-Você para de escrever essas bobagens sobre mim com a Larissa e eu não conto nada. Ou... você continua escrevendo e eu espalho cartazes como este – mostrou-me uma folha de papel com algo escrito – pela escola todinha. O que acha?

-O que? – gritei indignada – você não pode fazer isso!

-Se você pode, eu também posso. – falou

-Tenho outra escolha? – perguntei, já sabendo da resposta.

-Não, mas posso te dar até amanhã para pensar. – ele falou levantando da cama e indo até a porta para destrancá-la.

-Não sei se consigo pensar até lá.

-Nos vemos amanhã, quero a resposta e ponto final. – ouvi uma porta se fechar no andar de baixo e olhei assustada para o Espiga.

-Deve ser minha mãe, haja como se fosse minha namorada. Do contrario, vai ter de explicar o que veio fazer aqui.

-Não vou não. – falei emburrada.

-Vamos logo ou seu namoradinho vai ficar preocupado com você. – falou pegando a minha mão e puxando-me até a sala que ficava poucos passos da escada.

-Mãe, - falou assim que chegamos na cozinha. – a Lu já está indo embora, a mãe dela não gosta quando ela chega tarde em casa. – Eric falou na maior cara de pau, como se já tivesse feito isso antes.

-Não vai ficar mais um pouco, querida? Posso ligar para sua mãe e pedir para que fique até o jantar. – ele me olhou como se dissesse para negar o pedido.

-Desculpe, mas minha mãe já fez muito em me deixar vir aqui.

-Então tudo bem, adorei te conhecer, querida e volte sempre. – ele falou simpática.

-Vem, vou te levar em casa. – o Espiga me puxou até a garagem onde a famosa BMW Preta nos esperava. Ele destravou o carro e entramos, durante o caminho Eric falava algumas coisas sobre sei lá o que, eu apenas o ignorava e seguia olhando pela janela.

Ele parou o carro e eu acordei dos meus pensamentos. Onde estávamos?

-Chegamos Lu. – ele falou tirando o cinto de segurança e abrindo a porta do carro.

-Onde estamos? – perguntei confusa ali não era minha casa.

-É aqui que você fica. – ele falou abrindo a porta do lado do passageiro, onde eu estava.

-O que? – falei assustada. –Que lugar é esse? – perguntei enquanto ele me puxava para sair do carro.