Na solidão você encontrou-me, amorfo como uma memória.

Na prisão do pensamento, soldei um caminho que prometia a pungência da dor.

Uma vida prosaica, até você se formar na minha visão.

Escolhi amar-lhe em silêncio, pois em silêncio não encontrei rejeição.

Escolhi amar-lhe em meus sonhos, pois neles você apenas a mim pertencia.

Sua voz ecoou no meu coração, inaudita pela gélida temperatura.

Eu lhe senti perto, mas você foi além da costa.

Deixando para os olhos submersos, uma silhueta sob as estrelas.

Escolhi amar-lhe em silêncio, pois em silêncio não encontrei rejeição.

Escolhi amar-lhe em meus sonhos, pois neles, você jamais partiria.