P.O.V. Daniel.

Isso é absolutamente complicado estranho.

—Qual era o seu sobrenome mesmo?

—Grayson.

—Por Deus! Um dos descendentes vivos de Eleonore.

—O que?

—Não éramos apenas o meu irmão e eu. Éramos em três. Eu, Marius e Eleonore. Fui mordido por um lobo e transformei-me no primeiro Wolf-Blood do mundo. Marius foi mordido por um morcego e transformou-se no primeiro vampiro, mas Eleonore permaneceu na estrada da mortalidade e teve vários filhos que tiveram filhos até chegar em você.

—Está dizendo que sou vampiro e lobisomem?

—Não. Você é humano, tanto quanto o possível, porém além de ser um bruxo, o seu sangue meu filho é uma réplica exata do vírus original, a própria estirpe dos Graymark que foi passada de forma latente através dos séculos para você. Daniel Grayson. O seu sangue permitiria uma união tri-celular. Imagino que tenha sido assim que a criança sobreviveu ás transfusões.

—Como assim a criança sobreviveu ás transfusões?! Marius eu vou acabar com a sua raça!

—Que bom que está a salvo.

—Você acha?! Aiden me trouxe até aqui neste meio do nada para testar uma teoria. De que o sangue do meu filho poderia ser usado para criar híbridos. Ele alega que você sabia disso, que planejou isso. Usar o meu bebê como uma bolsa de sangue ambulante.

—E você acreditou?

—Acaba de admitir que essa sua experiência podia ter matado o meu filho!

Emily pegou uma arma.

—Isso não vai me matar.

—Sério? Porque pelo o que eu sei, vampiros são alérgicos á verbena e madeira. E Originais são absolutamente alérgicos á madeira de álamo negro.

Aquilo pegou o vampiro de surpresa, mas ele logo se recuperou.

—Impossível. Não existe mais álamo negro querida. Queimamos a única árvore que havia.

Emily deu risada.

—Você é muito convencido mesmo. É realmente um alienado. Ainda existem álamos negros. São uma espécie em extinção, então os humanos fizeram uma floresta inteira deles. Uma área ambiental protegida por lei.

Disse pegando o folheto do bolso de trás da calça e praticamente esfregando na cara do vampiro.

—Um tiro certeiro é só o que eu preciso. O bebê já absorveu o seu sangue de vampiro Original de qualquer forma.

—Espera, eu sou um bruxo?

—É. Um filho do Clã Graymark. Depois da histeria da era da caça ás bruxas mudaram-se para o Novo Mundo e de Graymark para Grayson. Construíram uma fortuna.

—Puta merda. O meu pai e o Conrad não eram só rivais de negócios, eram membros de Covens rivais. O que é esquisito, considerando que apesar da rixa Clark X Graymark existir a séculos os nossos pais eram amigos. Isso até a sua mãe ter um caso com meu pai, o Conrad descobrir, o esquema de lavagem de dinheiro vir á tona e o meu pai ser incriminado.

—Incriminado?

—Moleque descabeçado. Sabe de nada inocente. Conrad estava envolvido até o pescoço num esquema de lavagem de dinheiro para a Iniciativa Americana, mas usaram o dinheiro num ataque terrorista que derrubou um avião. Ai Conrad trabalhou com Frank e sua querida mamãe para incriminar o meu pai David Clark que foi preso e morreu na cadeia em um assassinato com certeza encomendado.

—Então veio mesmo atrás de vingança?

—É claro. Eu vim pra esculachar a sua família. E agora vou ter um Mini Grayson. Mas, ninguém nasce mau. A mentalidade vai se espalhando como uma infecção. Sua matou uma pessoa, o pai do Patrick. Na frente dele. Assassinou a Helen á sangue frio, mas nunca pensei que diria isso, mas ela fez para proteger você. Então, acho é perdoável.

—É. Você mandou a minha mãe para o hospital psiquiátrico.

—O mesmo hospital psiquiátrico para o qual ela me mandou. Imagino que as paredes brancas devam ter deixado ela mais doida do que já é.

—Parece que todas as mulheres da minha vida são loucas.

Ela riu. E puxou o gatilho. A bala acertou na coxa de Marius.

—Eu nem faço ideia do porque estava fazendo isso, mas tenta de novo e a próxima vai direto no coração.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.