pede – você vai conseguir, eu tenho certeza.

SHINYA: Ora, cale a boca! Não sabe de nada! – grita de forma ignorante.

Mesmo sabendo das limitações de seu irmão, Nayu quer que Shinya volte a correr, pois sabe que seu irmão ama corridas, mesmo estando como está.

NAYU: Tia Haruka... ajude meu irmão! Faça ele correr novamente... se você falar com ele, sei que ele voltará a ser como antes, ele vai te ouvir.

HARUKA: Nayu... não posso garantir que isso vá acontecer, mas posso falar com ele. Agora, se ele vai voltar a correr ou não... só depende dele.

SHURA: Minha amada está certa. Cada um é responsável pelas decisões que toma na vida. Se o seu irmão voltará ou não a correr, cabe somente a ele decidir.

No entanto, Shura e Haruka resolvem fazer algo pelo Mitsubishi Colt que fora de Shinya. Ambos levantam o capô e verificam o motor. Aparentemente, tudo estava em ordem com os motores do carro, apesar dos estragos na vidraça e na lataria. Instantes depois, Haruka, Shura e Nayu estavam dentro daquele carro, com a jovem Sailor a dirigi-lo. Entretanto, o que eles não imaginavam é que, mais adiante, iam dar de cara com o perigo. Eles passam, coincidentemente, pela mesma região onde Barrabás e o monstro subterrâneo Lemdogla estavam a fazer o teste com a Espada Subterrânea e a lente do monstro, capaz de apagar até o sol. Será que os bandidos terão êxito em seu plano macabro, e ainda mais ousado que todos os anteriores?

Barrabás, por seu turno, ouve o barulho do motor do carro que fora do piloto de corridas Shinya, amigo de longa data de Haruka.

BARRABÁS: Vem vindo alguém... escondam-se! – ordena.

Barrabás, Oyubu e Lemdogla se escondem em meio à vegetação. O carro de Shinya, ocupado por Haruka, Shura e Nayu, vinha o tempo todo em ziguezague, já que, embora os motores estejam intactos, os freios do mesmo estavam seriamente danificados, além de outros componentes internos, como as velas.

HARUKA: AAAAAAA meu Santo Deus... esse carro... ele está com problemas nos freios... e nas velas...

SHURA: Nossa... eu sabia que não foi boa ideia sairmos dirigindo esse carro... não no estado que se encontra...

NAYU: Tia Haruka... tio Shura... eu estou com medo...

HARUKA: Segure-se firme, Nayu... não tenha medo...

BARRABÁS: Aqueles não são Haruka e Shura? – indaga, escondido atrás das rochas, ao lado de Oyubu.

Nisso, sem perceber, ambos passam por cima da perna do monstro Lemdogla, que urra de dor, e sua lente se solta, indo cair dentro do carro onde os heróis estavam, mas eles não notam nada.

BARRABÁS: A lente foi parar dentro daquela lata velha... sem a lente, não podemos apagar o sol. Oyubu... atrás deles! – ordena.

Rapidamente, Oyubu, com sua super velocidade, sai correndo atrás do carro onde Shura e Haruka estavam. Instantes depois, parece que eles conseguem manter o carro estável.

NAYU: Que bom... recuperamos a estabilidade – diz.

HARUKA: Sim! Tomara que o Shinya aceite voltar a correr...

Nisso, eis que Oyubu aparece a correr do lado deles, para susto de Nayu.

NAYU: AAAAAAAAA olhem!!!

SHURA: Oyubu!

HARUKA: Que diabos ele faz aqui?

Haruka pisa fundo no acelerador, mas aquilo não é nada para Oyubu, que é um exímio velocista. O vilão continua a correr atrás dos heróis, até que consegue ultrapassa-los, e mais adiante, os ataca com violentas rajadas, para faze-los parar, e recuperar a lente de Lemdogla. Nisso, eis que os heróis estavam cercados por Barrabás, Oyubu, Lemdogla e os Soldados Angla.

BARRABÁS: Um carro imprestável como esse... vou reduzi-lo a cinzas num piscar de olhos – ameaça atacar.

Mas é surpreendido por explosões, que o atordoam. Eis que Shiryu, vestindo sua armadura, num salto, se atraca com Barrabás, enquanto no encalço chegam Seiya, Serena, Ikki, Rei, Dohko, Setsuna, Saga e Hotaru.

BARRABÁS: Seus miseráveis... – brada, furioso.

SHIRYU: Deixem aqui conosco e vão – dizendo para Shura e Haruka.

HARUKA: Certo!

