No carro

Joshua estava dirigindo como um maluco, como sempre. Azmaria estava no banco do carona quase tendo um enfarte e Manoella olhando para o nada. Eles estavam indo para o aeroporto do Rio de Janeiro, a viajem durariam mais ou menos quatro horas. O silêncio estava imperando, só ouvia-se o barulho do carro.

Joshua – Hum... Manoella posso fazer-lhe uma pergunta? *Indaga diminuindo a velocidade do carro.*

Manoella – Depende. *Fala inclinando-se para frente.*

Joshua – O que aconteceu lá no orfanato? *Indagou curioso, mordendo o lábio inferior.*

Manoella – Bom, o que aconteceu... *Tenta responder a pergunta do garoto curioso.* – Bem, foi um mostro horrível que do nada, atacou o orfanato. Eu estava falando com a irmã Redá quando ouvimos umas explosões, fomos para fora ver o que estava acontecendo. Quando chegamos o monstro estava destruindo tudo, tinha pessoas feridas para tudo que era lado e usamos todo o nosso arsenal de armas.*Ela respirou profundamente e falou.* – Foi horrível, mas sabe o pior disso tudo é que ele falava o meu nome toda hora. *A garota encostou-se ao banco e abaixou a cabeça dava para ver uma lagrima discreta em seu olho, mas não invisível.*

Azmaria – Nossa... Então basicamente a culpa foi sua. *Exclama a menina do banco de carona.*

Joshua – Cara, você não está ajudando!

Azmaria – Mas basicamente a culpa é dela.

Joshua – Eu sei, mas poxa, a menina já está se sentindo mal e você fala que a culpa é dela! Poxa, ela não precisa ficar sabendo disso!

Manoella – Oi! Eu to aqui! *Fala furiosa, acenando com os braços.*

Azmaria e Joshua – Desculpa.

Manoella – Tudo bem, aceito suas desculpas. *Fala a morena sorrindo*

A viajem era longa. Os três pararam no meio do caminho, num sitio chamado Fie-ta lados. Chegaram ao balcão e fizeram os seus pedidos, Joshua pediu pão com lingüiça com queijo, presunto e frango desfiado e uma coca-cola. Manoella pediu um hambúrguer com salada, ovo, queijo, presunto e molho da casa, e de bebida pediu o mesmo que Joshua. E Azmaria pediu uma salada simples e um suco de abacaxi.

Os três sentaram-se à mesa e na frente de Manoella havia uma TV que passava um comercial de Isa TKM, a garota de olhos castanhos exclamou.

Manoella – Carambola de perbolim. Vou perder Isa TKM!

Joshua – Não diga, você gosta de ver Isa TKM? *Indagou surpreso.*

Manoella – Gosto, por quê? Tem algum problema? *Responde em seguida com um olhar de poucos amigos.*

Joshua – Claro que não... Eu amo Isa TKM! *Exclamou o garoto com corações vermelhos nos olhos, nessa mesma hora Azmaria cuspiu o suco que estava em sua boca*

Azmaria – O que?!

Manoella – É serio!? Que legal, eu adoro novelas mexicanas! São tão mexicanas...

Joshua - Eu escrevo novelas mexicanas, eu já escrevi três até agora. A primeira se chama Lãs ter-ilhas de um confronto de ação, a segunda se chama Cruzada e é de suspense e a ultima que ainda não acabei é Amor de Prata de Amor. Se quiser ler está tudo lá na minha mala, nunca saio sem ela. *Fala se gabando, bebendo um pouco de refrigerante.*

Azmaria – E nós sempre pensamos que conhece a pessoa e depois descobre que essa pessoa vê Isa TKM, escreve novelas mexicanas... E eu pensava que conhecia você Joshua, bom, pelo menos pensava. *Fala a menina pálida surpresa.*

Joshua – Ah! Coitada de Az. *Disse com ar de ironia.*

Azmaria – AH! Vai ver Isa TKM, vai! *Fala se levantando da cadeira.*

Joshua – Lave a boca quando falar de Isa TKM! *Revida o garoto furioso se levantando da cadeira também.*

Manoella – Parem! *Gritou bem alto a garota.* – Poxa só sabem brigar, brigar, já estou de saco cheio! Já chega, vamos embora, já acabamos de comer mesmo! *Exclama Manoella indo para o carro e reclamando.* – Briga, briga... Só sabem fazer isso, que saco!

