P.O.V. Hope.

É meio esquisito, como viver uma vida dupla. Porque sou uma socialite que faz caridade, vai á bailes e festas do chá. E então tem o treinamento de bruxa/caçadora. Sei tocar piano, cantar, etiqueta, valsar. Mas, também sei atirar com armas de fogo, arco e flecha, fazer feitiços ofensivos e atirar facas em alvos em movimento.

Estava no meio do treinamento, quando sinto uma presença. Rapidamente me viro e preparo a adaga.

—Tamara?

P.O.V. Drácula.

Consegui uma identidade nova. Alexander Hawley. Noite, meu momento preferido de cada dia.

Comecei a perambular, então ouvi um ruido. Apurei mais o ouvido e não era um ruído era o zunir duma flecha sendo atirada. Isso vai ser divertido. Pobre mortal desavisado.

Me aproximei e era uma mulher. Estava de costas, a aljava já estava vazia, mas no momento em que cheguei ela rapidamente se virou para mim manuseado uma faca. E quando vi o seu rosto quase caí duro. Teria caído se já não estivesse morto.

—Tamara?

—Quem diabos é você?

—Sou eu, Tamara.

—Não sou Tamara! Quem diabos é você?! E não vou perguntar de novo.

—Sou Alexander Halway. Se importaria de me dizer o seu nome?

Ela estava quase em choque.

—Uau! Alguém que não me reconhece logo de cara. Deve ser o escuro. Sou a Hope Grayson.

Hope. Mas, que ironia.

—Pode baixar a faca senhorita. Não vou lhe causar mal.

—Você é um deles não é? É. Esse seu jeito de falar. Incendea!

Logo eu estava preso num círculo de fogo. Ela rapidamente pegou suas flechas e apontou o arco pra mim.

—O que está esperando? Atire.

P.O.V. Hope.

Eu tenho ele na minha mira. O feitiço das chamas não vai durar pra sempre, mas quando olhei nos olhos dele...

—Porcaria!

Disse abaixando o arco.

—Porque eu não consigo atirar em você? Você está... não. Não iria funcionar. Não em mim. A magia me protege de qualquer tipo de controle mental. Os vampiros sempre tentam e sempre acabam com uma estaca de prata atravessada no peito ou combustão espontânea.

O fogo apagou. Merda.

—Merda, Hope! Tinha que ter atirado nele!

Eu estava tão distraída com aquele lá que não vi o outro vindo por trás até sentir os dentes no meu pescoço.

—Ai!

Conjurei um feitiço que forçou-a a me soltar. Ela não engoliu meu sangue eu a forcei a cuspir. Conjurei outro para curar o meu pescoço, enquanto ela sufocava, levantei e desci o sarrafo nela. Quebrei suas pernas, depois um braço e aneurismas. Até ela começar a sangrar pelo nariz, pelos olhos e morrer.

—Viu? Não é tão difícil.

Mas ai eu percebi o que eu tinha feito.

—Meu Deus! Eu não simplesmente matei ela, eu a mutilei. Ela me olhou nos olhos e implorou pela sua vida e eu acabei com ela. Eu a estraçalhei! Sou uma pessoa horrível.

—Você não é uma pessoa horrível. Se fosse uma pessoa horrível não se sentiria culpada.

P.O.V. Drácula.

Eu estava tão... hipnotizado por ela que não vi a vampira vindo até ela afundar os dentes no pescoço de Hope.

—Não!

Mas, antes que eu pudesse interferir... Hope matou a vampira. E sentiu-se culpada por isso.

—Ai Meu Deus! Ela me mordeu! Vou virar uma vampira!

—Não. Não vai. Não é simples assim.

—E como é que funciona exatamente?

—Se fosse simples assim, não haveriam mais humanos no mundo. Não. Você teria que ser alimentada com sangue de vampiro e dai...

—Morrer?

—Sim.

—Cara, os Diários de Um Vampiro realmente sabem alguma coisa. Mas, estavam errados sobre o tipo de estaca. Se não for de álamo ou de prata eles não morrem. Nossa! Que insensibilidade. Desculpe.

—Não se desculpe. É reconfortante saber que pode se cuidar sozinha contra um vampiro.

Ela riu.

—E tudo isso porque eu pareço com a tal da Tamara. Eu tenho uma ancestral com esse nome sabia? Ela era uma Princesa e ajudou os bárbaros a acabar com o pai dela que tava chacinando as pessoas. Ela era foda.

Minha vez de rir. Uma dama usando palavreado de baixo calão.

—Olha, eu realmente agradeceria se mantivesse a parte da magia em segredo. A minha família já levou muita porrada por fazer besteira. Meus avôs foram presos, assim como a minha avó paterna. Que ajudou meu avô Conrad Grayson a plantar uma bomba num avião e explodir o Coven da minha mãe e incriminar o pai dela. E as pessoas adoram julgar.

—Seu segredo está á salvo.

—E o seu também. Só... tente não matar ninguém da minha família. Beleza?

Eu não...

—Combinado?

—Combinado.

Para alguém que estava na floresta no meio da noite com um vampiro ela parecia muito á vontade.

—Tchau Alexander. Foi um prazer conhecer você.

—O prazer foi meu.

P.O.V. Hope.

Eu voltei pra casa e dormi até de manhã. Na manhã seguinte, segunda feira. Bem vinda á Elite High.