- É melhor se preparar, monge! Se você realmente não vai se unir a nós, eu não tenho escolha senão matá-lo!

- Infelizmente para você, a hora da minha morte ainda não chegou. Enquanto vocês estiverem causando problemas para as pessoas da região, eu não poderei cair! Por isso, eu acho melhor que você me deixe passar junto com essas pessoas!

- Hah! Se eu permitisse que você fugisse, você iria continuar atrapalhando nossos planos. Então, ou você se junta a nós e entrega essas pessoas, ou você morre aqui!

- Nenhuma das opções é uma resposta que eu possa dar.

- Então morra de uma v...

Antes que Nagakura pudesse terminar a frase, uma gigantesca sombra surge de trás da cabana, jogando diversos membros da Oniwabanshuu pelos ares.

- M-mas que monstro é esse? – diz Nagakura Shinpachi, surpreso.

- Pelo jeito vocês não conhecem o homem que era conhecido como o verso da armada da destruição.

Um monstruoso homem de quase 4 metros aniquilava as tropas de ataque da Oniwabanshuu ali presentes. Era como se formigas tentassem derrubar um elefante. Os golpes do gigante faziam com que os ninjas voassem.

- Você está atrasado, Fuji.

Após Anji dizer isto, um homem de alvos cabelos uma vez longos, sai das sombras das árvores.

- Eu tive problemas para chegar, esses vermes ficavam entrando no meu caminho o tempo todo!

- Muito bem. Leve essas pessoas daqui. Eu cuidarei deste assunto antes de me juntar a você.

- Tem certeza? Acho que juntos nós poderíamos...

- Eu sei o que você está pensando, Fuji! Mas vamos deixar a segurança das pessoas em primeiro lugar!

- E-entendi! – diz Fuji pegando as pessoas que estavam dentro da cabana, com as mãos. – N-não se preocupem, eu irei levá-los a um lugar seguro! Anji, eu irei esperá-lo no local combinado!

- Eu estarei lá o mais breve possível.

- Fuji? Então esse é o monstro do Juupongatana? – diz Shinpachi rindo. – Eu esperava algo bem mais aterrorizante! Um gigante? UM GIGANTE? Não me façam rir, eu poderia acabar com ele com um ou dois golpes!

- Você? Não diga besteiras! Se você subestima o Fuji dessa maneira, você não tem a menor chance contra mim!

Anji diz isso fincando sua adaga no chão para disparar seu Futae no Kiwami a distancia, mas desta vez, o inimigo consegue escapar do golpe, pulando para uma árvore.

- Hah! Os recrutas fugiram! Não tem mais motivos para eu ficar aqui, se eu lutar com você, o gigante vai escapar, e se eu tentar ir atrás dele você vai me impedir. Então eu irei deixar você curtir a vida mais um pouco!

Dito isso, Nagakura Shinpachi desaparece nas sombras das árvores. Deixando Anji pensativo.

- Tsc. Eles conseguiram um aliado terrível. Nagakura Shinpachi, provavelmente esse homem pode lutar de igual para igual até mesmo com Battousai ou Shishio.

Em Kyoto, Kenshin e Shinsei voltavam ao Aoi-ya trazendo Shinichi, Yahiko e Yutarou que haviam recebido alta do hospital. Misao vem recepcioná-los enérgica como sempre.

- Ah! Voltaram, finalmente! Puxa, vocês são tão fraquinhos. Como deixaram alguém fazer isso com vocês? Aliás, quem conseguiu fazer isso? Deve ter sido alguém bem forte!

- Tsc... – diz Yahiko, preferindo não dizer que fora Aoshi quem os atacou. Yahiko tinha duvidas sobre as ações de Aoshi. Eles poderiam estar mortos agora se Aoshi desejasse matá-los naquela hora. Ou talvez ele tenha amenizado os golpes inconscientemente, como na vez em que atacara Okina. Como não tinha certeza, Yahiko preferiu não contar nada a ninguém. – Estava escuro demais... Não deu pra ver.

