Reencontro
O Mistério
Valerie foi andar com Erick até a casa de Lira e de Clamentine, eles tinham resolvido dar uma passadinha lá, para falar com elas sobre algumas coisas.
- Você na acha que deveríamos ter chamado o pessoal?—perguntou Erick.
-Depois a gente conta tudo para eles, precisamos ver algumas coisas, e não podemos perder tempo chamando um e outro. —disse Valerie.
-A tá.
Erick estava ajudando Valerie andar já que o pé estava torcido. Erick era uma pessoa boa, sempre querendo o bem de todos.
Valerie deu um gemido quando viu Rose vindo em direção aos dois.
-O que aconteceu?—perguntou Erick sem ter percebido quem estava vindo, apesar dele não conhecer Rose.
-Tem uma pessoa que eu não queria ver nem pintada de ouro que está vindo.
-Quem?—perguntou Erick.
-Rose.
- Valerie? Que surpresa, não imaginaria que você iria agarra o novato antes de mim. —Rose deu uma risadinha de sarcasmo. —Não vai me apresentar não?
-NÃO!—disse Valerie.
Erick tentou puxar Valerie para que ela não passasse nervoso, mas Rose o impediu.
- Sabe você é bem bonito, que tal algum dia a gente não possa sair por ai para conversar, e nos conhecer melhor?
- Muito obrigado, mas já estou interessado em outra pessoa. —disse Erick educadamente.
-Ah é? Em quem? Valerie?
-Não é da sua conta. —disse Erick perdendo sua paciência e puxando Valerie pela cintura.
Quando eles estavam longe dela, ele disse:
- Nossa essa menina parece não ser digna de confiança.
-Não é mesmo.
Eles foram em silêncio ate que chegaram na casa das meninas.
- O que desejam?—perguntou o segurança.
- Queríamos falar com a Lira e Clamentine. —respondeu Valerie.
- Aguardem ai!—disse o guarda em um tom mal-humorado.
Os dois ficaram sozinhos do lado de fora do portão.
-E ai como você e Prudence estão?—perguntou Valerie.
-Eu pedi ela em namoro hoje, antes de encontrar você na floresta.
-E ela?—perguntou Valerie curiosa.
-Falou que precisava pensar, e que hoje a noite me dava a resposta. —ele respondeu.
-Vai dar tudo certo.
-Valerie!—chamou Lira contento em ver Valerie.
-Oi Lira. —respondeu Valerie carinhosamente. —Tudo bem?
-Tudo sim, oi Erick, entrem, por favor!—disse Lira
Valerie e Erick entraram. Valerie perguntou do resto de pessoal, Lira disse que eles tinham ido caminhar, porém Lira estava com indisposição para fazer qualquer exercício físico.
-Mas pelo jeito foi bom eu não ter ido, já que se eu tivesse ido, eu não poderia contar isso que eu estou prestes a falar.—sussurrou Lira.—Eu queria muito contar isso a vocês no dia em que nós conversamos, e vocês contaram a verdade para gente, pode ter sido duro ouvir a verdade, mas ninguém nos disse a total verdade de tudo, apesar de eu e minha irmã sempre sabermos de algo.
-Como assim?—perguntou Erick.
-Eu e minha irmã a gente líamos os livros que tem na biblioteca, e sempre tem algo sobre o meu pai, porém ninguém sabe alem de vocês, por favor, não falem pra ninguém a não ser os seus amigos que estavam com a gente. —novamente Lira sussurrou
-Pode deixar!—disse Valerie. —Mas explica direito pra gente, por favor.
Foi ai que Lira gelo, e olhou para Valerie.
-O que foi Lira?—perguntou Erick.
Lira olhou para trás e viu o guarda vigiando eles.
-Vamos para biblioteca, porque aqui não podemos ter privacidade. —dessa vez Lira quis que os guardas a ouvissem.
Eles foram para a biblioteca, onde Lira pegou um livro e depois uma bolsa.
-Leve, leia tudo, sem pular nenhuma vírgula, tem tudo sobre as lendas e o que acontece, principalmente sobre descendentes de lobisomens, e também de quem foi mordido, nem tudo está perdido Valerie. —disse Lira, o que causou um arrepio na espinha de Valerie, era como Lira soubesse de algo, mas não teve tempo de Valerie perguntar nada, pois um guarda apareceu na porta e Lira se adiantou —Valerie você precisa ir embora antes que eles percebam o que a gente esta fazendo.
-Ok! Tchau Lira, até mais.
Erick também se despediu de Lira.
Quando eles estavam lá fora sem nenhum guarda Erick perguntou:
-Será que ela sabe de algo?
-Não sei, parece.
-Pra uma garotinha de 9 anos ela é bem esperta.—disse Erick.
-Coloca esperta nisso. —disse Valerie ainda em choque.
Valerie foi para casa dela deitou na sua cama e abriu o livro, começou a ler:
O inicio da História:
Tudo começou com uma simples mordida de lobo, mas não a mordida de defesa e sim uma mordida de raiva, mordida de vingança, uma mordida amaldiçoada. Ninguém sabe da história verdadeira, mas a mais provável é a de um camponês...
-Valerie?—chamou Henry fazendo com que ela desse um pulo.
-Henry? O que foi?—perguntou Valerie.
-Vamos?
Valerie o olhou com um olhar interrogativo.
-Vamos para fogueira Valerie. —disse Henry.
-Ah claro! Tinha esquecido. —Valerie pegou a sua capa e colocou o livro de baixo do colchão para que sua mãe não visse.
-O que houve? Que livro era aquele que você escondeu?—perguntou Henry.
-No caminho te explico tudo, mas aqui dentro não dá. —disse Valerie.
Eles saíram, Valerie estava andando tranquilamente quando Henry ficou na sua frente e disse:
-O que aconteceu no tempo que estava na ferraria?
-Eu e Erick fomos à casa das filhas de Solomon, e Lira estava sozinha, pois o pessoal tinha saído para caminhar, tinha uns guardas cuidando dela. Ela me emprestou aquele livro que estava lendo no meu quarto, ela disse sobre mordida de lobo, e de nada está perdido para mim. Eu e o Erick achamos que ela saiba de algo sobre mim, e sobre Peter, só não sabemos o quê, e eu estou quero ler aquele livro poder entender sobre o que está acontecendo. —explicou Valerie. —É como se as meninas saibam mais que a gente.
-É claro que sabem mais que a gente, já que quem era o pai delas era o Father Solomon. —disse Henry.
-Henry, ninguém além de nós sabe que elas sabem dessas coisas sobre lobisomens, não fala nada pra ninguém nessa noite, Victor vai está lá e ele não pode saber de nada do que a gente está querendo descobrir, então sem comentários. —explicou Valerie.
-Tudo bem! Mas por que ela quer que nos ajudar?—perguntou Henry.
-Talvez porque simplesmente nós fomos os únicos que contamos a verdade absoluta, sem esconder nada. —respondeu Valerie com o olhar vago. —Era somente disso que elas precisavam, por mais que posso doer a verdade.
Henry somente olhou Valerie e abaixou a cabeça.
-Eu tenho que contar outra coisa para você depois, mas depois. Não sei quando, quem sabe só quando estiver pronta para contar. —disse Valerie.
-O quê?
Quando Valerie ficou em silencio Henry percebeu que ela não queria ser pressionada a contar algo que ela ainda não queria mencionar nem para ele, então disse:
-Desculpa Valerie. Mas quando estiver pronta, e precisar pode me contar o que quiser.
-Obrigada Henry. —agradeceu Valerie.
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