Violet estava tão determinada a irritar sua mãe, que esqueceu completamente que as regras da escola proibiam cabelos tingidos. A diretora, que era uma mulher muito grande e forte, não tolerava quando as crianças não seguiam as regras, por isso, com sua mão gigante que conseguia puxar todos os fios azuis da cabeça de Violet de uma vez, levantou a menina até que os pés dela deixassem de tocar o chão saiu levando ela assim, suspensa no ar, até a floresta que ficava ao lado da escola. Enquanto levava a garota, a diretora repetia a regra contra tingimento de cabelo e dizia que há tempos queria punir Violet Beauregarde, a menina que achava que podia fazer o que quisesse na escola e que ainda tinha faltado aula por duas semanas depois de visitar a maior fábrica de chocolate do mundo.

A verdade é que a Dona Trunchbull era louca por chocolates e queria ter ganhado um convite dourado também. Achava que chocolates eram bons demais para crianças (mas, obviamente, foi pensando nelas que Willy Wonka criou o concurso...). Porém, não era só por isso e pelo cabelo azul que ela estava danada com Violet. A diretora sabia que a menina era uma encrenqueira, que vivia aprontando, mas, sempre que tentava pegá-la, era em vão, a pestinha escapava. E teria escapado novamente se não estivesse distraída ao chegar na escola naquele dia. Em todos os anos que Violet havia estudado na Crunchem Hall, esta seria apenas a segunda vez que seria punida.

A menina gritava, balançava as pernas para tentar se soltar da diretora e tocar o chão, dizia que a tinta de seu cabelo saía com água, que só precisava ir ao banheiro lavar, mas a mulher não deu ouvidos, disse que ela iria para o Sufoco. Os outros alunos olhavam, assustados, enquanto a menina era levada em direção à floresta.

Trunchbull cometia inúmeras atrocidades com as crianças de sua escola, mas nada se comparava a trancá-las no Sufoco, uma construção de madeira que ficava no meio da floresta. Por fora, o lugar era protegido por várias correntes e cadeados e, por dentro, tinha um espaço muito pequeno, era extremamente escuro e cheio de espinhos e pregos salientes. A criança tinha que ficar lá por horas em pé, sem se mexer, ou então ficaria cheia de feridas. Era, sem dúvida, a maior das torturas! Violet já tinha ido pra lá uma vez e sabia o que a esperava, mas nem por isso deixou de ficar apavorada e implorar para a diretora não a levar, mas não teve jeito.

— Entra aí, seu furúnculo purulento! — Disse Trunchbull enquanto jogava a menina lá dentro.

Então trancou a porta e os cadeados e saiu. A cabeça de Violet doía muito por conta da força com a qual seus cabelos tinham sido puxados, mas a sensação sufocante daquele lugar abafado era muito pior. Ela sentia como se estivesse sendo esganada. Tinha vontade de gritar e talvez estivesse gritando, mas não sabia se estava mesmo ou se era só um eco de grito na sua cabeça; não sabia se tinha a respiração ofegante ou se simplesmente tinha parado de respirar, era desesperador!

A menina pode até ter ficado assustada quando foi inchando até virar uma amora azul gigante, mas isso não chegava nem perto do que sentiu na primeira vez que foi mandada para o Sufoco. E agora, que estava lá pela segunda vez, sua mente não pôde deixar de voltar ao dia que com certeza foi o pior de sua vida.

***

Scarlett matriculou Violet na Crunchem Hall porque queria que sua filha fosse a melhor em absolutamente tudo, então ela não poderia estudar em qualquer escola. E além de ter um alto padrão no ensino, o preparo físico também era importante para a instituição, tanto que a própria diretora era uma ex-campeã olímpica. Parecia a escola ideal para sua filha, faria um grande diferencial para ela nos campeonatos.

