Robb girava a coroa de bronze nas mãos com um olhar vago. Valera a pena arriscar tudo em jogo tão difícil? Era um menino confuso demais para a achar a resposta.
Rei do Norte.
Jovem Lobo.
Rebelde.
Ele não compreendia como continuar a jogar. Ganhava todas as batalhas – de que importava se as táticas não eram as mais honradas? Precisava ajudar suas irmãs e vingar seu pai. Precisava –, mas sentia-se perdendo aquela guerra. A cada dia, aliados se tornavam inimigos e suas espadas diminuíam consideravelmente. Robb não entendia onde errava, porém, sabia que estava falhando de forma miserável em sua tentativa de vencer.
Às vezes, questionava aos deuses por quê escolhê-lo. Havia tantos homens mais velhos e melhores, o Stark era um rapaz.
Um garoto verde que era um dos maiores generais.
O menino-besta que aterrorizava Porto Real.
Existiam dias em que via em si mesmo alguém capaz de lutar e ganhar. E existiam os momentos em que ninguém o observava e podia chorar, gritar, duvidar, perder sua fé e ser a criança que era de verdade. A criança que almejava desesperadamente a família de antes e a casa tão, tão distante. Sonhos infantis.
Os Lannister mandam suas lembranças, afinal.
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