VICK – Sim, Heriberto, vá trabalhar.Ela disse com o rosto frio segurando o celular com raiva.

HERI – Eu amo você!Desligou e olhou Antonela.Obrigada pelo café assim que Bento chegar peça a ele para vir aqui.

ANTONELA – Doutor, precisamos conversar sobre minhas férias.ela disse sorrindo para ele.

HERI – Essa parte não é comigo é no administrativo.Bebeu de seu café.

ANTONELA – Eu quero saber porque meu noivo quer viajar.ela disse sorrindo. O senhor está separado? Ainda está separado?estava sendo gentil e não incherida ela gostava de cuidar dele.

HERI – Viaje sim é sempre bom viajar com quem se ama!Não, eu e Victória já nos acertamos!Falou sorrindo.

ANTONELA – Que bom porque o senhor estava no mau humor que ninguém estava aguentando.Ela segurou a boca e ficou sem graça.Me desculpa, Doutor Heriberto, falei demais!Mas a sua esposa mulher conhecida em todos os lugares que o senhor estava mesmo muito insuportável!

Heriberto soltou uma gargalhada.

HERI – Você é ótima, Antonela.Eu sou assim tão chato sem minha esposa?

ANTONELA – Você é um horror, Doutor é melhor ficar com ela mesmo!Deus me livre do Senhor andar por aí xingando e demitindo as pessoas!Tão bom quando o senhor é educado.

Ele riu mais ainda.

HERI – Eu vou levar isso em conta.

ANTONELA – Pode levar, Doutor e quando eu encontrar com sua esposa, vou dizer a ela que é melhor ela ficar sempre perto do Senhor porque ninguém vai aguentar!Ela começou a rir pego os papéis que estavam em cima da mesa dele e disse sorridente.Você deseja mais alguma coisa?

HERI – Só que quando Bento chegar venha até minha sala... muito obrigada!

ANTONELA – Pode deixar, Doutor...Acho que eu vou ficar por aqui mesmo, Dr. Bento acabou de entrar.

Bento veio na direção dele com os olhos como se não tivesse dormido absolutamente nada a noite inteira e se sentou na cadeira em frente a dele.

BENTO – Antonela, me traz um café!

ANTONELA – Pode deixar, Doutor, vou trazer agora!

Heriberto caiu na risada.

HERI – Apanhou?

BENTO – Apanhei, mas você sabe de quê né!Apanhei a noite inteira!Ele deitou a cabeça na mesa dele e suspirou.

HERI – Eu nem te vi ir embora! Nem conseguiu dar tchau!Ele riu mais.

Ele levantou a cabeça e olhou para ele de modo muito direto.

BENTO – Eu não estou condição de fazer nada!Eu sou um homem destruído hoje.

HERI – Então, por que veio?Tomou uma surra de bunda?Zombou dele e gargalhou.

BENTO – Você me disse que precisava de mim, eu estou aqui mas eu acho melhor ir para casa.Tomei surra de bunda, surra de xereca, surra de peito, surra de tudo que você imaginar, Heriberto, ela tava com demônio!

HERI – Eu preciso do médico, não do espantalho!Heriberto gargalhou de se curvar.Meu amigo como está andando?Aiii!Ria enquanto falava.

BENTO – Estou andando mal, não quero você zuando!Zuando um homem que não tem condição de te responder à altura.

HERI – Eu peguei Victória de jeito e até operar, eu operei.Sua mulher é boa mesmo.Falou com respeito rindo.

BENTO – Para de elogiar a mulher dos outros, Heriberto!Eu em, você com a sua mulher lá e prestando atenção na mulher dos outros pelo amor de Deus!

Heri riu mais.

HERI – Eu não estou ajudando e nem prestando atenção na sua mulher apenas estou constatando que você é meio homem pra ela!Era pura provocação.Olha como está!Não aguenta nada, precisa de treino pra ser inteiro porque aposto que ela já está cuidando da casa e das crianças.Riu imaginando.

BENTO – Ela está é caída, destruída dormindo até agora, eu tenho certeza que quem está bem é Vic porque você tá um velho!Ele soltou uma gargalhada e Heri riu.

