Regression
Recomeçando
SHIELD – no dia seguinte
−Agente McQueen, por favor, entenda, é chato você querer ficar apertando minhas bochechas o tempo inteiro – Bruce pedia, com certa dificuldade pra falar já que a agente apertava suas bochechas.
−Além dela ter o nome do protagonista de Carros – Clint tirava sarro da situação.
−Vocês são gêmeos? – Lyla perguntou.
Bruce olhou para Clint e não soube o que dizer.
−Aham, somos sim. Ele é mais velho 90 segundos – Clint disse, afinal, inventar coisas do tipo era uma coisa que dominava muito bem.
−Não se parecem muito, a não ser pela cor da pele...
−Pelo visto ficamos igual ao papai na aparência – Bruce concluiu
−E iguais à mamãe na personalidade – Clint completou.
−Awn, que fofos – Lyla abraçou fortemente os dois ao mesmo tempo – pena que meu horário está acabando, agora quem vai ficar aqui com vocês é o Ross. Ele não é lá tão amigável. Tchau!
Ela acenou para eles e virou o corredor. Haviam decidido que a cada 2 horas um agente tomaria de conta deles e apenas a noite, Maria teria folga para ficar com os meninos. Era algo prático, mas algo cansativo pois tinham que contar sempre a mesma coisa para todos os curiosos dali.
Ross apareceu no corredor e olhou para os dois de forma ameaçadora. Chegou mais perto, Clint e Bruce engoliram em seco, e os olhou, avaliando-os.
−Filhos da Hill... como eu não sabia sobre isso?
−Porque ela não te contou? – era uma resposta e uma pergunta ao mesmo tempo que Clint havia feito.
−Insolente – Ross falava de forma fria.
−Olha, se é pra ser chato assim vá falar com a mamãe e não com a gente – Bruce revidou.
−Eu queria ver se era verdade, mas agora acredito que são filhos dela... mesmo temperamento.
−Menos a cara azeda, aí já seria muito insulto para um dia só – Clint falou fazendo uma careta.
−Se minha filha falasse isso de mim... – Ross sentou-se numa cadeira que havia ali próximo.
−Você tem uma filha? – Bruce tentava desviar o assunto, aquilo iria acabar em porcaria.
−Apresenta ela pra gente! – Clint sorria largo, mas sem mostrar os dentes.
−A SHIELD não é lugar para crianças.
−E estamos aqui – Bruce tinha um tom despreocupado.
−São filhos da Hill, tem praticamente alta autoridade sobre a maioria.
−Você é novo aqui né? – Clint perguntou sentando no chão.
−Há 6 meses Fury me informou que estava com uma baixa no numero de agentes e que não poderia cobri-la tão cedo, então me chamou – “Logo depois de ter acontecido isso...” Bruce pensou – estou aqui desde então e lidero uma parte dos agentes.
−Qual seu nível de influencia?
−Estou logo depois de Fury, Hill e Coulson.
−Espera, Coulson? – Bruce estava confuso
−Aquele Coulson que o Loki matou? – Clint ficou da mesma forma que Bruce.
−Esse mesmo. Não me perguntem detalhes, mas ele está vivo. O conheciam?
−Ouvimos falar. Nos disseram que ele foi um ótimo agente aqui, mamãe era a mão direita de Fury e ele a esquerda – Clint tentava processar o excesso de informação.
−Pretendem se tornar agentes algum dia? – Ross perguntou.
−Como assim?
−Vocês dois, pretendem trabalhar aqui também? Num futuro próximo ou algo parecido.
Clint quase falou “Eu já trabalhei aqui, gênio” mas segurou a língua.
−Quem sabe né – Bruce coçou a cabeça.
−Vai que eu resolvo virar professor ou encanador – Clint falou num tom de deboche. Ross o olhou com um olhar mortal – brincadeira, quero algo digno. Talvez eu entre pra alguma equipe daqui.
−Vocês são bons garotos, espero que consigam um alto cargo – Ross estava sendo amigável com os dois, coisa que acontecia raramente.
