Road

Hiccup - Minha bunda precisa de psicólogo


Primeiro dia de faculdade e as coisas deveriam estar normais, as aulas estariam normais, os alunos estariam normais, isso se eu tivesse visto algum, acordei atrasado, perdi a hora e mais importante... a faculdade é um labirinto e estou sem direção dentro dele.

– Ok, eu não faço a menor ideia aonde eu estou. – falei para o nada.

O que eu não esperava era um resposta.

– Precisa de ajuda para achar a sua sala, parece meio perdido? – Era a voz de uma garota, era uma garota e era conhecida.

– Mavis, está tudo ótimo, é só virar à direita e eu vou parar.

– Na saída. – ela estava certa, não somente por ser uma saída, mas por saber que eu estava meio que totalmente perdido.

– Você provavelmente deveria estar no refeitório agora, as aulas vão acabar daqui a pouco. – Como alguém podia ser tão misteriosa e precisa? O som da campainha tocou pelos corredores da faculdade e em poucos segundos parecia um bando de zumbis indo atrás de carne.

Mavis agarrou meu pulso e foi me guiando no meio da multidão, ela me guiou até o refeitório e consegui ver Fishleg, Merida e Ruffnut sentados em uma mesa, era o momento para ir falar com eles.

– Lá estão eles, obrigado Mavis.

– De nada.

Eu me virei para ir a mesa e alguma coisa encostou em mim, fiquei boquiaberto.

– Dá última vez não estava assim tão durinha. – Devo dizer que Mavis Dracula é totalmente provocativa.

Fui me aproximando da mesa com a postura rígida.

– O que foi aquilo? – Merida falou chocada.

Me sentei ao lado de Merida. Fishleg e Ruffnut estavam do outro lado da mesa trocando afinidade.

– Talvez eu esteja me tornando atraente? – Falei constrangido, não era todo dia que a garota que você quase fez sexo agarra sua bunda no meio do refeitório na frente de seus amigos.

O que eu não esperava era outro ataque a minha bunda

– Realmente, sua bunda está durinha. – a ruiva falou dando uma apalpada.

– Qual o problema que vocês têm com a minha bunda? – falei me afastando daquelas mãos, tive até que me levantar para fugir delas, mas elas não visavam mais a minha bunda e sim minha cintura.

– Ela está começando a ficar algo. – suas mãos se agarram em mim e ela virou meu corpo, mostrando para os dois a minha parte traseira.

– Como seu amigo, eu diria que ela é bastante atraente. – Fishleg tem sérios problemas em fazer comentários, qualquer tipo de comentários. – Como melhor amigo.

A conversa estava indo para um lado totalmente estranho e Flynn chegou no momento exato para parar o rumo dela.

– Hiccup, você viu o Jack por ai?

– Ele não veio na faculdade hoje, anda deprimido por causa da Tooth. – Tentei de tudo para ajudar Jack com seu grande problema, mas nem bacon o fazia sair daquele sofá, meu sofá.

– Eles terminaram há duas semanas atrás.

– E continua chorando. – interrompeu Merida. – Flynn olhe para a bunda do Hiccup. – Essa frase era errada em todos os sentidos, mas parecia tão errada que isso realmente chamou atenção.

Uou, seja lá quem fez isso, parabéns, um mês atrás eu só via ossos, agora eu vejo esperança, pense em entrar no time se ganhar um pouco mais de massa. – ele falou enquanto ia se afastando de nós e indo aos braços de sua namorada.

As aulas de hoje foram como todo o primeiro dia de aula, eles falam a matéria, falam o método de avaliação deles e alguns dão matéria, uma perda de tempo. As aulas acabaram rápido, eu perdi metade delas, e nós nos separamos, Merida falou que tinha algumas coisas para fazer e Fishleg e Tuffnut também tinha algumas coisas para fazer em particular.

Não sei se era algum tipo de sorte ou azar, eu estava perdido, procurando o refeitório para depois achar a saída, eu iria refazer os passos que a Mavis fez, mas eu achei a saída por acidente, um grande Deja vu do meu dia.

A saída estava a alguns passos e eu os dava sem pressa, mas eu parei, parei quando eu ouvi um ronco de motor, um motor familiar parado em frente a saída.

– Quer uma carona, para o seu trabalho? – Moto vermelha, piloto preto, Mavis Dracula.

– Eu não sei. – A última vez que eu subi em uma moto com a Vampire, ela roubou minha carteira, mas eu sempre vivo cometendo os mesmos erros.

Em minha defesa? Eu sou culpado em cair no charme de um vampiro, eles são famosos por isso.

Mavis me levou até o café e entrou nele, eu entrei pelas portas do fundo, me vesti como garçom, cumprimentei o Linguini e atendi a minha cliente.

– O que você vai querer?

– Acho que eu vou querer a sopa.

– Péssima ideia, eu sugiro os sanduiches. – Rosto de dúvida, eu os via toda vez que eles pediam a especialidade da casa. – Acredite em mim, eu faço isso para o seu bem.

Minha cliente se levantou da cadeira e me puxou para um canto da loja, longe dos olhos de Linguini, seja o que for que ela quer, ela não veio para comer sanduiches.

