Revelações Avassaladoras

Capitulo 23 por Katherine Black


— Não com o dragão você não teve. - Miguel rebateu. - Aquilo foi um voo super irado...
— É... Bom.
— E ninguém ajudou você a se livrar dos dementadores agora no verão. - Susana Bones falou.
— Não. Não. Ok, eu sei que fiz algumas coisas sem ajuda, mas o que estou tentando dizer é que...
— Você esta tentando fugir do compromisso de nos mostrar tudo isso? - Zacarias perguntou.
— Tenho uma ideia por que você não cala a boca? - Rony perguntou.
— Ou prefere que eu cale a sua boca com um soco nos dentes? - Steph ergueu o punho fechado para ele.
— Ora todos viemos para aprender com Harry e agora ele esta dizendo que no duro não sabe fazer nada disso.
— Não foi isso que ele disse. - Fred falou.
— Devia limpar os ouvidos. - Debochei.
— Quer que a gente limpe os seus ouvidos para você? - Jorge perguntou tirando um longo instrumento metálico de aspecto letal de dentro de um saco da Zonko's.
— Ou enfie isso em qualquer outra parte do seu corpo para falar a verdade não somos muito luxentos. - Fred falou.
— Certo. - Hermione falou. - Bom então a próxima questão é com que frequência vamos ter essas aulas? Na verdade eu acho que não adianta nada nos encontrarmos menos de uma vez por semana...
— Calma ai. - Angelina falou. - Precisamos ter certeza de que não vão se chocar com o nosso treino de quadribol.
— Não nem com o nosso. - Cho falou.
— Nem com o nosso. - Zacarias falou.
— Tenho certeza que vamos encontrar uma noite que sirva para todos, mas sabem que as aulas são muito importantes estamos falando e aprender a nos defender dos Comensais da Morte, de Voldemort...
— Muito bem. - Ernesto falou. - Pessoalmente eu acho que as aulas são realmente importantes possivelmente mais importantes do que qualquer outra coisa que vamos fazer este ano ate mesmo os N.O.M.s que vem ai. - Ele olhou um por um. - Pessoalmente não consigo entender por que o Ministério nos impingiu uma professora inútil como essa, em um período tão critico. É obvio que se recusam a admitir o retorno de Você-sabe-quem, mas dai a nos mandar uma professora que esta tentando nos impedir por todos os meios de usar feitiços defensivos...
— Mas esse é o motivo. - Charlotte falou. - Não nos querem treinando para uma possível guerra.
— Nós achamos que a razão por que Umbridge não quer que treinemos Defesa Contra as Artes das Trevas é que ela tem uma ideia alucinada de que Dumbledore pode usar os alunos da escola como um exercito particular. Acha que ele poderia fazer uma mobilização contra o Ministério.
— Bom isso faz sentido. - Luna falou. - Afinal de contas Cornelio Fudge tem um exercito particular.
— Que? - Harry perguntou.
— É ele tem um exercito de heliopatas.
— Não, não tem. - Hermione rebateu.
— Tem sim.
— E o que são heliopatas? - Neville perguntou.
— São espíritos do fogo, figuras altas, grandes e flamejantes que galopam pela terra queimando tudo que encontram...
— Isso não existe Neville. - Hermione retrucou.
— Ah existe, existe sim.
— Me desculpe, mas onde esta a prova de que existe?
— Há muitos depoimentos de testemunhas oculares. Só por que você tem a mentalidade tão tacanha que precisa que se enfie as coisas embaixo do seu nariz...
— Hem, Hem... - Nos viramos assustados para Gina que tinha imitado Umbridge perfeitamente. - Nós não estávamos decidindo quantas vezes vamos nos encontrar para tomar aulas de defesa?
— Estávamos. - Hermione falou. - Sim estávamos você tem razão Gina.
— Bem uma vez por semana seria legal. - Lino falou.
— Desde que...
— Ta, ta o treino de quadribol. - Hermione interrompeu Angelina. - Bom a outra coisa é decidir onde vamos nos encontrar...
Todos ficaram em silencio.
— Na biblioteca? - Katia perguntou.
— Não consigo imaginar Madame Pince muito satisfeita vendo a gente fazer azarações na biblioteca. - Harry falou.
— Talvez uma sala fora de uso? - Dino perguntou.
