Revelações Avassaladoras

Capitulo 18 por Charlotte Lancaster


Ouvir toda aquela ladainha me deixou furiosa. Uma raiva tomou conta de todo o meu corpo, meus olhos se encheram de lagrimas. Lagrimas de raiva. Minhas mãos começaram a tremer e eu sentia suor escorrendo na minha nuca.
Harry levantou.
— Harry não! - Hermione tentou puxa-lo.
— Então segundo a senhora Cedrico Diggory caiu morto por que quis foi?
— A morte de Cedrico Diggory foi um acidente.
— Foi assassinato! Voldemort o matou e a senhora sabe disso!
Levantei a cadeira atrás de mim caiu.
— E dizer que foi acidente é manchar a memoria dele! - Gritei. - Ele morreu como herói. Todos sabem disso. O Ministério da Magia esta distorcendo a verdade por que tem medo de outra guerra!
— Já Chega!
— Chega a senhora! Qual a finalidade de estudar Defesa Contra as Artes das Treva se não vamos aprender feitiços. O que aprendemos na escola é para levar para a vida. Voldemort esta a solta por ai. Esperando o momento certo para agir. E você não nos quer prontos para esse momento! Muitos daqui querem ser aurores como vão passar no N.O.M.s se você não quer ensinar?
Umbridge estava vermelha encarando Harry e eu. Um olhar de completo ódio.
— Venham cá Senhor Potter e Senhorita Lancaster, queridos.
— Não me chame de querida! - Resmunguei entre os dentes.
Harry chutou a cadeira e contornou Hermione e Rony. Contornei Kate e Steph e segui Harry ate aquela sapa velha. Ela puxou dois pergaminhos cor de rosa e começou a escrever em ambos.
— Levem isto a professora McGonagall.
Harry saiu na frente e eu passei segurando a porta, a puxei com força causando um grande estrondo.
Caminhamos pelo corredor, mas eu senti uma pressão no peito.
Sentei no chão e comecei a chorar. Harry se abaixou a minha frente.
— Charlotte?
— Dói tanto Harry. Tem dias que é sufocante. - Ele ficou me encarando seus olhos tentando entender o que aconteceu.
— Você e Cedrico...
— Não tínhamos nada. Ele estava com a Cho. Eu não sei. Na época parecia só admiração. Mas não consigo tirar isso de mim. Voltar para a escola é sufocante.
— Eu não fazia ideia.
— Ninguém fazia. Nem eu fazia ideia na verdade. - Respirei fundo antes de levantar. - Vamos. - Limpei meu rosto no lado de dentro da capa antes de seguirmos caminhando.
Chegamos ate a sala da Professora Minerva e eu bati na porta. Ela apareceu.
— Por que não estão na aula?
— Nos mandaram ver a senhora. - Harry falou.
— Mandaram? Que é que você quer dizer com mandaram?
Nós entregamos os pergaminhos. Ela leu um por um depois nos encarou.
— Venham aqui, Potter e Lancaster. - Nós entramos na sala. - Então é verdade?
— É verdade o que? Professora? - Harry perguntou.
— É verdade que gritou com a Professora Umbridge?
— Sim senhora.
— Ate você Lancaster?
— Sim senhora. - Respondi.
— Chamaram ela de mentirosa?
— Chamei. - Harry e eu respondemos juntos.
— Disse que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado retornou?
— Sim senhora. - Respondemos juntos.
— Posso saber por que fez isso senhorita Lancaster, sempre tive elogios de você e sinceramente nunca esperei um dia escutar algo assim de você.
— Não ia deixar que ela falasse que Cedrico morreu em um acidente.
Ela nos observou depois suspirou.
— Comam um biscoito meninos.
— Coma... O que? - Harry perguntou.