Violet tinha 7 anos na época e chegou determinada a ser a melhor atleta que a escola já teve e deixar sua mãe orgulhosa. Achou a escola assustadora assim que chegou? Um pouco. Era grande e intimidadora. E no meio do pátio havia uma estátua enorme da diretora com a seguinte frase escrita abaixo: "Nada de lamúrias". Apesar disso, Violet achou que seria fácil sobreviver lá, afinal, era uma menina muito forte. E, diferentemente das outras crianças, ela não ficou com medo da Dona Trunchbull. Sabia que teria que impressioná-la se quisesse se destacar, então a viu como uma jurada de uma competição. Mas a diretora odiava quando as crianças não tinham medo dela, então decidiu punir a turma de Violet com Educação Física (ou Ed. Fis., como era chamada a especialidade da Trunchbull na escola).

A menina não sabia que a aula de Educação Física era uma punição e também não sabia que era a culpada por essa punição, só sabia que finalmente teria a sua matéria preferida na escola nova e estava muito contente. Durante a aula, Trunchbull dava uns exercícios absurdos e desumanos para as crianças e competia contra elas. Havia um placar marcando os pontos de Agatha (o primeiro nome dela) e os dos Vermes (as crianças). E esse placar sempre acabava em 1000x0000.

Porém, para a surpresa dos colegas de Violet, a menina conseguiu vencer todas as provas. Ela já era bastante competitiva na época e, por mais que sempre praticasse atividades individuais e quisesse toda a glória apenas para si, a competição do momento era da Trunchbull contra as crianças, ou seja, a vitória foi de todas elas. Se a diretora não tivesse decidido não contar os pontos assim que Violet ganhou a primeira prova, o placar estaria marcando 1000 para os Vermes e 0000 para Agatha. Mas, mesmo sem ver a marcação, as crianças estavam cientes de sua pontuação e vibraram muito ao final da aula. A ex-campeã olímpica, por outro lado, estava toda vermelha de raiva e só faltava soltar fogo pelas narinas. Aliás, algumas das crianças que estavam presentes na hora relatam que, de fato, chegaram a ver fogo saindo das narinas dela.

BAMBINATUM EST MAGGITUM! — Ela exclamou o lema da escola, que significa "crianças são vermes" em latim, tão alto, que um monte de corvos saíram voando.

Em seguida, marcou 1000 para o nome dela no placar.

— Mas foi a gente que ganhou! — Disse Violet.

— "Mas"? Você disse "mas"??? Crianças não podem ganhar! Eu sou grande, você é pequena, eu estou certa, você está errada, eu ganho, você perde! Vocês todos perdem, é assim que funciona! Agora você vai pro Sufoco, sua pestinha mijona!

As outras crianças estremeceram quando a diretora foi correndo como se fosse um touro na direção de Violet. A menina ainda não sabia o que era o Sufoco, mas sabia que seria castigada, só não entendia o porquê. Enquanto Dona Trunchbull apertava fortemente o braço de Violet no caminho para o Sufoco, esta perguntou se estava sendo punida apenas por ser criança, ao que a diretora respondeu que era motivo mais do que suficiente.

— Vai ficar aí até aprender a se comportar, criança revoltante! — Exclamou a diretora ao jogá-la naquele lugar horrível.

A menina passou horas no Sufoco naquele dia. Quase morreu de fome e de sede e não parou de chorar por um segundo enquanto estava presa naquela escuridão. Só conseguia pensar que queria sua mãe. Assim que saísse de lá, iria abraçá-la e não soltar nunca mais!

Quando foi liberada do Sufoco, os pais das crianças já estavam lá para buscar seus filhos e Violet foi correndo o mais rápido que pôde (que não era tão rápido assim já que o Sufoco tirou toda a sua força) atrás de sua mãe. Precisava pedir pra mudar de escola urgentemente! Porém, ao ver o carro dela, a menina parou e ficou um tempo estática, repensando o que iria fazer. Não podia contar à sua mãe o que tinha acontecido. Primeiro, porque ela não ia acreditar. Nenhum adulto acreditaria naquele absurdo! E segundo, porque ela não ia querer que Violet desistisse assim tão fácil, não queria que sua filha fosse medrosa.

