Reencontro
Revelações
Valerie acordou bem cedo, se arrumou e estava saindo quando sua mãe te chamou:
-Filha, você não vai sair antes de tomar café.
-Mas mamãe eu preciso muito ir, eu preciso falar com Henry, antes que ele saia. Já volto, prometo.--disse Valerie saindo, antes que a sua mãe argumentasse e a impedisse de sair.
Valerie saiu a procura de Henry, mas foi Henry que a encontrou.
-Valerie?!-chamou Henry.
-Henry!Estava te procurando.--disse Valerie.
Henry estava arrumando as coisas para ir a procura do corpo da avó de Valerie.
-O que foi?O que aconteceu?--perguntou Henry.
-Será que você poderia ficar no vilarejo comigo? Preciso te falar umas coisas.
-Claro!Posso sim. Só preciso entregar as coisas e avisar que não vou mais.--disse Henry.
-Não tem problema mesmo? Eles não vão achar ruim?
-Não eu falo que você pediu para eu ficar, pode ser?
-Pode!--disse Valerie.--Então eu vou para a minha casa para tomar café se não minha mãe surta. Ai você vai lá me chamar assim que tudo estiver resolvido?
-Claro!Sim eu vou.--disse Henry.
-Então, até mais.
-Até--respondeu educadamente Henry.
Valerie estava se dirigindo para a sua casa distraidamente com a cabeça baixa, quando esbarrou em alguem.
-Me desculpe--disse Valerie levantando a cabeça. Quando viu quem era disse:--Ah, vejo que você conseguiu chegar aqui sem se perder. Ou estou errada? Foi dificil de encontrar?
-Não, não foi.--disse a pessoa.
Valerie sorriu, mas um sorriso fraco.
-O que você está fazendo? Erick, certo?--perguntou Valerie.
-Vou procurar o corpo de alguem ai, não sei ao certo de quem é. Só perguntaram se eu queria ajudar, ai eu aceitei, para causar boa impressão.
-Ah. O corpo desaparecido é da minha avó--disse Valerie, incomodada e chateada.
-Oh, sinto muito! Bom agora acho que tenho que ir, que eles falaram para estar lá cedo. Vou me esforçar o maximo para achar o corpo da sua avó. Nos vemos depois.
-Ok, obrigada, Erick.
Valerie se dirigiu para sua casa, ela ficara pensando 'até que ele parece ser um cara legal para se fazer amizade'.
Chegando em casa sua mãe já veio dizendo:
-Você tem que parar com essa mania de sair sem tomar café da manhã. Vai tomar que está tudo na mesa.
Valerie só sorriu. Mas quando estava preste a sentar na mesa bateram na porta. Ela havia pensado que era Henry, e se envergonhado de ter enrolado, enquanto ele foi arrumar tudo rapido, mas quando abriu a porta eram as amigas dela.
-Ah! Oi gente.
-Oi--disse Prudence e Rox juntas.
-Entrem, vou tomar café, vocês querem?
-Não obrigada flor--disse Rox.
-Vamos andar por ai?--perguntou Prudence--Lógico que depois que você tomar café.
-Não posso, preciso falar com o Henry sobre uns negócios, Desculpem, pode ser outro dia?
-Pode sim.--disse Prudence.--Valerie faz tempo que eu não vejo o seu pai. Aconteceu alguma coisa? E ele nunca mais apareceu em nenhum lugar.
-Meu pai também está desaparecido Prudence. Não sei onde está.Por que?--disse Valerie fingindo chorar.
-Ah rolaram boatos do tipo.Sinto muito.--disse Prudence.
Valerie começou a tomar café, quando acabou as meninas ainda estavam lá, e Henry ainda não tinha chegado.
-Nós encontramos Erick, quando estavamos a caminha daqui. Ele é muito lindo e simpatico.--disse Prudence.
-To vendo que você está caidinha nele, não é mesmo Prudence?--brincou Valerie.
Bateram na porta, Valerie foi atender.