HERI – Eu estou mesmo, bati três e cai dormindo.Gargalhou de novo.Vá pra casa dormir com sua mulher, eu arrumo outro pra segurar a pinça!

BENTO– Eu não posso dormir com ela ela vai acabar de arregaçar comigo, Heriberto!Ele disse todo risonho e se levantando para sair, mas sentindo dor em tudo quanto é lugar começou até a mancar.

BENTO – Você é um bom amigo, somente um bom amigo perdoaria uma falta como a de hoje.

HERI – Eu perdoo, sim, mais amanhã vai me cobrir que não venho.Olhou ele.Vá a enfermaria e peça um relaxante e deite em um dos quartos de médico para não correr o risco de ser atacado.Riu mais.

Bento riu e agradeceu com a mão e depois saiu dali com um sorriso no rosto estava arrebentado, mas feliz,era um homem realizado com sua esposa.

Heriberto foi para sua cirurgia que durou algumas horas o que atrasou seu almoço com Victória, mas ele avisou que a pegaria as quatro sem falta e ela seguiu trabalhando. Fernanda passou o dia na faculdade sem comer ou beber água e isso teve consequências quando ela decidiu sair para ir embora sentindo que o mundo girava as mãos trêmulas e sua ela perdeu os sentindo caindo no chão branca feito papel por não comer direito desde o dia anterior.

Um colega de sala Cruz de imediato correu até ela é ligou para Victória que pediu para chamar a ambulância e a levarem para o hospital do pai e assim ele fez e dez minutos depois eles estavam no hospital.Heriberto veio apressado para ver sua filha que estava branca feito papel e a examinou junto à outra médica e ela foi colocada no soro pois estava desidratada...

Depois de constatar que ela estava bem foi até Victória que estava sem saber como se sentir em relação a filha, não podia acreditar que ela tinha passado todo dia sem comer, sem beber e que tinha cumprido quela promessa.Ela estava sem entender e esperou por ele...

VICK – Amor, nossa filha...

HERI – Ela não comeu, Victória.Ele falou suspirando.Ela saiu de casa sem comer por quê? Eu a deixei na mesa já com prato pronto.

VICK – Meu amor, ela queria uma barganha idiota, disse que só comia se eu a contasse como se faz sexo as avessas, eu não podia ela queria saber nossa intimidade,minhas e sua.ela disse com pesar.

Heriberto suspirou.

HERI – Você não sabe contar histórias pra sua própria filha?Não precisava dizer de nos dois! Apenas contasse uma história!Ela tem que comer.Bufou nervoso.

VICK – Heriberto!ela falou com raiva olhando ele.Não podia, eu não pensei que ela estava falando sério.Não pensei... eu nunca deixaria nossa filha assim.

HERI – Você sabe como ela é e cumpre o que diz.Eu vou ver se ela já acordou e pedir algo leve para ela comer.Ele virou pra sair.

VICK – Amor...ela disse nervosa indo com ele.Eu vou também.

HERI – Vamos!Ele caminhou com ela até a emergência e parou perto da cama da filha.

Victória sentia culpa, era por causa da desatenção dela que a filha estava ali naquela emergência e quando viu Fernandae se sentou ao lado dela, ela sorriu alisando a filha,cuidando dela com amor, com carinho com cuidado, sendo a mãe dela,queria que a filha sentisse seu amor naquele instante.

VICK – Nanda...meu amor, mamãe está aqui.

HERI – Eu vou pedir a comida dela.

FER – Eu não quero comer.Grunhiu de olhos fechados sentindo fraqueza.

HERI – Vai comer ou te coloco uma sonda, mas que você come, você come!Ele falou e saiu dali pra pedir a comida dela.

Fernanda suspirou decidida a não comer.

VICK – Filha, não faz isso!ela disse beijando ela e a puxando para junto dela.O que você quer? Quer sua mãe e seu pai juntos para você comer?

FER – Nada!Falou birrenta suspirando.Vocês não ligam pra mim nem Max, não minta mais pra gente, vocês não se amam e não vão voltar!Ela se virou para o outro lado com dificuldade

VICK – Filha...Victória falou carinhosa.Quero que pergunte a seu pai,pergunte a ele o que vamos fazer, ele te dirá a verdade.ela sabia que a filha acreditava mais no pai que nela.

