Surpreendo-me no caos
Na explosão da alma
Nas fagulhas dos amores
No Brilho Eterno da Vida.


Tropeço, Esqueço e Recomeço
As estrelas que contemplo
Não são eternas, são um momento
E a luz que emitem são de fantasmas.


Um futuro distópico
É sempre mais fascinante
Acho que tenho queda por tragédias
A utopia é entediante.


Caminho, caio, levanto
Sou prisioneira de mim
Sou a rainha de meu eterno cárcere
Sou a hospedeira de meu próprio fim.


E a eternidade é chata
O que é breve é mais humano
Nego sim o paraíso,
Abraço o que é estranho.


Corro, escondo e disparo
Surpreendo­-me no caos
Sou refém de mim mesma
E também minha inimiga letal.


Eu sou meu próprio parasita
Eu sou meu próprio veneno
Eu sou o eu que em mim habita
Eu sou o eu que em mim eu temo.


Não sei nada do amanhã
Minha mente não é a mais sã
Delírios geniais ou uma filosofia vã?
No fim eu sou o meu próprio Leviatã.