-Henry! Entra, por favor!--disse Valerie.
Henry entrou.
-Oi Henry querido.--disse a mãe de Valerie.
-Oi.--respondeu educadamente. Valerie o guiou até a cozinha.--Oi meninas.
-Oi--disse elas juntas.
-Bom, já estávamos de saída. Vamos Prudence--disse Roxanne, que sabia muito bem o que Valerie iria conversar com Henry. As duas se dirigiram para a porta.--A gente ve você mais tarde. Tchau.
As duas sairam, deixando Henry e Valerie na cozinha sozinhos.
-Vamos em um lugar que podemos conversar tranquilos, sem ninguém para interromper. Você sabe onde?
-Sei sim, vem.--disse Henry a guiando pela porta.
Eles foram direto para a ferralheria. Quando Henry teve certeza de que ninguém estivesse naquele local, trancou ele todo e puxou dois bancos para os dois.
-Está bom aqui?--perguntou.
-Sim, claro!--disse Valerie.--Bom Henry, você perguntou aquele dia o que tinha acontecido.
-Sim!
-Pois é, eu vou te contar, mas prometa que você vai me ouvir primeiro e depois tirar suas conclusões, sem me julgar, por favor. Porque o que eu fiz pode te chocar.
-Nossa Valerie, desse jeito você está me assustando.
-Não precisa ficar com medo, nem assustado, eu vou contar tudo sem nenhuma virgula faltando...--Valerie contou novamente a história que ela contara para Roxanne e para sua mãe, tambem emitindo o final desastroso com Peter, finalizando com:--Não tive escolha, ou eu matava ele ou ele me transformava, ou entao até me matava. Você me entende?
-Você matou o seu pai?
-Não tive escolha--repitiu.
-E ele matou todos ao seu redor que você mais amava. Mas Valerie você tem certeza que era ele? E se for Peter? Ele desapareceu depois daquele dia, ninguem mais o viu.
-Eu tenho certeza absoluta que era o meu pai, e não Peter.--disse Valerie.
-Mas Valerie, você não está tentando inocentar Peter, está?--acusou Henry.
-É claro que não. Eu posso amar ele, mas se ele tivesse tentado me morder eu teria matado ele do mesmo jeito que eu tive que matar meu pai.--Valerie mentiu, pois ela faria qualquer coisa para ficar ao lado de Peter--Você não está acreditando em mim?
-Claro que estou! Quem sou eu para não acreditar em você Valerie? Eu acredito em você, e te entendo. Sei que você deve está sofrendo, e sei o quanto. Ter que matar o próprio pai.
-Eu sei. Não caiu minha fixa ainda.
-Fique tranquila. Eu estarei com você sempre, mesmo que eu saiba que você não me ame como eu amo você.
Valerie chorou mais ainda e se jogou no abraço de Henry. Ela reconhece que pode ser feliz com Henry, pela pessoa maravilhosa que ele é. Mas ele como amigo já era o bastante.
-Eu amo você Henry, mas não como marido, como um irmão, como um irmão mais velho preocupado. Muito obrigada.
Henry sorriu e disse:
-Acho que isso basta, o seu amor de irmandade. Vamos mudar de assunto, por favor, isso está te chateando, que eu estou percebendo.
-Pra mim tudo bem, não aguento mais falar de coisas tristes.
-Você viu o novato?--perguntou Henry
-Sim sim, eu conheci ele ontem indo para casa da minha avó, ele estava perdido pelo caminho e eu mostrei onde ficava o vilarejo. Ele parece ser muito legal, pelo que a gente conversou hoje.
-Ele é sim. Só espero não te perde para ele.--disse Henry preocupado com a competição.
Valerie se incomodou mas não deixou transparecer. Odiava que sentissem ciumes dela.
-Não precisa se preocupar, ele não vai passar de um amigo.
-Assim como eu--disse Henry.
Eles conversaram a tarde inteira até escurecer. Valerie voltou para a sua casa.
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