FER – Não vou perguntar nada e não vou comer!

Heriberto entrou naquele momento é as olhou.

HERI – Sua sopa já está vindo!

FER – Eu não vou comer!

HERI – Está pensando em morrer de fome, Fernanda?

FER – Sim.Respondeu no ato.

VICK – Amor, ela está assim porque nos separamos, diz a ela, por favor...

HERI— Fernanda, eu peguei sua mãe até de ponta cabeça ontem a noite a gente não vai separar, eu já voltei pra casa, minha filha.

Victória começou a rir. Ele falou do jeito que ela queria ouvir e ela o olhou curiosa na mesma hora.

HERI – É disso que você gosta de ouvir safadeza, minha filha, você só pode ter puxado sua mãe!

FER – Eu quero saber...

VICK – Não vai dizer essas coisas a ela!Victória estava vermelha.O que quer saber, menina?

Ela olhou a filha de depois Heriberto.

HERI – Filha...Ele se aproximou e sentou na cama.Quando você for fazer só toma cuidado pro sangue não descer todo pra cabeça que se não você fica sem ar.Explicou

FER – A minha mãe fica assim?

HERI – Sua mãe já está treinada não perde mais nada.Falou rindo e ela riu junto.

VICK – Meu Deus, Heribertoooooo!

HERI – Mas você não vai fazer isso porque já estou providenciando uma calcinha de choque que só papai vai ter a chave ninguém toca em você não, minha filha.

Victória meteu tapas o marido.

VICK – Para se dizer essas coisas para nossa filha.

Ele riu se defendendo.

HERI – Aí... Tá vendo, minha filha, você me faz apanhar!

VICK – Seu pai me acaba, minha filha!ela soltou por fim para ver como ela reagia e a comida chegou e Victória quis dar na boca dela enquanto falava.Filha, seu pai parece um búfalo.soltou um riso envergonhado e ficou vermelha.Ele não pensa que temos que trabalhar, ele quer toda hora!Você acha que de ponta a cabeça é o nosso melhor, não é?ela colocou uma colher na boca da filha.

Fernanda olhava toda interessada e comeu e disse:

FER – É na parede, né porque eu ouvi ele dizer "eu vou te pegar na parede"!Usou a voz do pai.

E Heriberto gargalhou

HERI – Você parece criança que ouve atrás da porta!

FER – Se eu não posso fazer quero saber até calcinha de choque vou ter.Comeu mais uma colher enquanto ele ria ela gostava mesmo daquele assunto.

Victória deu mais comida a ela na boca.

VICK – Seu pai já me pegou na casa toda, ele é assim, não tem limites, e só quer saber de dizer que quer safadezas,eu estou sempre dormindo pelada por causa delee aquelas calcinhas rasgadas no banheiro...ela riu.Você sabe, filha...

HERI – Papai é macho, minha filha!Falou orgulhoso.

FER – Eu quero um marido assim, que me deixa andar de perna aberta igual a mamãe.

HERI – Você não vai ter isso não, minha filha, que eu morro do coração!

FER – Mais o senhor disse que com cinquenta anos eu posso...

VICK – Eu não ando de perna aberta não!ela deu mais comida.Que isso, Fernanda?falou séria com ela.

FER – Anda, mamãe, anda sim.

Olhou ela depois de engolir.

VICK – Meu Deus, que horror, isso que seu pai faz, me faz passar vergonha,eu não quero...

FER – Mas a senhora gosta e diz, eu quero é mais de ponta cabeça!Imitou de novo e a risada foi solta.

HERI – Minha filha, esqueça esse assunto de ponta cabeça tem que ter técnica ou não funciona.Ele piscou pra ela.

FER – Eu procurei na internet e não achei.Ele a olhou e perdeu o sorriso.

HERI – Tá vendo piru na internet?

VICK – Que isso, Fernanda? O que você queria ver, jesus!

Ela encheu a boca de sopa para não responder.

HERI – Não disfarça não, menina.

FER – Era só a posição...Falou.

VICK – Eu não quero você na internet fazendo isso não, filha,a menos que seja de negão! Porque se for...

