Não iria para aquele lugar em outras circunstancias, mas os recentes rumores lhe preocuparam demais e a própria esposa lhe implorou para que fosse.

Chegou ao lugar afastado depois de algumas horas, não encontrando resistência ou barreiras para lhe impedir, algo muito estranho se lembrasse que “vira-latas” como ele não eram bem aceitos naquele lugar.

Mas isso não era o que mais lhe chamava a atenção, o cheiro pungente de sangue chegava a queimar seu nariz.

Foi andando cauteloso pela luxuosa propriedade. Vez ou outra encontrando gigantescas manchas de sangue sem dono ou corpos largados de formas estranhas e perturbadoras, pescoços quebrados, fronte dilacerada, sangue jorrado. Os horrores do inferno em plano terreno.

― Sesshoumaru... – reconheceu a forma do irmão contra a lua que entrava pela varanda do aposento principal. – O que você fez?...

Um corpo jovem e belo estava de bruços aos pés do irmão. Sujo de sangue, morto pelo ódio que plantara sem nem desconfiar.

― Essa... Essa é... – temia falar, temia ter o mesmo destino, pela primeira vez temia o irmão.

― Tenho ódio... – sua voz era serena como um amanhecer, o sangue que manchava o rosto foi limpo com desprezo. – Estou fazendo isso por ódio, Inuyasha... Eu estou arrancando os falsos sorrisos destes vermes...

― “Vermes”... Você diz... – engoliu seco sem conseguir desviar os olhos do corpo. – Essa yokai... Ela era sua esposa, não era?...

O irmão soltou um riso e virou o corpo com um chute, mostrando a face travada em medo e lágrimas. Seu ventre tinha sido aberto e deformado por garras, seu rosto arranhado em dor e sofrimento pelas mãos que lutaram em vão.

― Esposa? – sorriu orgulhoso do que mostrava para o irmão. – Este é o verme que roubou e destruiu os sonhos da Rin...