−Valeu tio – Clint sorriu e fez um legal com a mão.
−Ross, traga-os aqui. Pode voltar ao seu posto logo depois – Fury avisou pela escuta.
−Sim, senhor – ele respondeu. Logo em seguida seu celular toca – droga.
−O que foi tio?
−Só um instante – ele atendeu a chamada – Karen? O que foi?... O que? Mas não posso... Eu sei dos meus deveres de pai... tudo bem, pode trazer.
−Algum problema tio?
−Dia de sorte, minha esposa vai ter que sair e não tem com quem deixe minha filha. Está vindo pra cá agora. E Fury quer ver vocês.
Os três seguiram em direção à sala de Fury. Perceberam que muita gente estava ali.
−Vão, vou pegar Betty e depois podem fazer companhia a ela.
Eles entraram. Todos que estavam ali olharam para os dois e arregalaram os olhos. Eram estranhos, mas pareciam ser amigos. As únicas pessoas que os dois conheciam eram Nick, Maria e Phil... Phil!
Clint correu e o abraçou.
−Ahn... vá com calma rapaz – Coulson retribuiu o abraço que recebeu.
−Pensei que você tinha morrido – Clint afastou-se e o olhou.
−Esse é o Barton? – Phil estava maravilhado, Nick assentiu – minha nossa, realmente milagres acontecem...
−Espera, Barton você quer dizer o agente Barton? Tipo, o Barton Gavião Arqueiro? O que estava na batalha de Nova York anos atrás? – Jemma, uma que estava na nova equipe de Coulson, perguntou.
−Eu mesmo – os lábios de Clint estavam retos.
−Oh meu deus! – ela falou e o pegou nos braços, como se o menino fosse criança de colo – nunca tive a oportunidade de te conhecer pessoalmente.
−Comigo era a McQueen, com você é ela – Bruce ria – estamos é bem.
−Banner? – Coulson perguntou e Bruce assentiu – oh droga, quantos vingadores estão assim?
−Eu, ele, a Natasha e o Tony – Bruce disse.
−Não creio que conheci dois vingadores versão miniatura – Skye estava fascinada, ela pegou Bruce no colo.
−Os chamei aqui para apresenta-los a nova equipe de Coulson, aproveitando que estão por aqui hoje. Acredito que seja do interesse dos dois – Nick explicou.
−Quem é o pessoal ali que estão olhando estranho pra gente? – Clint estava sendo esmagado por Jemma.
−Grant Ward, o mais alto. Leonard Fitz, o mais baixo. Melinda May, a asiática. Essa que está esmagando-o é Jemma Simmons e a que está com Bruce é a Skye – Coulson explicou – não terei que me apresentar também não é?
−É, precisa – Clint falou com uma ironia explicita na voz – o Ward tem cara de quem esconde algo,
−Eu? Escondendo algo? Imaginação sua – Ward defendeu-se.
−Agora temos que ir, bom vê-los novamente – Coulson despediu-se e toda sua equipe retirou-se da sala.
−Me sinto como se tivesse sido mastigado pelo Kraken – Clint deitava no sofá que havia ali.
−Falei com McCoy e ele disse que o que aconteceu foi que aquilo os atingiu a nível molecular, por isso alguns não voltaram.
−Tipo eu, cara é um azar muito grande.
−Eu que o diga – Maria dizia de forma cínica.
−FURY FURY! TA ESCUTANDO? – os auto-falantes da sala começaram a funcionar, era a voz de Tony – não sei como explicar isso, vem pra torre agora! E trás o legolas e o verdão também.
Torre Stark – no mesmo dia
Natasha acordou com a cabeça pesada. Pepper havia ajeitado um quarto para a menina temporariamente enquanto planejava um quarto decente. Não estava acostumada a dormir sozinha, então não conseguiu dormir direito.
−Bom dia Natasha! – Pepper entrou no quarto e sentou-se na beirada da cama da menina.
−Bom dia Pepper – Natasha estava com olheiras terríveis.
−Não dormiu nada não é?
