Na manhã seguinte, acordei cedo. E por incrível que pareça Mason já estava acordado, tinha feito o café e tudo mais.
- Nossa que irmãozinho prestativo! – Disse a ele ironicamente.
- há-há-há! – Disse Mason dando uma risada sem graça.
Quando ia colocar um pouco de café na minha xícara, ouvi a campanhinha tocar. Deixei a xícara em cima da mesa e fui abrir a porta. E pra minha “sorte”, era Tom.
- O que você quer aqui? – perguntei a ele furiosa.
- Ué Mel... Eu vim aqui pedir desculpas por ontem. Estamos de boa, não estamos? – Disse Tom, me entregando um buquê de rosas.
- De boa? Você acha que o que você Fez comigo ontem foi bom? Não Tom não foi! – Peguei o buquê de rosas da mão dele, joguei no chão e pisei em cima, esmigalhando as rosas – Eu não quero te ver nunca mais na minha vida. Acabou! – E antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, entrei em casa e bati a porta.
- Nossa! O que houve? – Disse Mason.
- Nada Mason, Nada. – Disse a ele.
- Como nada? Todo esse show aqui na porta de casa, pra ser .. nada?
- Se eu disse que não é nada, é porque não é e pronto! –Estava estressada. Subi as escadas, entrei no meu quarto e tranquei a porta.
- Mel abre a porta, me conta o que ta acontecendo. – Mason bateu na porta.
- Mason me deixa. Eu quero ficar sozinha! Vai embora. – gritei.
Deitei em minha cama, fiquei lá por horas pensando, até que dormi. Quando acordei, já eram umas sete horas da noite. Eu estava um pouco mais calma. Abri a porta devagar, olhei para o sofá lá em baixo e Mason não estava lá como de costume. Bati na porta de seu quarto e entrei, mas ele também não estava lá. Fiquei desesperada porque ele nunca sai sem me avisar. A noite estava fria, peguei apenas um casaco e fui atrás dele.
A rua estava escura, deserta. Confesso que era uma noite bem estranha. Mesmo assim, estava mais preocupada com Mason. Quando estava andando, pude ouvir alguns passos atrás de mim. Eu estava começando a ficar com medo, mas quando resolvi que iria voltar para casa, vinham alguns caras em minha direção. Começaram a mexer de longe comigo. Pelo menos por enquanto. Ficavam olhando e dizendo coisas do tipo “E aí gatinha!”. “Vem aqui comigo, gata”. “Ta com medo é, vem aqui.” E começavam a rir. Eu não ligava apenas apressei o passo. Mas, eles me cercaram. Eu gritava os mandando sair da minha frente, quando vi Mason correndo em minha direção também. Eu pensei Muito obrigada, to salva. Mason tinha um corpo definido e impecável, era forte. Podia muito bem “cuidar” daqueles moleques. Mas, eles eram muitos e eu ainda estava com um pouco de medo.
- Solta ela! – Mason dizia empurrando um dos caras.
- Ih rapá, não empurra ele não ta ligado? Não mexe cum meus amigo não tu ta ligado?! – disse um dos moleques dando ênfase no “tu”. E os erros dele que tava foda.
Mason, deu um murro certeiro no nariz de um dos caras que estava passando a mão em mim.
- Mason para, não faz mais isso. Só vamos embora daqui! – disse a ele com medo.
- Peraí mel, agora que ta ficando bom! – disse os encarando.
- Mason chega! Eles são muitos, vamos logo embora daqui antes que eles se revoltem! – Eu estava mais preocupada ainda.
- Tá. Tudo bem vamos logo então. – pegou minha mão e fomos andando depressa pra casa.
Enfim, chagamos em casa. Sentei no sofá e Mason sentou do meu lado me encarando.
- O que foi? – eu disse.
-Mel, você já pensou se eu não chegasse lá na hora? Já pensou no que poderia ter acontecido com você se eu não estivesse lá?
- Eu não quero nem pensar nisso. Mas, a culpa também foi sua!
- Minha?!
- É. Se você tivesse ficado em casa ou pelo menos me avisado que iria sair, eu não iria ficar preocupada e sair atrás de você pela rua igual uma louca!
- Mas, se você tivesse me dito o que tava acontecendo ou pelo menos não tivesse me mandado ir embora daqui, eu só acho que nada disso estaria acontecendo. – disse Mason.
- Você ta chateado comigo porque eu não te contei e te mandei ir embora né?! Olha, desculpa Mason. É só que você é muito protetor e isso às vezes me irrita. Eu sei que nós somos uma família. Eu e você. Mas, eu queria apenas um pouco de privacidade às vezes. Será que é pedir demais?
- Não Mel, tudo bem. É só que.. – o interrompi – eu sei, eu sei .. você se preocupa comigo.
- Eu prometo pra você que eu não vou ser mais tão super-protetor. Em alguns casos. – e sorrimos. Apoiei minha cabeça em seu peito, e nós ficamos lá assistindo TV por algumas horas.