— É. - Rony falou. - Talvez a McGonagall nos ceda a sala dela já fez isso quando Harry estava praticando para o Tribruxo.
— Só se ela quiser perder o emprego. - Debochei.
— Não devemos falar isso para ninguém. - Charlotte falou. - Umbridge esta em cima de todos ate mesmo dos professores. Ninguém vai nos apoiar nisso. E tambem não queremos que ninguém perca o emprego por nos ajudar. Vai ser por nossa conta e risco.
— Certo vamos tentar encontrar um lugar. - Hermione falou. - Mandaremos um recado para todos quando estivermos acertado a hora e o local do primeiro encontro. - Hermione tirou um pergaminho da bolsa e uma pena. - Acho... Acho que deviam escrever seus nomes para sabermos quem esta presente. Mas acho tambem que todos devemos concordar em não sair por ai anunciando o que estamos fazendo. Então se vocês assinarem estarão concordando em não contar a Umbridge nem a mais ninguém o que pretendemos fazer.
Fred puxou o pergaminho e assinou. Logo depois eu assinei.
Assim que Charlotte e Steph assinaram nós nos despedimos do pessoal e saímos para caminhar.
— Enviou uma carta a Serena? - Steph perguntou para Charlotte.
— Sim, peguei uma coruja da escola. Você acha que Snow vai demorar?
— Um pouco eu acho.
— Vamos ter que cuidar o que escrevemos agora. Umbridge esta de olho em tudo, aquela morcega velha.
— O que acharam da reunião?
— Acho que convenceram eles. Agora temos que nos preocupar em arrumar uma sala para treinar em que podemos ter privacidade e seja secreta.
— Serena vai pirar quando descobrir. - Murmurei.
— Ela já fez coisas ilegais no tempo dela. E é para o nosso próprio bem.
— Você viram aquela olho puxado olhando para o Harry? Argh! Que nojo. - Steph resmungou fazendo cara de nojo.
— É, mas o Harry parecia bem feliz pela atenção que estava recebendo dela. - Falei.
— Por que meu irmão é cego ate mesmo quando esta usando óculos.
— Cuida as palavras que usa. - Charlotte resmungou olhando em volta. - Imagina se alguém escuta?
— Eu acho que isso não vai colar para sempre. Umbridge esta na nossa cola.
— Eu sei. - Passou a mão nos cabelos. - No natal temos que conversar com a mamãe sobre isso.
— Ou podemos conversar com Dumbledore. - Steph sugeriu.
— Seria bom, mas Umbridge esta no cangote do vovô então não é uma boa ideia.
— O cerco esta se fechando. - Murmurei.
O domingo foi para colocar os deveres em dia que Steph e eu deixamos acumular. Charlotte como sempre estava com tudo perfeitamente arrumado.
— Quando crescer quero ser igual a você. - Debochei.
Charlotte estava lendo um livro sorriu sem tirar os olhos da pagina.
— Onde vamos passar o natal? - Steph perguntou.
— Acho que mamãe vai querer passar com Almofadinhas.
— Vai deixa-lo mais animado. - Respondi sem tirar os olhos do pergaminho. - Hum... Acho que me perdi. Ah esta aqui. - Voltei a escrever. - Temos que comprar os presentes tambem.
— Não faço ideia do que comprar para as pessoas. - Steph murmurou folheando um livro.
— Ou não faz ideia do que comprar ao Krum? - Debochei e ela bufou me fazendo rir.
— O que você vai comprar para o Wood?
— Algo relacionado a quadribol é claro. Só não me decidi o que. Se eu compro alguma coisa para ele cuidar da vassoura, ou caderno de anotações sobre táticas de jogo ou ate mesmo um livro sobre quadribol. Tudo seria muito bem vindo.
— Esse é o problema, Vitor tem de tudo eu acho.
— Na verdade é fácil. Ele não tem coisas simples. - Charlotte respondeu a encarando. - Ele tem fama, mas nunca teve privacidade. Tem companhia, mas nunca teve amigos verdadeiros. Tem garotas aos pés, mas nunca teve uma namorada de verdade. Tem tudo, mas não tem as coisas da simples da vida. No fundo ele é um garoto normal como qualquer outro só que é o melhor apanhador do mundo e conhece um bocado de artes das trevas.
— Só isso. - Debochei e elas sorriram.