−Muito pouco – a ruiva menor bocejou.
−Com quantos anos o conheceu?
−Conhecer quem?
−Clint.
−Ah, eu tinha acho que uns 20 ou 21 anos... por que?
−Agora pode dizer que o conheceu antes dos 10 – Pepper sorriu e Natasha entendeu o que ela queria dizer. A abraçou carinhosamente.
−Uhuul! – ela ouviram o grito, devia ser de Tony.
−Ele ganhou na loteria? – Natasha perguntou.
−Ele faz isso algumas vezes, dá pra acostumar.
−Gente eu voltei! – ele entrou no quarto quase arrancando a porta. Estava normal outra vez. Normal do tipo que era adulto de novo e estava comemorando por isso.
−Como isso aconteceu com você? – Natasha e Pepper tinham um lindo e grande ponto de interrogação no meio da face.
−Eu sei lá, mas aconteceu! Vou ligar pro tapa olho – e saiu correndo.
Natasha e Pepper entreolharam-se. Levantaram imediatamente e foram até onde Tony estava.
−FURY FURY, TA ESCUTANDO? Não sei como explicar isso, vem pra torre agora! E trás o legolas e o verdão também.
Desligou rapidamente depois de dizer a ultima palavra. Ele pulava de alegria. Puxou Pepper e a beijou de forma apaixonada.
−Não vou ter que ser filho de mim mesmo – ele estava quase chorando de tanta felicidade.
−Mas vai ter a responsabilidade de ter uma filha – Pepper disse, lembrando que Natasha havia ficado daquela forma permanentemente.
−Isso é fácil, Romanoff sabe se cuidar.
−E quando ela começar a namorar? – Pepper arqueou uma sobrancelha.
−Tenho minhas armaduras e não tenho medo de usá-las – ele estava convicto.
Natasha riu daquilo.
−Papai – a ruiva menor falou de forma irônica e riu ao mesmo tempo.
−Senhor, o diretor Fury chegou – Jarvis avisou.
−Mande-o entrar – Tony sentou-se em seu sofá, esparramado.
Alguns minutos depois Nick entrava na sala acompanhado de Banner e Barton. Tinha dado a desculpa na organização que iria passear com os filhos da Hill, por um bom motivo. Esse, claro, que ele não especificou.
Assim que Natasha viu Clint, correu para abraça-lo. Os dois ficaram daquela forma por um longo período de tempo.
−Stark, como você...
−Não faço a mínima ideia, só sei que voltei – ele levantou os braços em sinal de alegria.
−Então você é retardado Tony – Bruce disse.
−Já chega no elogio, oi pra você também protótipo de Banner – Tony ficou com a cara azeda.
−Não cara, é que demorou mais pra fazer efeito em você. McCoy disse que se passasse dos dois dias, era permanente. E você ficou bom só no segundo, então é um retardado – Bruce não conseguia conter o riso.
−Ah sim, beleza então. A mini-aracne vai ficar como minha filha mesmo?
−Sim. Agora que ficaria bem mais lógico, Stark. Suponho que terão um ótimo relacionamento como pai e filha. Ela faz bem o perfil de alguém vindo de você – Nick falou calmamente. Isso irritou um pouco Natasha.
−Nick, eu entendo quando a Maria as vezes quer arrancar sua cabeça fora – a ruiva disse com os braços cruzados.
O telefone de Nick tocou.
−Fala Hill.
−A filha do Ross está aqui e ele teve que ir pra Calcutá. A mãe só volta amanhã. O que eu faço?
−Bom... – ele olhou para Stark com aquele sorriso que todos conheciam e ficavam preocupados ao ver – preciso de carona. Venha para a torre e traga a menina. Acho que Tony pode cuidar disso.
E desligou.
−Tenho cara de dono de creche?
−Na verdade tem cara de mafioso, mas dono de creche também serve.
−Quem vai vir?
−A filha do Ross. Conhece?
−Eu já a vi – Pepper pronunciou – Karen, a mãe dela, é minha amiga. Betty é uma criança adorável.
