Revelação

Capítulo 34: Calmaria chega antes da tempestade


Capítulo 34: Calmaria chega antes da tempestade

Draco Malfoy estava casado. Parecia uma piada. Se Draco Black Malfoy um dia fosse se casar, o mais provável seria que fosse por obrigação de seus pais, não por sua própria vontade. Todavia, ele estava casado, e por sua escolha.

Charlotte também nunca pensara em se casar, mas cá estava. Ela não parecia arrependida de forma alguma. Na verdade, tinha ficado muito amiga da sua nova sogra. Narcisa Malfoy. Ela era muito gentil. O seu sogro também, embora não aparentasse quando visto pela primeira vez, ou simplesmente com nascidos trouxas. Com exceção da Lady das Trevas, é claro.

Era a mesma coisa com a maioria dos comensais. Eles não eram tão assassinos sangue-frio como aparentavam ser. Pelo menos, não com os seus. Com exceção do Lorde das Trevas. (N/A: Se fizerem alguma gracinha com o Tom, vão acabar como o Scabior. HAHA).

Os dias dos comensais estavam cada vez mais livres. A Ordem parecia ter desistido, ou pelo menos evitava uma briga. Não era mais necessário atacar. A maioria do que devia ser tomado, como o ministério, já estava sobre o comando dos comensais da morte. Não era exatamente uma guerra que acontecia. Estava calmo demais. Como a calmaria que sempre chega antes da tempestade.

Hermione estava andando pelo jardim. Era algo que seria considerado imprudente devido ao ataque da Ordem que ocorrera, todavia, Dolohov havia dito que os feitiços de proteção haviam sido colocados novamente e reforçados afim de evitar que aquilo se repetisse.

Tom finalmente estava próximo da vitória final. Seria ótimo que ela pudesse ficar junto dele sem nenhuma reunião de última hora para atrapalhar nada. Afinal, havia alguns últimos detalhes antes da vitória do lado das Trevas ser declarada oficialmente. Sempre havia problemas chegando. A Ordem sempre fazia uma surpresa em algum lugar que todos duvidavam que despertassem o interesse dos ditos cujos. Se bem que Hermione não culpava os comensais por chegarem com alguns problemas extras. A culpa era da Ordem que não aceitava que já havia perdido há muito tempo.

A castanha ouviu um barulho alguns metros atrás de si. O que poderia ser? Talvez algum comensal que chegara atrasado e aparatou? Não. Havia feitiços contra aparatar que eram sempre acionados por Tom quando começava uma reunião. Nesse caso, a que estava ocorrendo naquele momento.

Decidiu ignorar. Era apenas um delírio momentâneo, afinal, tudo estava perfeito e nada poderia estragar... certo? A grifinória estava apaixonada e feliz. Vivia muito bem ali. Não tinha com que se preocupar. Teria uma vida maravilhosa em família. A castanha acariciou seu ventre distraidamente. Era uma surpresa. Tom só saberia disso depois, pois ela ainda estava pensando em como contar. Só Narcisa sabia. Claro que não fora escolha de Hermione que a mãe do seu amigo fosse tão observadora e percebesse os primeiros enjoos e falta, ou excesso de apetite.

O único problema seria decidir quem seria a madrinha da criança. Gina, ou Luna. Ela sabia que elas iam discutir por uma bobagem dessas com certeza. Riu com a imagem repentina das duas amigas lutando mortalmente usando o aprendido com os comensais para decidir quem cuidaria do garotinho. Ou garotinha. Não importava. A ideia era um pouco assustadora para alguém que não pensara em formar uma família tão cedo, antes de sequer pensar em trabalho.

Era estranho, porém iria se acostumar com certeza. Já se acostumara com o que viera antes: virara uma garota boba e romântica, casou-se antes do momento considerado o mínimo por ela mesma e agora perdia tempo imaginando com quem o bebê pareceria mais. Era loucura!

Crack!

Ela olhou na direção do barulho. Parecia um galho se quebrando. Tinha alguém ali. Oh, meu Merlin! Não podia ser! Como ele havia entrado? E o que estava fazendo ali?

§§§

Luna e Blásio se separaram do beijo que deveria ter sido breve, todavia, o momento não atendeu a expectativa de ambos. Blásio se sentia um pouco culpado. Estava agindo como Theodoro, e isso não era bom. Se agarrando com a noiva pelos corredores da mansão Malfoy enquanto devia estar indo fazer as rondas rotineiras que deveria... quer dizer, não que fosse necessário, porém alguns comensais costumavam fazer alguns voos por alguns lugares bruxos apenas por precaução. Tudo apenas pelo costume, não por necessidade.

Mas Dolohov e Yaxley eram os responsáveis por isso e os lábios da Luna eram tão macios... (N/A: Oh, Merlin, como eu consigo escrever toda esse romance? Só se eu for romântica e não sei...). Beijou-a novamente com volúpia. Se continuasse desse jeito, deixaria de ser dois. Afinal, um mais um pode ser três, quatro, cinco, seis, não é caras leitoras? Com a minha mente maliciosa (culpem meus amigos principalmente), não sei como esse povo ainda não deu uma de coelho e teve filhos em escala industrial.

Enfim, voltando à história, Blásio e Luna estavam lá no corredor se agarrando e ignorando a falta de ar, pelo que eu pude perceber, ou inventar, sei lá. Sem falar no ponto de vista da Luna: ela gostava muito de Blásio. O amava com todas as forças, mas ele não parecia pronto para algo mais sério. Ela precisava de paciência, embora concordasse que estar no meio de uma guerra, ou no fim, que seja, não era o melhor momento para pensar em coisas assim. Mesmo que Hermione e Charlotte houvessem ignorado essa lógica.

Mas a loira nunca acreditara muito na lógica mesmo...

§§§

A reunião acabou. Tom estava sentado em uma poltrona em sua sala particular com Nagini deitada próxima à lareira. Logo a guerra teria um fim e ele sairia vitorioso. Não haveria mais nada que pusesse a vida da sua Hermione em risco. Ela estava segura e eles poderiam viver em paz, finalmente depois de anos.

-Milord? – Lúcio Malfoy entrou.

-Sim, Lúcio? – Disse Tom.

-É a Milady... – Tom levantou-se rapidamente esperando que o Malfoy dissesse o que aconteceu com a sua Hermione e a resposta veio rápida, porém não menos dolorida: - Ela sumiu... Milord.