De repente, a menina começou a ficar com muita vergonha pela maneira como se sentiu no Sufoco, mesmo que ninguém a tenha visto chorar. Ela não queria ser uma bebezona. Então enxugou as lágrimas e decidiu que daquele dia em diante nunca mais ia chorar (e ela realmente nunca mais chorou).

Quando chegou no carro e sua mãe perguntou como foi na aula, ela apenas disse que fez Educação Física.

— Ah, que legal! Você gostou?

A menina fez que sim com a cabeça e recebeu um sorriso orgulhoso da mãe, que sabia que ela tinha se saído bem. E ela tinha mesmo. Tinha se saído tão bem a ponto de deixar a diretora com inveja e ser punida por isso.

Violet, então, decidiu que não ia deixar as coisas ficarem assim. Se a diretora punia as crianças que venciam, ela ia vencer de outro jeito: seria a melhor em sobreviver naquela escola. Nunca mais iria voltar pro Sufoco e nem receber nenhum outro tipo de castigo! Mas não ia fazer isso sendo submissa às ordens da diretora, se comportando que nem uma princesinha pra depois se tornar uma daquelas alunas que viravam delegadas da escola, ou melhor dizendo, um bando de puxa-sacos daquela mulher monstruosa. Não, Violet usaria sua própria estratégia e faria suas próprias regras.

Ela começou a prestar muita atenção em tudo o que acontecia na escola, em todas as punições, em todas as câmeras. À medida que foi crescendo, começou a fazer tudo o que queria sem nunca ser pega: mascava chicletes, o que era proibido, sempre escondendo atrás da orelha quando a diretora estava por perto, além de também já ter grudado vários deles debaixo das carteiras antes de tentar virar recordista e sempre mascar o mesmo chiclete; escapava de todas as aulas de Ed. Fis. e de todas as formaturas, que aconteciam toda semana (pra isso, fingia estar passando mal, ia ao banheiro, faltava aula nos dias exatos ou simplesmente se escondia em lugares que só ela conhecia); fazia várias pegadinhas com a Dona Trunchbull, como colocar pó de mico em suas roupas ou desenhar caricaturas dela e deixá-las na diretoria, entre outras coisas.

De bônus, Violet gostava de assustar os alunos mais novos com as histórias sobre a escola e o Sufoco, além de se gabar de suas habilidades de fuga, dignas de uma mestra escapóloga, pra todos os alunos. E não ensinava seus truques a ninguém, afinal, um mágico nunca revela seus segredos. Não seria seguro compartilhar o que sabia com as outras crianças, pois, assim, haveria mais chances da Dona Trunchbull descobrir tudo. Imagina ter que dividir um de seus esconderijos com alguém? Nem pensar! E era por isso também que ela não tinha amigos na escola. Se quisesse vencer, tinha que fazer isso sozinha. Era como nas competições de que participava, não dava pra fazer amizade com seus concorrentes.

Entretanto, de volta ao Sufoco, Violet pensava se todo esse esforço tinha mesmo valido a pena. Será que não teria sido melhor ter chorado na frente de sua mãe e implorado pra mudar de escola ao invés de ficar com medo de parecer medrosa? Do que adiantava tentar vencer a diretora se por uma bobagem como tinta azul no cabelo estava de volta à estaca zero? E o pior de tudo, só tinha feito isso pra irritar a mãe... Talvez sua mãe estivesse certa no final contas, talvez fosse mesmo a hora de dar um tempo das competições...

Violet pensava seriamente nisso enquanto não conseguia enxergar nem os dedos da mão. Talvez devesse se tornar uma criança normal que frequenta uma escola normal e que não fica ocupada 24 horas treinando para as mais diversas competições. Talvez pudesse até voltar a chorar... Crianças normais choram, né? Será que ela estava chorando?... Na verdade, não estava. Violet não conseguia mais chorar. Porém, ela ficava tão confusa enquanto estava no Sufoco, que teve a impressão de que chorava ou de que estava com vontade de chorar, não sabia ao certo...