−Pelo menos ela vai ter companhia aqui – Bruce concluiu.
−Vê se vocês não levam a menina pro mal caminho – Tony gralhou, com uma voz estranha.
−Senhor, Maria Hill chegou e já está subindo. – Jarvis avisou. Poderiam achar que qualquer um ali trabalhava muito, mas ninguém superaria o Jarvis.
A porta do elevador abriu-se e Maria saiu de lá junto com a pequena Betty. A menina estava um pouco envergonhada por não conhecer ninguém ali.
−Ei, você é a Betty não é? – Bruce perguntou – a filha do tio Ross.
−Sou eu mesma – ela respondeu com uma voz doce – mas não sei o seu nome...
−Bruce – ele sorriu sem mostrar os dentes – vem, vou te apresentar pro pessoal.
Edifício Baxter
−Johnny!! – os gritos de Ben eram ouvidos por todo o prédio.
−Que foi que eu fiz agora? – o menino havia acabado de acordar.
−Poderia explicar porquê minhas roupas estão queimadas? – o Coisa estava injuriado .
−Ah, pensei que estavam amontoadas para fazer uma fogueira – Johnny tinha cara de culpado.
−Só não te bato porque a Sue não iria gostar – Ben saiu da sala que soltando fogo pelo nariz, se isso fosse possível é claro.
Johnny fez uma careta e revirou os olhos ao mesmo tempo. Jogou-se no sofá e ligou a tv.
“Todos ficaram espantados, Tony Stark tem uma filha com Pepper Potts e apenas agora, que a menina tem 10 anos de idade, ele a mostrou ao mundo. A pequena Natasha foi vista hoje de manhã entrando na torre dos Vingadores junto com os pais. Segundo Tony, esta era a melhor hora para realmente ter a filha em sua vida”
−Ontem ela, hoje você. Vamos Johnny – Sue chegou na sala chamando o garoto.
−Vamos aonde? – ele olhou pra ela curioso.
−Não tem comida aqui, temos que almoçar em algum lugar. Automaticamente vão te ver e vai acontecer uma coisa assim – ela indicou o noticiário.
−Eba! – ele levantou com um pulo.
−Mas não pode usar os poderes.
−O que? Como assim?
−Imagina: o Tocha Humana sumiu. Eu e Reed aparecemos com um filho na mesma época e que tem os mesmos poderes... não acha que iria ficar mais estranho do que já é?
−Vivemos com anomalias, isso não seria diferente – Johnny tinha um tom despreocupado.
−Isso é sério Johnny – Sue cruzou os braços – não podemos arriscar.
−Ta bom, ta bom, vou me comportar.
Eles saíram. Reed estava os esperando lá embaixo.
Eles foram a um restaurante chinês. Minutos depois que a comida chegou, alguns curiosos os olhavam. Johnny acenava uma vez ou outra e Sue o repreendia de forma discreta.
−Com licença – uma repórter chegou perto da mesa em que estavam – teriam um minuto?
−Ah – Sue estava desconcertada – claro.
−Bom, o Quarteto sumiu durante os últimos 6 meses. Todos ficaram realmente preocupados. Pareceu que a maioria dos heróis sumiram, na verdade. O que aconteceu?
−Tivemos negócios para resolver – Reed disse – foi como uma convenção de equipes onde a presença de todos era requerida. Por isso estivemos ausentes.
−Já podemos ver você e sua esposa andando por aí, o Coisa também foi visto. Mas o Tocha não, qual o motivo da ausência dele?
−Johnny resolveu tirar férias – Sue respondeu de forma convicta – ele estava cansado e viajou, não sabemos para onde.
−E este pequeno seria...?
−Jonathan Richards. Nosso filho. Meu irmão fez questão de que queria o sobrinho com o nome dele.
A repórter ficou pasma. Aquilo daria uma notícia e tanto, capaz de render até uma promoção para ela no emprego.
−Filho? Como nunca ninguém soube sobre ele?