Shinsei e Kenshin olham para os três que abaixam suas cabeças. Ambos sabiam que os três estavam escondendo algo, mas não questionaram seus motivos. Kenshin sabia que podia confiar na decisão de Yahiko e, para Shinsei, se Kenshin podia confiar, ele também podia.

- A-ah! Shinsei! Eu tenho que te contar! É sobre a Sakuya e o Ken-chan! – diz Misao.

Shinsei olha para Misao um pouco surpreso, mas em seguida sorri e diz que ela não precisava dizer nada e que ele confiava em seus amigos. Ao ouvir estas palavras, Misao abre um largo sorriso e diz que neste caso não irá contar nada.

Em outro ponto de Kyoto, a outra Oniwabanshuu se reunia, planejando a partida em alguns dias.

- Tsc! Não importa o lugar, parece que sempre tem alguém pra me atrapalhar! – diz Jin.

- Relaxe! O máximo que podem fazer é atrasar nossos planos. Mas, mesmo sem nós, o rumo natural da humanidade é caminhar para o nosso sonho!

- Tem razão, o senhor sempre diz que nós somos apenas catalisadores do processo. Mas eu acredito que quanto mais cedo nós alcançarmos nossos objetivos, mais rápido o povo viverá em harmonia!

- E não deixa de estar correto, Jin. Afinal nosso objetivo é fazer o povo do país inteiro viver em paz! Mesmo que o processo seja doloroso e árduo, será uma provação e, apenas os que sobreviverem irão desfrutar de nosso sistema político perfeito!

- Então os fortes sobrevivem e os fracos perecem, Abayama? Isso me soa piegas. – Diz Aoshi adentrando o esconderijo.

- A-Aoshi? O que você faz aqui? – diz Jin.

- Eu vim reportar que Yukishiro Enishi aceitou cooperar com a policia e eles irão investigar as origens de vocês.

- Hah! Podem investigar! Eles só irão perder tempo com essas informações inúteis!

- Vejo que estão de partida. Vocês pretendiam me deixar para trás?

- Nós pretendíamos apenas resolver um assunto pendente em Hokkaido e retornaríamos logo, mas também não poderíamos deixar Shinsei livre por aqui, então precisaríamos de alguém para vigiá-lo. A escolha óbvia seria alguém em quem ele confia e pode se aproximar facilmente.

- Então, eu creio que não posso desempenhar mais essa função.

- Como assim? Eles descobriram que você está cooperando conosco?

- Eu não chequei a situação, mas aqueles garotos não vão demorar a abrir a boca.

- Garotos? O que... Você quer dizer que aqueles moleques não morreram? Tsc! Baratas realmente demonstram uma resistência incrível.

- Infelizmente eu não poderei retornar ao Aoi-ya enquanto eles estiverem presentes.

- Entendi. Muito bem, então eu terei que deixar outra pessoa para vigiá-lo.

- Eu fico. – diz Sakuya, imediatamente. – E na primeira oportunidade irei arrancar a cabeça do traidor!

- Nada disso, você não teria a menor chance numa luta com Shinsei. Portanto quem fica sou eu. – intervém Kenichi.

- Hah! Eu acredito que nenhum dos dois seja um adversário para Shinsei! Aquele moleque já era o mais forte de nós e todos sabemos que agora ele foi treinado pelo antigo mestre de Battousai! Ele deve estar mais forte que nunca! Além disso, ele possui aliados como Hajime Saitou e o próprio Battousai Himura! Duvido que um de vocês consiga se aproximar dele sem ser notado. – diz Natsu num tom sarcástico, irritando ambos.

- Isso é verdade, mas nós podemos emboscá-los um por um. E, se nos permitir, agindo em dupla, eu e Sakuya somos imbatíveis. – Acrescenta Kenichi.

- Isso é verdade, o trabalho em equipe de vocês é esplendido. Contudo, ambos eram amigos muito próximos do traidor, como posso deixar apenas vocês dois?