— Comam um biscoito. - Ela apontou para uma lata de biscoitos em cima da mesa. - E sentem-se. - Nos sentamos e Harry pegou um biscoito dividindo a metade e me entregando. - Meninos, vocês precisam ter cuidado. O mau comportamento na classe de Dolores Umbridge poderá lhes custar muito mais do que a perda de pontos e uma detenção.
— Que é que a senhora...
— Potter use o bom-senso. Você sabe de onde ela vem, você deve saber a quem ela esta reportando.
— Ao Fudge. - Respondi.
A sineta tocou.
— Diz aqui que ela lhe deu uma detenção para cada noite dessa semana a começar pela manhã.
— Todas as noites desta semana! Mas professora será que a senhora não poderia...
— Não poderia.
— Mas...
— Ela é sua professora e tem todo o direito de lhe dar detenções. Vocês se apresentaram na sala dela amanha as cinco horas para a primeira. Lembrem-se pisem mansinho perto de Dolores Umbrigde.
— Mas eu estava falando a verdade! Voldemort voltou, a senhora sabe que sim, o professor Dumbledore sabe que sim...
— Pelo amor de Deus Potter! Você acha realmente que o que esta em jogo são verdades e mentiras? O que esta em jogo é manter a sua cabeça baixa e a sua irritação sob controle! E isso vale para Você Lancaster e suas irmãs. Qualquer desconfiança que ela tiver sobre vocês, ela vai investigar a fundo isso. Depois que descobrir a verdade vai enlouquecer ate descobrir informações de Sirius.
— Entendi professora.
Ela levantou e nós fizemos o mesmo.
— Comam outro biscoito.
— Não muito obrigado. - Harry retrucou.
— Não seja ridículo.
Peguei outro biscoito e parti ao meio dividindo com Harry.
— Obrigado.
— Você não escutou com atenção o Discurso de Dolores Umbridge no banquete de abertura do ano letivo Potter?
— Escutei sim. Eu a escutei... Dizer... O progresso será proibido ou... Bem queria dizer que o Ministério da Magia esta tentando interferir em Hogwarts.
— Bem fico contente que pelo menos você escute a Hermione Granger. - Ela abriu a porta e fez sinal para sairmos.
Por onde passávamos o assunto era o mais comentado. Passei no banheiro primeiro para limpar meu rosto e Harry foi muito gentil em me esperar. Sentei com Kate e Steph enquanto Hermione e Rony tiraram Harry do Salão Principal.
— Como foi lá? - Steph perguntou.
— Ela não deu um sermão como eu achei. Só nos avisou para pisar miudinho perto de Umbridge o que eu já imaginava. Mas... Eu sentia tanta raiva.
— Não vamos julga-la. - Kate falou sorrindo. - Ficamos feliz que você tenha feito isso.
— Eu queria ter feito bem mais do que isso. Queria xinga-la, azara-la... Mas não iria adiantar. Só iria piorar a situação. McGonagall tem razão. Quanto menos chamar atenção melhor para nós. - Passei a mão no cabelo. - É claro que Fudge não nos quer preparados para lutar. Isso é obvio.
Quando íamos subindo a escada para o salão comunal da Grifinória Kate sorriu me encarando.
— O que?
— Posso escrever para Serena e contar que você ganhou sua primeira detenção na vida? - Pressionei os lábios.
— Eu mesmo contarei. Ela vai pirar.
— Acho que não. - Steph falou. - Você defendeu o que acredita. Ela sempre falou isso. E vamos comentar que ela não foi nenhuma santa na escola né?
— Ela sempre reclama que sente falta daquele tempo. Dos amigos.
— É eu acho que olhar para nós todos os dias não ajuda muito. Somos parecidos com eles na aparência, nas atitudes. - Kate murmurou depois suspirou e no encarou. - Tenho medo que daqui 20 anos seja assim. Só fique a saudade.
— Não pense nisso. - Steph resmungou. - Não importa o que aconteça vamos ficar juntas. Nosso pacto é esse.
Ela estendeu a mão e Kate segurou depois me encarou. Agarrei a mão das duas.