– Eu vim aqui para esclarecer as coisas. O nosso “lance”. – ela sussurrou em meu ouvido essa palavra, como se fosse algo errado. – Não daria certo, eu sou seis anos mais velha que você. – e talvez era, se ela era seis anos mais velha, ela tinha 24 anos.

– Nós estávamos bêbedos e não sabíamos o que estávamos fazendo. – Eu confirmei.

– Ainda somos amigos? – ela estendeu a mão para mim e eu a apertei na hora.

– Amigos.

Nós desfizemos o aperto de mão, mas eu cometi um erro, fiquei encarando ela.

Nós realmente não parecíamos amigos, muito menos civilizados, ela atacou meus lábios e eu os dela.

Agora que eu não estava bêbado eu conseguia sentir o beijo, a maior parte dele, o que eu quero dizer é que Mavis Dracula é um furacão, selvagem, incontrolável e simplesmente te puxa para dentro do ritmo, um ritmo furioso.

– A gente não deveria estar fazendo isso. – falei tentando me livrar de seus lábios sedutores.

– Eu sei. – O furacão não parecia que iria acabar tão cedo e ele tinha subido um level na escala incontrolável.

Mas diferente das horas que ficamos nos beijando, essa acabou rápido, talvez esteja um pouco mais controlável do que da última vez, pensei aliviado.

– Que bom que esclarecemos as coisas. – Nós nos separamos, eu estava totalmente constrangido, ela? Sorrindo, um sorriso que eu já tinha visto várias vezes. Ela estava prestes a dar outro bote, mas fui salvo pelo sino da loja.

Um cliente, salvo pelo gongo.

– Acho que não vou querer os sanduiches, tchau. – ela falou disfarçando a situação.

– Tchau, volte sempre. – Maldita frase de bordão.

O sino veio no mesmo horário, de um mesmo pedido, de uma certa ruiva. Um pouco mais cedo e Merida iria me catar em uma situação de nota 10 na escala de constrangimento, mas ela não tinha visto nada.

– Ela estava definitivamente olhando a sua bunda – se ela vê com as mãos, então sim. – parabéns, garotão. – mal sabia ela que os olhares foi o menor dos meus problemas.

– Você pode parar com isso?

– Parar com o que?

– Parar de falar que eu estou ficando alguma coisa. – Eu não queria inflar meu ego, mas ele estava começando a inflar.

Vou abrir meu coração a vocês, ser tocado é ainda mais constrangedor que sair com um chupão no pescoço, pelo menos a curto prazo, a sensação é horrível, eu nunca vou me acostumar com ela.

– Na verdade a palavra é sexy. – meu ego está mais cheio que um balão, ela brincava com os cabelos enquanto me provocava. Rebeldes, era assim que ela os chamava, eu não os achava rebeldes, somente um pouco indisciplinados, mostre a eles um pente e algumas horas que tudo está resolvido.

Meu ego estava inflado e eu no clima, decidi me divertir um pouco, por que não?

– Ok, o sexy aqui está inteiramente para atende-la, qual é o seu pedido? – Falei alargando a gravata e dando meu melhor sorriso.

– Uma porção de mini sanduiches com um pouco menos de roupa e mais pele.

– Ainda não chegou o turno da noite.

– Eu pago um extra. – Devo admitir, flertar era engraçado.

Mas nossa diversão não durou muito, o café foi um pouco mais agitado que no mês passado e eu não pude dar o serviço completo a certa ruiva, sou um péssimo garçom.

Mesmo assim ela me esperou até meu turno acabar.

– Eu vou ir para o hospital, fazer exercício. – minha rotina tinha mudado drasticamente, faculdade, café e hospital.

– Estou louca para ver como você vai ficar. – ela falou dando uma bagunçada em meus cabelos, odeio quando as pessoas fazem isso.

– Se cuida. – Eu a levaria para o apartamento, mas ela se recusa a ser tratada como frágil e eu entendia perfeitamente.

Eu fui ao hospital depois, fazia duas semanas que eu comecei a fazer os treinos espartanos e eles estavam mostrando resultando, muitos resultados, principalmente em uma parte que foi bastante assediada.

Nós estávamos voltando da caminhada e a corrida parecia ser muito menos mortífera depois de duas semanas fazendo a mesma rotina, não suava tanto e as pausas começaram a ficar bem menores, era até agradável. Já conseguia acompanhar Astrid e a marca dos 8km já não era um desafio.

35 minutos correndo e nós fomos diminuímos o passo quando chegávamos perto do hospital. Um certo assunto passava na minha cabeça e eu queria uma opinião sobre ele.

– Qual o problema de todo mundo com a minha bunda? – Uma coisa que eu preciso aprender é evitar as partes a qual você fala, atrai olhares e certas mãos.

Quarta apalpada do dia, sorte que não foi como a terceira, as marcas da mão da Mavis ganhariam um novo companheiro na minha parte esquerda e estaria escrito Astrid nela.

– Está dura e molhada. – Definitivamente estava, correr 8km faz você suar muito e os músculos ficam rígidos.

– Não toque nela, ela está sensível.

– Ainda dá para trabalhar um pouco mais nisso.

– Você não gesticulou para nada, você sabe.

– E eu preciso?

– Ok, o que vamos trabalhar hoje?

– Abdomens.

– Então pare de olhar para a minha bunda.