Os heróis entram em confronto com a patota de Barrabás, para dar a Haruka e Shura a chance de levar embora o carro que Shinya tanto amava pilotar, mas o motor começa a dar sinais de esgotamento.

HARUKA: Ah, essa não... por que foi achar de morrer agora? – protesta.

Levanta o capô, e vê que uma fumaça espessa saía do motor.

HARUKA: Funciona, vamos... – e bate o capô de volta, fazendo o carro sair em disparada, sozinho.

SHURA: Opa... nada disso! – tentando controlar o carro.

NAYU: Tia Haruka...

Haruka corre na direção do carro, para reassumir o controle, e consegue embarcar de volta.

BARRABÁS: Não deixe eles escapar... atrás dele! – manda Oyubu voltar a persegui-los.

Oyubu volta a perseguir Haruka e Shura, enquanto Lemdogla, de seus olhos, dispara rajadas e flashes para atordoar os heróis.

BARRABÁS: Vocês não podem com a magnífica Espada Subterrânea – ataca com rajadas de sua arma, os atordoando.

Enquanto Shiryu e seu grupo caem para trás, Barrabás e Lemdogla aproveitam para ir atrás de Oyubu, que saíra em perseguição a Haruka e Shura, no intento de recuperar a lente do monstro, para o plano macabro que eles pretendem levar a cabo.

SHIRYU: Espero que Shura e Haruka tenham conseguido – diz.

Enquanto isso, Shura, Haruka e Nayu já estavam longe dali, mas o perigo ainda não passou. Oyubu estava a persegui-los novamente, querendo de volta a lente do monstro Lemdogla. Nayu, por sua vez, olha para trás, e vê o servo de Barrabás a segui-los novamente.

NAYU: Ele vem vindo! – diz.

SHURA: Mas por que ele insiste em nos perseguir? Que sujeito mais chato esse...

Eis que o motor morre novamente. Também, não se pode esperar que um carro todo caído funcione igual um carro recém-saído de fábrica.

NAYU: Por favor, tia Haruka... depressa... antes que ele volte...

De seu esconderijo, Lua e Artemis entram em contato com Haruka.

LUA: Parece que há algo neste carro que interessa aos bandidos. Se continuar assim, vocês correrão sério perigo.

ARTEMIS: Haruka, Shura... abandonem este carro!

HARUKA: Não podemos... ele é muito importante para o meu amigo de longa data, o Shinya – diz.

NAYU: Isso mesmo, não vamos abandona-lo! Nós o levaremos ao meu irmão, custe o que custar.

Eis que Shura, Haruka e Nayu empurram o carro para fazer pegar, mas Oyubu já estava perto, mais um pouco e o vilão ia alcança-los. Será que conseguirão escapar dele? Eis que o motor finalmente volta a pegar.

HARUKA: Funcionou... vamos agora!

Todos embarcam no carro, que volta a andar. No entanto, Oyubu consegue alcança-los.

SHURA: Maldito demônio... – brada.

NAYU: É ele de novo!

OYUBU: O que acham de serem perseguidos pelo homem mais rápido do mundo?

Agarra-se à porta, no entanto, devido ao péssimo estado de conservação do carro, a porta já estava meio frouxa, e acaba se soltando. Oyubu vai ao chão. Mas aquilo não ia segura-lo por muito tempo, logo ele ia alcançar Haruka, Shura e Nayu novamente.

NAYU: Ufa... conseguimos – suspira.

Mais adiante, uma ladeira, e das bem íngremes.

NAYU: Tia Haruka... cuidado!

Haruka tenta manter o carro o mais nivelado possível, embora seja difícil nivelar uma lata velha daquelas, no péssimo estado de conservação que se encontra.

HARUKA: Essa não, o breque não funciona... segurem-se todos!

SHURA: Essa agora...

NAYU: Nós vamos bater... SOCORRO!!!!

Em outra parte, um telefone toca na casa de alguém. Mas esse... SIM! É Shinya, o amigo de longa data de Haruka, com quem formou uma equipe de corrida, até a ocasião de seu acidente que o fez desistir de ser piloto. Apesar da dificuldade em se levantar e andar, já que a perna continua fraturada, consegue alcançar o telefone.

SHINYA: Alô... como? Haruka e Nayu... EM PERIGO??

Quem será que descobriu o número dele, e entrou em contato com Shinya, deixando-o a par do que se passava com seu irmão caçula e sua ex-parceira de corridas? Só podem ter sido Lua e Artemis. Será que Shinya, mesmo cheio de limitações, arriscará a própria vida para ir até onde seu irmão e sua amiga de longa data estão?