Encontramos os meninos perto de uma árvore e nos aproximamos deles.

— Oi, amor! – Eu disse, dando um selinho em León.

— Oi, pequena! – Ele me abraçou pela cintura, já comentei como adoro quando ele me chama assim?

— Oi, Cat. – Edu disse, sem se aproximar dela.

— Ela já sabe amor. – Ela disse, se aproximando dele.

— Já? – Ele perguntou, me olhando.

— Do que você sabe amor? – León me perguntou, Cat se aproximou mais de Edu e então eles começaram um beijo.

— Disso. – Respondi o olhando.

— Quando iam me contar isso? – Ele perguntou, se fingindo de bravo.

— Não sei, algum dia. – Cat respondeu, dando de ombros.

— Eu só descobri hoje porque ela deixou escapar. – Eu disse.

— E aonde as senhoritas estavam? – Edu perguntou.

— É, aonde estavam? – León repetiu a pergunta.

— E- em lugar nenhum. – Respondi.

— Por que demoraram então? – Edu indagou.

— Porque... – Procurei uma resposta.

— Porque...? – León perguntou.

— Porque nós ficamos conversando no corredor! – Cat exclamou.

— Conversando no corredor? – Os dois perguntaram desconfiados.

— É... – O sinal tocou.

— Ainda não acreditamos nisso, tá? – León disse.

— Vamos pra sala! – Exclamei, o puxando e ele me roubou um selinho, então seguimos cada um para a sua sala.

(...)

— Então, o León sabe? – Cat perguntou, eu estava na casa dela e a mesma insistia em vou ao assunto da bulimia.

— Não, ele não sabe.

— E quando você vai contar?

— Hum... Quem sabe nunca?

— Você precisa contar Violetta, ou acha que ele não vai descobrir nunca?

— Se você não contar ele não vai saber.

— Ele vai perceber que está diferente.

— Como? Ninguém percebeu até hoje.

— Eu percebi.

— Prometa que não vai contar Cat.

— Violetta...

— Prometa!

— Ok, eu prometo.

— Ótimo!

— Mas você precisa prometer que vai contar a ele.

— Eu conto quando conseguir.

— O mais rápido possível.

— O mais rápido possível. – Repeti em confirmação e ela assentiu, ficamos em silêncio por um tempo.

— Por que Vilu? – Cat perguntou, me assustando.

— Porque não quero que ele me ache problemática.

— Não, por que você faz isso?

— Porque preciso emagrecer.

— Quem te disse isso?

— Longa história Cat, não estou preparada para contar.

— Tudo bem, mas se quiser conversar estou aqui, ok?

— Ok, obrigada Cat.

— De nada. – O som ensurdecedor da campainha soou e nos assustamos. Cat foi atender e eu não consegui ver quem era, até ela dizer: — Becca?! – Praticamente gritou, agarrando o pescoço da garota, que fez cara de tédio mas logo mudou sua expressão quando viu que eu a observava.

— Cat! Que saudade amiga! Que bom que está bem, fui te visitar todos os dias! – Exclamou, se soltando do abraço.

— Mentira! – Exclamei e elas me encararam.

— Vem Becca, entre, vamos conversar! – Cat continuou alegre, puxando a outra garota pela mão. – Me diga, por que você sumiu? – Perguntou quando sentaram no sofá.

— É que... eu tive uns problemas em casa... aí não deu para aparecer, mas não vou sumir de novo, ok?

— Ok.

— Tudo bem Violetta? Me desculpe por te deixar sozinha.

— Tudo bem.

— Eu fiquei sabendo do que aconteceu com você, as pessoas são muito fofoqueiras.

— Eu sei.

— Quem será que foi, hein?

— Você não sabe mesmo? – Perguntei irônica.

— Não.

— Savannah e Heloísa.

— Nossa! Você acha que elas são tão más assim?

— Acredito que Savannah é capaz de tudo e Heloísa parece o cachorrinho dela.

— Realmente. – Cat concordou.

— Oh, não conhecia esse lado delas.

— Jura? – Perguntei irônica outra vez.

— Ahn... Becca, nós temos uma coisa para contar. – Cat disse, tentando acabar com o clima ruim.

— Tem?

— Temos! Quer dizer, você quer contar Vilu?

— Hum... – Parei para pensar. Talvez fosse bom que mais alguém soubesse para me ajudar também. — Quero.

— Eu falo?

— Aham.

— Digam logo, estão me deixando curiosa.

— Ok... A Vilu tem bulimia.

— O QUE? – Ela gritou.

— Eu tenho bulimia. – Repeti.

— Nã- não, eu não posso aguentar uma amiga louca! – Exclamou.

— Eu não sou louca!

— É SIM, LOUCA E DOENTE!

— Ela não é louca, precisa da nossa ajuda. – Cat disse.

— Não, ela é louca Cat, não devia ser amiga dela.

— Louca aqui é você. Ela precisa de ajuda e não de julgamentos, se você é hipócrita a esse ponto eu não deveria ser sua amiga. – Cat retrucou.

— Mas você é!

— Não sou mais.

— Você vai trocar a nossa amizade de anos por uma louca doente? – Perguntou incrédula.

— Eu prefiro ser amiga de uma louca doente do que de uma hipócrita que só sabe julgar os problemas dos outros.

— Quem você está chamando de hipócrita Catherine? – Ela perguntou, se aproximando de Cat.

— Você mesma Rebecca, além de hipócrita é burra agora? – Deu um tapa no rosto dela e agarrou seus cabelos, as duas começaram a brigar e eu entrei no meio para separá-las.

— EI, EI, EI, PAREM! – Gritei e finalmente consegui tirar Cat de cima de Rebecca.

— SAI DA MINHA CASA AGORA! – Cat gritou furiosa e Rebecca se levantou. Seu rosto estava vermelho e com alguns cortes.

— Eu vou, mas eu volto! – E então saiu.

— O que foi isso, Cat? – Perguntei assustada.

— Eu defendendo a minha amiga. – Ela respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Não precisava estragar a amizade de vocês por isso.

— Ia acabar de qualquer jeito, não quero ser amiga dela.

— Ela podia ter te machucado.

— Não me importo com isso.

— Obrigada. – A abracei.

— Não foi nada, agora ela vai precisar de um implante capilar. – Mostrou os tufos de cabelo de Rebecca em suas mãos, então nós rimos.

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