Neste momento, Sakuya começa a ficar nervosa, talvez Abayama desconfiasse da lealdade dos dois e apenas os mantivesse sob sua asa para ter um controle sobre suas ações em vez de conceder mais dois aliados declarados de Shinsei.

- O senhor mesmo disse a razão. Shinsei é um traidor e isso é algo que eu não posso perdoar! Eu confiei nele, considerei-o meu melhor amigo e ainda assim ele teve a coragem... Não, eu não posso chamar isso de coragem. Ele foi canalha o suficiente para trair a minha, a nossa confiança! – diz Kenichi, Sakuya não pode deixar de notar e compartilhava a dor que ele sentia ao proferir tais palavras sobre o amigo. E estava disposta a aceitar qualquer punição que Shinsei pudesse despejar sobre eles. Mas por hora era necessário dizer isto, ambos desejavam permanecer próximos, pois Shinsei era a única esperança que tinham agora que Aoshi estava aliado a Abayama.

- Hm... Gostei de sua resolução! Suas palavras são o suficiente para mim! Muito bem! Byakko e Ookami vocês irão permanecer e vigiar os passos do traidor! Os outros irão partir para Hokkaido amanhã de manhã! Nós partiremos de cavalo no primeiro raiar do sol!

- CERTO! – gritam todos em uníssono.

De volta ao Aoi-ya Misao estava ficando impaciente, pois Aoshi não havia voltado ainda. Já passava a hora do jantar quando um mensageiro bate a porta dizendo que tinha um telegrama de Aoshi. Todos se reuniram para ler e o conteúdo deixou a todos confusos, exceto por Yahiko, Yutarou e Shinichi que sabiam o motivo pelo qual Aoshi não poderia retornar tão logo.

- Mas como assim? Aoshi-sama vai viajar assim? – diz Misao, indignada.

- Misao! Eu tenho certeza que Aoshi deve estar se dirigindo para Hokkaido para averiguar a situação. Não é possível que todos os nossos companheiros tenham aceitado essa loucura. – diz Okina, com um ar de sabedoria.

Misao fica quieta, ela sabia que era verdade, mas ainda assim ficava preocupada com Aoshi. Por outro lado, Yahiko se preocupava com as pessoas que estavam do outro lado, os possíveis aliados de quem Okina falava certamente não eram páreo para alguém como Aoshi.

Neste momento, Hikaru voltava com notícias. Os onmitsu de Hokkaido que estavam em Kyoto estavam se preparando para retornar a Hokkaido.

- Onde você estava, Hikaru? Faz muito tempo que não te vejo! – Diz Misao.

- Eu estava espionando os inimigos, para manter vocês informados sobre a situação.

- V-você está louca? Se eles te descobrem? Você podia ter morrido!

- Hikaru... Nunca mais tome esse tipo de atitude sem o meu consentimento! Se eles encontram você, eu não saberia o que fazer. – diz Shinsei num tom repreensivo.

- M-mas Shin...

Shinsei deixa a sala, se dirigindo para os fundos sem olhar para trás. Hikaru abaixou a cabeça e ficou ali parada, até que Misao colocou a mão em seu ombro e disse:

- Não fique assim, Hikaru. Ele só disse aquilo porque ficou preocupado com o que poderia ter acontecido.

- É, eu sei. Mas não me aconteceu nada e eu consegui informações vitais.

- Sim, mas para ele, a informação vale menos que a sua segurança. Não só para ele, mas para todos os seus amigos.

- S-será que ele ficou muito bravo? – diz Hikaru com os olhos marejados.

- Claro que não sua boba, ele não estava bravo. Só não soube expressar que estava preocupado. – intervém Kaoru.

- É! É isso mesmo! – concorda Misao.

Mais tarde, naquela noite, Hikaru se preparava para deitar quando uma sombra pára em sua porta e diz:

- Me desculpe por aquela hora. E obrigado.

Dito isto, a sombra desaparece na escuridão do Aoi-ya, deixando Hikaru sozinha e com um tímido sorriso em seu rosto.

- Conte sempre comigo, Shin-chan.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.