Já era noite quando a menina de cabelos azuis foi liberada do castigo. Estava completamente tonta e quase desmaiando de tanta fome. Só conseguiu dar uns dois passos pra fora da construção de madeira e caiu no chão. A essa altura, Trunchbull já tinha ido embora após praguejar alguma coisa. Depois de um tempo, a menina se sentou, pegou sua mochila, que estava jogada perto da porta do Sufoco, e encontrou um sanduíche natural que sua mãe tinha feito. Porém, Violet também estava com sede e o sanduíche a deixaria com mais sede, então ela preferiu pegar um chiclete de menta que tinha trazido. Tinha comprado chicletes escondida com sua mesada do mês passado, já que sua mãe tinha proibido os chicletes e cortado a mesada naquele mês pela menina não estar se comportando. Enfim, o chiclete podia enganar a fome e era refrescante, então não intensificaria a sede. Violet não tinha forças pra caminhar até o bebedouro da escola ou o banheiro, então, assim que conseguiu se levantar, foi direto para o carro de sua mãe, que já devia estar bem brava por ter esperado tanto tempo. E ela estava mesmo!

— Que demora foi essa, Violet?! O que você tava fazendo esse tempo todo?

— "Oi" pra você também — disse a menina, enquanto entrava no carro.

— Não me vem com essa de "oi"! Você tá há dias sem falar direito comigo e agora fica tentando mudar de assunto ao invés de responder a minha pergunta? Peraí, o que é isso? Você tá mascando chiclete??? Eu não falei que você tava proibida?

— Uma pergunta de cada vez, tá? Eu tô cansada...

Enquanto a menina se lembrava do quanto sua mãe era chata e do porquê de ter ficado com tanta raiva dela, Scarlett reparava melhor na filha e percebia que ela realmente parecia cansada. O que era estranho, porque Violet nunca ficava cansada!

— Filha, você tá bem? O que foi que aconteceu?

— Eu fiquei de castigo. Esqueci que cabelo colorido era contra as regras da escola.

— Ah, eu sabia que não devia ter deixado você pintar o cabelo dessa cor!

— Tanto faz, eu tô com sede, fome e vontade de ir ao banheiro, só quero chegar em casa logo, depois eu lavo o cabelo pra tinta sair...

***

O caminho para casa era longo, então Scarlett achou melhor pararem numa lanchonete e Violet ficou muito melhor depois de comer comida de verdade. Só não parecia muito feliz. Era impossível alguém ficar bem depois de passar o dia inteiro no Sufoco! Mas a mãe achou que a menina ainda estivesse chateada com ela pelas restrições quanto aos chicletes e as competições.

Ela queria muito que Violet entendesse que isso tudo era para o bem dela e também queria que a relação delas voltasse a ser como antes. Elas sempre tinham sido muito ligadas e, claro, Scarlett até imaginou que em algum momento as coisas pudessem ficar mais complicadas, mas pensou que fosse ser quando a filha estivesse na adolescência e não antes dos 11 anos... Porém, repensar toda a maneira como tinha criado a menina e querer mudar tudo do nada podia ser muito confuso pra cabecinha dela.

Mas Scarlett estava disposta a tentar fazer as coisas melhorarem, então decidiu que tentaria ter uma conversa tranquila com ela, que não acabasse em briga como nas últimas vezes. A menina tinha se comportado mal, mas já tinha recebido castigo na escola, então ela não precisava ser castigada de novo em casa.

Após chegarem lá, Violet tomou banho e tirou toda a tinta do cabelo. Quando terminou, sua mãe perguntou se podia passar o secador nele e a menina deixou. Já era um começo... Porém, as duas passaram um bom tempo sem dizer nada. O cabelo de Violet ainda não estava completamente loiro, na raiz ele estava azul, mas não por causa da tinta, era o efeito da torta de amora que ainda não tinha passado totalmente.

