Era noite e aquela maldita tosse não passava, Agatha estava deitada na cama, encolhida sentindo dores fortes. A cada dia que se passava ela se sentia cada vez pior, cada vez moída e sempre vinha em seus lábios o gosto amarga de desejar a morte de si.

Era difícil dormir daquela forma e na manhã seguinte havia "trabalho" como todos os outros dias. Por mais que fosse algo supostamente tranquilo de se fazer, era difícil, cada vez mais difícil e pesado faze-lo.

Mesmo sem saber bem o porquê, a ruiva estava chorando, em meio aquela tosse e dor, as lagrimas corriam em seu rosto como uma forma desesperada de dizer que aquilo que sinta era total e completa culpa dela e que merecia isso...

Seus olhos se fecharam e quando a mesma os abria novamente, ela se via como uma criança em uma casa completamente diferente de onde ela estava anteriormente, presa num quarto que ela nem ao menos reconhecia, mas tudo aquilo lhe soava familiar, lhe soava de alguma forma a sua casa.

Ela tentou abrir a porta branca a sua frente, mas estava trancada. Tentava abrir a janela, mas a mesma estrava trancada, ou melhor, pregada, realmente não tinha como fugir... Mas uma vez tentou abrir a porta, com força, a mesma tentava inútil abrir ou quebrar a porta de alguma maneira.

Mas seu corpo só doía mais e mais... E então, a Sorland voltava a chorar desenfreada e com intensidade, como o choro de uma criança até que a mesma se assustava com a voz que vinha do lado de fora.

"Você está chorando? Você merece! Porque você é um monstro que nem o seu pai, mas eu não vou deixar você ir. Eu não vou deixar você me abandonar!"

Agatha não fazia ideia do porquê, mas as palavras lhe machucavam, eram como se fossem palavras vinda de alguém importante, de alguém que realmente significava pra ela.

Seu corpo tremia com cada palavra, com cada repetição até o ponto dela gritar e gritar, se debater e bater em si para que o choro intenso parasse para que aquelas palavras lhe ferissem menos, para que a dor física fosse o mínimo de consolo que tivesse naquele momento...

Sem entender, só fazendo com sigo mesma, esperando que fosse o dobro de intensidade em comparação aquelas perfurantes palavras rudes de possessão, porem tão verdadeiras quanto o ar que respirava. Ela em momento nenhum negava aquilo...

É a ruiva tinha certeza que aquelas eram palavras reais e mesmo que ela não se lembrasse do seu pai, sentia que era real... Que realmente era como ele. Um monstro.

A tosse em sua garganta ficava mais intensa e um zumbido forte começava correr pelo seus ouvido, seus sentidos se perdiam e a única coisa que conseguia fazer era gritar mudo com o êxtase da dor.

Seus olhos mais uma vez se fecharam e sentia seu corpo ser sacodido de forma intensa e alarmante, mas mesmo assim, ela tinha medo de abri-los.

Agatha passou um tempo com os olhos fechados com força, ainda podia sentir as lagrimas correndo pelo seu rosto e seu ouvido doendo, demorou até ter um breve segundo de sanidade.

"Agatha! Acorda!" – era uma voz masculina que lhe passava um pouco mais tranquilidade e lentamente abria os olhos vendo com muita dificuldade o japonês a sua frente.

E quando se via novamente na cabana, ela se sentia um pouco aliviada, porem culpada de alguma forma.

"Perdão..." – ela deixou escapar em meio ao choro.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.