Azmaria – Nervosa. *Fala se levantando para ir para o carro.*

Joshua – Concordo...

De volta para Londres.

A viagem foi bem tranqüila chegaram ao Rio de Janeiro e embarcaram direto para Londres. Manoella não conseguia parar de ler as novelas de Joshua, Azmaria dormiu basicamente a viajem inteira e Joshua escrevia os últimos capítulos de Amor de prata.

Chegaram ao aeroporto de Londres, parecia tudo tranqüilo, infelizmente só parecia. Manoella sentia que estava sendo perseguida desde que saiu do avião. Os três estavam esperando as malas quando a morena sentiu alguém puxá-la para trás e encostar uma faca em seu pescoço, mas só que não era uma faca comum, pois na ponta da faca saia fogo azul igual ao de Meti, o demônio que atacou o orfanato.

A garota virou um pouco o pescoço para trás e viu um par de chifres e um olho, Manoella gritou bem alto chamando a atenção de todo que estavam lá.

Azmaria – Manoella não se mexa! *Grita tirando uma arma da bolsa.*

Joshua atira no monstro com uma capsula de água benta bem no olho do demônio, Manoella consegue fugir e vai para perto de Azmaria, especificamente atrás dela e vê sua mala. A garota abre e pega suas agulhas que se for introduzida no corpo solta uma mistura de água benta e pólvora e o ataca com sete agulhas em pouquíssimos segundos.

Meti – Aah!! *Grita de dor.* – Manoella, nós nos encontramos novamente, você por acaso achava que aquele orfanato ridículo ia acabar comigo? Manoella, venha comigo para o meu mestre Aion, quem sabe eu deixo os seus amigos viverem, ou você prefere jogar sua agulhas ridículas?

Manoella – Seu feioso! Por acaso acha que vou me render sem lutar? E eu não uso só agulhas eu também uso bombas. *A garota fala com um sorriso enorme no rosto, e esta pega uma pequena bomba na sua mala e pula em cima de Meti, enfiando a parte pontilhada dentro dele e apertou um botão amarelo.*

A garota deu um impulso para trás, depois de dois segundos a bomba explodiu. O demônio virou pó, deixando um cheiro horrível de enxofre. Joshua, Manoella e Azmaria estavam bem, mas a moreninha ouve um grito de socorro.

Mulher – Socorro! Minha filha não respira! Socorro! Gabriela acorda, por favor! *Suplica a mãe desesperada por ajuda, abraçando a criança morta.*

Azmaria – Joshua, vamos ajudar. *Falou correndo e levando Joshua.*

Chegando lá, Joshua fez tudo para a criança reviver, mas não conseguiu. Manoella de longe vê tudo, o desespero, as lágrimas, a garota se ajoelha no chão e olha para o céu.

Azmaria – Joshua, o que ela está fazendo!? *Chama a atenção do loiro no chão.*

Joshua – Não sei... *O loiro levanta-se do chão e observa a menina, ele a ouve falar uma frase muito estranha, algo como “O meu senhor me permite?” e de repente um clarão em cima dela pôde ser visto.*

Manoella se levanta e vai até onde a criança morta estava e se ajoelha, chega perto do ouvido de Gabriela e sussurrou.

Manoella – Nosso pai disse que sim. *Quando a frase acabou, deu um beijo na testa de Gabriela, a garota respira e abre os olhos devagar, Manoella levanta do chão e da um lindo sorriso.*

Mulher – Você é um anjo? *Indagou a mulher olhando para Manoella e abraçando a filha.*

Azmaria – É melhor nós irmos embora! *Fala puxando os dois com as malas para fora do aeroporto.*

Continua...