— Eu não posso voltar assim pra escola... — Disse a menina, depois que a mãe terminou de escovar seus cabelos. — Acho que vou ter que faltar aula amanhã.

— Acho que eu tenho uma solução pra isso. Espera só um pouco.

Scarlett, então, se ausentou para buscar algo em outro cômodo da casa. Violet se olhou no espelho do quarto da mãe, que era onde estava, e voltou a pensar no que estava pensando enquanto estava no Sufoco. Mas também pensou em outras coisas. Ela sempre tinha feito de tudo pra agradar sua mãe e agora estava fazendo o contrário. E não estava se sentindo bem com isso. Sua mãe não era uma pessoa horrível como a Dona Trunchbull, esta, sim, merecia todo o seu desprezo!

Scarlett voltou ao quarto com uma boina vermelha na mão. Era uma boina francesa que Violet havia ganhado da avó como presente de Natal, mas não tinha gostado muito, não se imaginava usando uma coisa como aquela.

— Se fizer você se sentir melhor por não poder continuar com o cabelo azul — disse a mãe —, eu nunca usaria uma boina que nem essa!

Violet sorriu. Percebeu que sua mãe entendia o seu problema. Ela respeitava sua individualidade, não queria só controlar sua vida como a menina pensava. Tudo bem que ela já tinha dito que não queria mais que Violet fosse igual a ela, mas ainda parecia que ela tinha uma ideia de como a filha deveria ser e que a opinião da menina não importava. Mas, agora, Violet sentia como se sua mãe se importasse com o que ela queria. Então colocou a boina e percebeu que gostou de como ficou com ela. Sua avó tinha comprado porque achava chique, mas, para Violet, estava parecendo parte do uniforme de alguém que vai lutar numa guerra (que era o que ela meio que fazia todo dia na escola, né?)... Por outro lado, a boina também tinha um ar meio artístico, conceitual... Era um acessório diferente e interessante. Talvez a menina continuasse usando até depois que seu cabelo voltasse ao normal!

Scarlett ficou feliz por ver que a filha estava feliz enquanto se olhava no espelho, mas, de repente, Violet ficou séria de novo. Virou-se para a mãe e disse:

— Desculpa.

Ela falou muito baixinho, quase não deu pra ouvir. Não estava acostumada a se desculpar com ninguém. A mãe ficou surpresa, não esperava que ela fosse pedir desculpa assim do nada, sem elas estarem falando sobre o mal comportamento dela...

— Eu sei que eu fui muito chata com você esses dias... e... desculpa por tudo o que eu falei sobre você e... sobre o meu pai. Eu sei que ele não foi embora por sua causa, a culpa foi toda minha...

Agora Scarlett estava não só surpresa, mas também sentindo um aperto enorme no peito.

— É claro que eu desculpo você, filha! Mas de onde você tirou que você tem culpa pelo seu pai ter ido embora? O que te fez pensar assim?

— Ele foi embora porque você ficou grávida de mim, então... o problema era eu, não você.

A mãe de Violet não fazia ideia de que a menina pensava isso! Como já foi mencionado no outro capítulo, elas nunca falavam sobre o pai dela, então não havia como saber. Scarlett abraçou a filha e disse:

— Você não tem culpa de nada, meu amor! Nunca mais diga uma coisa dessas! Seu pai só foi embora porque ele era um irresponsável que não tinha coragem de criar uma criança, isso sim!

— Então... ele é uma daquelas pessoas que odeiam crianças?

— Não importa que tipo de pessoa ele é. — Scarlett suspirou. — Você não precisa dele, já tem a mim e pode contar comigo pra tudo.

Violet abraçou a mãe mais forte e sorrindo. Sentia que podia confiar nela de novo. Então criou coragem pra dizer uma coisa que devia ter dito há muito tempo:

— Mamãe... eu quero mudar de escola.