−Enfrentamos muitas coisas que eram um risco até para nós, não queríamos que nosso filho se envolvesse. Ele foi criado por uma pessoa da família e agora decidimos que é um momento em que ele deva ficar com os pais – Sue disse com um pequeno sorriso – não é Johnny?
−Sim, mamãe – Johnny respondeu da forma mais meiga que pode.
−Agora queríamos comer em paz, poderia nos dar licença? – Reed perguntou.
A repórter assentiu e saiu dali. Sue sentiu um alívio muito grande assim que não tinha mais aquela mulher em seu campo de visão.
−Mas que cara de pirarucu – Johnny reclamou mais alto do que devia. Reed começou a rir a ponto de cuspir o suco que estava bebendo.
−Fala baixo Johnny – Sue não sabia se ria ou se chorava.
−Mas é sério, vocês viram a cara de lixo dela! Pensei que meus olhos fossem sangrar – ele puxava a pele do rosto para baixo, afim de fazer drama.
−Olha que te faço ir pra escola de novo... – Sue tentava prender o riso.
−Olha a brincadeira de mal gosto, você foi pra lá também, sabe que é horrível.
−Exatamente por isso que vou te mandar. Perdi a fome – Sue soltava o garfo que estava segurando.
−Sue eu quero picolé – Johnny disse.
−Nem terminou de comer ainda.
Johnny fez uma cara de choro.
−Mamãe, por favor, eu quero picolé! – ele começou a berrar no meio do restaurante
Sue colocou as duas mãos no rosto e abaixou a cabeça.
−Johnny, para com isso – Reed tentava acalma-lo.
−Mas eu quero picolé papai! A mamãe não deixou, mas eu quero! – ele continuava a falar alto e em um tom de choro.
−Dai-me paciência senhor – Sue respirava fundo. Tentando manter o controle para não bater no irmão.
Casa do Selvig
−Jane, me ajuda – Darcy pedia, quase implorando.
−Não tem em que te ajudar Darcy, isso só você pode fazer.
−E se ele acabar como aqueles outros rejeitados que acabam se suicidando? Não sou assassina! Mesmo indiretamente, mas nem assim.
−Calma – ouviram a campainha tocar – ele chegou.
Jane abriu a porta para Ian entrar.
−Doutora Foster! Que bom que voltou ao normal.
−Bom te ver também Ian – Jane respondeu amigavelmente.
−Oi Ian – Darcy estava meio desconfortável.
−Oi Darcy, algum problema?
−Não. Quer dizer... sim, tem. Senta aí.
Ele sentou. Darcy realmente não fazia ideia de como falar aquilo.
−Seguinte, nesse tempo que eu fiquei lá com a Jane junto com os outros que acabaram ficando pequenos também, conheci uma pessoa. E acabei por gostar da criatura...
−Ta terminando comigo?
−Tipo isso. Só não queria que ficasse magoado.
−Tudo bem, eu entendo... – Ian estava evidentemente triste após ouvir aquilo – bom, vou indo então.
−Tchau – Darcy sem ter mais o que falar.
Ele atravessou a porta e foi embora.
Darcy jogou o corpo no sofá e respirou fundo.
−Viu, conseguiu.
Instituto Xavier
−Onde está indo Wanda?
−A um lugar, por que?
Ela havia vestido uma roupa mais arrumada e procurava por sua sandália, coisa que não achava pois Pietro havia escondido. Ele queria que ela falasse onde ia.
−Vai sair com o capitão?
−Isso não é da sua conta. Agora onde está a sandália?
−Wandinha... Wandinha... diga logo.
−Tudo bem. Steve me chamou para ir ao cinema com ele. Problema?
−Agora sim – ele abriu o armário dela e tirou a sandália da prateleira mais alta.
−Se me seguir será um homem morto – ela pegou a sandália bruscamente e calçou.
−Não. Do jeito que vocês são é capaz de verem um filme sem graça.
−Sem graça é você, desbotadinho.
−Já falei pra não me chamar assim por causa do cabelo – ele fechou a cara para a irmã. Esta que riu da reação dele.
−Desbotadinho.
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