P.O.V. Sky.

Eu caminhei pela trilha e o pressentimento ficava cada vez mais forte.

Então, eu encontrei com um rapaz, ele usava roupas fora de moda. Muito fora de moda.

—Elizabeth. Ainda está viva.

—Quem diabos é você? E o meu nome é Skyla Moon.

P.O.V. Caspian.

Eu não sei a quanto tempo estive adormecido, mas algo me trouxe de volta. Levantei, me alimentei e sai caminhando sem rumo. Encontrei uma trilha na floresta e a segui pensando que me levaria a algum vilarejo, mas quando vi aquela figura estanquei no lugar.

—Elizabeth. Ainda está viva.

Ela olhou pra mim com uma cara confusa e perguntou rudemente:

—Quem diabos é você? E o meu nome é Skyla Moon.

—Sou o Príncipe Caspian de Nárnia.

—Nunca ouvi falar. Mas, ainda assim eu sinto que a minha alma conhece a sua.

Ela riu e passou a mão no cabelo, então escondeu o rosto com as mãos.

—Isso não é algo muito inteligente de se dizer pra um cara que você acaba de conhecer. Me desculpe, eu geralmente falo coisas sem perceber.

Começo a ouvir um som estranho.

—Não sou eu.

—Eu sei.

Ela pegou algo no bolso e colocou na orelha.

—O que é Rick?

—Tá atrasada! Só liguei pra saber se tava viva. Vem logo, você já perdeu a primeira aula.

—O que?! Que droga! Eu já vou.

Ela saiu correndo pela trilha e eu a segui. Fomos parar num lugar cheio de gente e todos me olhavam como se eu fosse um ser extraterrestre.

—O que?

Ela olhou pra trás e quando me viu disse:

—Puta que pariu. O que tá fazendo aqui cara? Vestido assim ainda?

Skyla me puxou pela mão e me levou direto para a trilha.

—Olha, segue a trilha pra lá. Você vai chegar a uma casa, uma mansão diga que eu mandei você. Vai estar seguro lá. Agora vai.

—O que?

—Vai logo! Eu to atrasada!

—Obrigado Skyla Moon.

—Pode me chamar de Sky. Até logo.

Segui a trilha e logo cheguei á residência.

—Quem é você? Como nos encontrou? O que quer?

—Sou o Príncipe Caspian de Nárnia. Skyla Moon me mandou, disse que estaria seguro aqui.

—Essa é a Sky. Entra ai garoto. Eu sou Silas Moon, sou avô de Skyla.

—Em que ano estamos?

—Dois mil e sete.

—Estive adormecido á mais de cem anos.

—Se a Sky o mandou deve ser importante.

—E quem és tu?

—Sou o pai dela. Dezmont Moon. Vamos, entre.

—Ela é uma vampira, como eu?

—Não. Sky é especial, é diferente de tudo o que você já viu. Esqueça tudo o que pensa que sabe sobre vampiros porque as regras não valem pra eles.

—Eles?

—Alaric e Skyla.

—Alaric eles são irmãos?

—Primos. Eles são... uma lacuna da natureza. A magia nos fez vampiros, mas nós nascemos humanos.

A casa era imensa e estava cheia de vampiros como eu.

—Me acompanhe por favor. Está com sede?

—Não senhor, eu já me alimentei.

—Sei. Olha, não pode matar os locais ou as pessoas vão começar a suspeitar.

—Sinto muito.

—Tudo bem, mas que não se repita. Vou te mostrar seu quarto e pelos seus trajes aposto que nunca viu um chuveiro.

—Nem faço ideia do que seja isso.

Ele me deu trajes adequados, me ensinou a usar o tal chuveiro e devo dizer que é uma invenção e tanto.

—O que é isso?

—Um vaso sanitário. Não se preocupe, não vai precisar usar isso.

—Porque não?

—Vampiros não fazem necessidades fisiológicas. Não comemos, não dormimos etc.

—Eu sei.

—Ótimo.

—Como chegou até a minha filha?

—Não cheguei. Ela veio até mim. Foi o destino.

—O pressentimento. Levou-a até você.

—Pressentimento?

—Skyla é sensitiva e vidente. E só pra constar não pode contar isso pra ninguém.

—Eu não pretendia.

—Ótimo, porque se as pessoas souberem do que Sky é capaz virão por ela. O Governo, pessoas mal intencionadas que vão querer usá-la para ganhar dinheiro. Ou para a guerra.

—Eu entendo e acredite eu jamais faria nada para machucá-la.

—Austin?

—Ele tá falando a verdade. Elas podem ser a mesma alma, mas não são a mesma pessoa. A sua mulher morreu filho, a pessoa que ela era se foi.

—Como você...

—Sou telepata. E você? Tem algum dom?

—Eu consigo encontrar qualquer coisa ou pessoa não importa o quão longe esteja.

—Um rastreador. Isso é bom. Bem vindo á família rapaz.

Quando eles chegaram á casa Skyla largou a mala no chão e se jogou no móvel.

—Ai, hoje o dia foi longo. E que aulas chatas e maçantes.

—Nem me fale. Aquele professor de Economia não sabia se espirrava ou dava aula.

—O pobre coitado deve ter alergia do giz. Foi ele abrir a caixa começou a passar mal. E foi parar no hospital.

—Hospital?

—É um lugar onde vamos quando estamos doentes, onde trabalham os médicos. Inclusive Silas nosso criador.

—Ele é médico?

—É. Levou séculos para conseguir se manter sóbrio por assim dizer, mas conseguiu desenvolveu um auto controle incrível. E ele passou sua filosofia e seus ensinamentos para nós e nós passamos para os nossos filhos.

—É. Nada de se alimentar de pessoas vivas. Só bolsas de sangue ou sangue animal.