POV Rose

Finalmente hoje era o dia de irmos ensinar Matt e Harry. Estávamos a caminho da floresta. O clima estava bom, como sempre foi aqui na Polônia. Eles pareciam animados, Jake estava dirigindo, ele não parecia tão bem, nem me atrevi a perguntar. Mas tenho quase certeza de que era sobre algo da escola. Assim que chegamos Harry saiu do carro, parecia uma criança.

- E então, vocês querem aprender mesmo? – Jake disse.
- É claro! E então por onde começamos? – Harry perguntou.
- Bom... Eu realmente não faço ideia de como ensinar isso a vocês, então... Ei, Rose. E aí como vamos fazer isso?
- Nós só precisamos ensiná-los o que é necessário. Isso não se aprende tão rápido, mas hoje eles já saberão alguma coisa. – eu disse.
- Não existe nós! – Matt disse.
- Como assim? – Perguntei, ele era tão ignorante e convencido, mas eu duvido se ele conseguiria me vencer em uma luta.
- Vocês têm que ensinar o Harry, não eu. Eu não preciso. – ele disse e voltou pro carro.
- Não se preocupe com meu irmão, ele tem esse lado machista. Não suportaria ter uma mulher ensinando-o algo do tipo. Mas eu não me importo, então vamos começar? – ele esfregou as mãos parecendo estar animado.
- Finalmente! – Jake disse.
Fui até Matt, ele estava sentado sozinho observando.

- E aí, ta gostando?
- É.. seu irmão luta bem. – senti como se ele estivesse debochando do meu irmão. Argh!
- É eu sei. Ele tem força e capacidade pra derrotar qualquer um. – disse a Matt, dando um sorrisinho maléfico.
- Ei Rose, vem me ajudar também. – disse Harry. Ele sim é um cavalheiro. Diferente do irmão dele.
- Tá, claro. – disse, indo em direção a Harry. Eu ensinei a ele quase tudo que eu sabia. Porque era impossível ele aprender tudo em um dia. Eu estava um pouco cansada, me sentei. Fui até Jake e perguntei se já deveríamos ir, estava quase anoitecendo. Ele disse que sim e que deveria ir a algum lugar.

Quando chegamos em casa, Jake partiu. Não estava bem humorado, então preferi deixá-lo ir.
Quando entramos em casa, Matt não estava mais tão aborrecido. Eu estava determinada a ir falar com ele – de novo – mas então, Harry veio até mim.
- Ei, Rose... Obrigado, você foi muito gentil. – ele sorriu.
- Disponha, sempre que você precisar estarei aqui. – sorri. Ele ficou me observando por um momento. Achei estranho mas, retribui o olhar. Então, ele se aproximou mais um pouco de mim e pegou em minha nuca, ele ia tentar me beijar. Mas, eu o afastei tirando sua mão de meu pescoço.
- Harry – engoli seco e gaguejei um pouco – eu .. não posso. – e subi depressa.

Fiquei pensando no que deu em Harry pra ele fazer aquilo. Ele é gentil, é atraente, mas eu... – interrompi meus pensamentos por um minuto, eu não poderia estar gostando de Matt. Havia tempos em que eu não conversava com Jake sobre essas coisas, desde que ele entrou naquela escola estava diferente.