HERI – O que?Heriberto deu um berro.

Victória soltou uma gargalhada e sentiu o coração encher de alegria.

FER – Tá vendo, pai, tem que passar umas base aí tá muito branco.Zombou.

HERI – Vocês não tem mais respeito algum por mim!Negão uma ova!Saiu dali cheio de ciúmes.

FER – Papai não sabe brincar não, mãe.

VICK – Seu pai é um ciumento, filha.ela deu mais comida a ela.Eu quero que pense bem porque se for um negão, não cabe na bocae que ele não me ouça!

FER – Eu vi um desse tamanho, mãe!Mostrou com a mão a grossura.Até parei de ver, deu muito medo!

Victória danou a rir e olhou a filha que estava com cara assustada.

VICK – Como assim, filha?deu mais comida, estava quase acabando.

FER – Sim mãe tão grande que não vai caber não!Decidi que quero um marido branco.

Riu que nem percebeu que tinha comido tudo.Victória beijou sua filha e seus olhos encheram de lágrimas com ela ali alimentada e ela olhou para a filhaera tão linda e sentiu o coração apertar.

VICK – Meu amor, eu amo seu pai, ele é o homem da minha vida,eu o quero para mim.

FER – Então, por que ele não está em casa?Abaixou o olhar.

VICK – Ele voltou ontem, amor mas precisou vir trabalhar. Ele voltou, filha, eu fui até uma boata e resgatei ele bêbada.ela beijou mais e filha ainda segurando o prato

FER – Você bebeu de novo, mãe!Não pode beber!Meu pai não gosta disso.E se ele não voltar por causa disso, eu vou morrer de fome.

VICK – Não, amor...eu não voltei por issocom ele,voltamos porque nos amamos e queremos estar juntos e com nossos filhos,vocês são nosso tudo e nosso amor!Você acha que eu quero ficar longe dele? Você viu como ele estava bonito hoje?Eu não vou deixar seu pai, solto, me ajuda.Ela abraçou a mãe.

FER – Eu ajudo!O que quer?

VICK – Quero que coma para mimarmos seu pai e fazermos tudo juntose eu preciso de ajuda com seu irmão e aquela sonsa.ela riu e pegou a sobremesa de frutas.Vamos comer juntas?

FER – Isso deve ser ruim!E Maria é uma sonsa mesmo!Concordou com a mãe.Max deve gostar de ir pra cama com ela porque tudo ela chora.

VICK – Não é ruim, vamos comer!Como assim, filha me conta melhor isso, quero saber tudo ela chora por que?perguntou curiosa e deu frutas a ela.

FER – Ela chora se Max não vai ela chora se Max não liga ela vai atrás dele chorando, só chora.Era uma tremenda fofoqueira.

VICK – Meu Deus, amor, me conta isso!ele está nas mãos de uma golpista?disse séria.Me conta, filha...

FER – Eu não sei nunca vi pedindo dinheiro pra ele.

Victória deu mais frutas a ela e comeu também vendo Heriberto chegar de novo no quarto.

FER – Mas eles estão quase morando juntos no apartamento!

HERI – Já pararam de falar dessas safadezas?Ele olhou as duas

VICK – Heriberto...ela disse nervosa.Meu filho está passando maus momentos com essa menina,eu não quero Maximiliano assim, não quero de jeito nenhum.ela disse com a voz firme.Me conte mais, Fer, me conte tudo!

FER – Eu não sei de mais nada!Ele sempre vai atrás dela e ela dele.

HERI – Vamos levar eles para jantar em casa e descobrimos mais sobre esse namoro.Ele beijou Fernanda.Está melhor?

Ela olhou o pai.

HERI – Sim, agora que sei que você está em casa eu não preciso mais fazer dieta.Sorriu.

FER – Papai não vai mais embora a menos que sua mãe queira!

Victória segurou a mão dele e sorriu.

VICK – Te amo, não quero enfrentar essa dieteira sozinha.ela riu beijando ele na boca de modo carinhoso.

HERI – Eu também te amo muito!Mas não, não, que nossa bebê aqui.Ele riu e beijou a filha depois os lábios da esposa.

FER – Eu já posso ir pra casa?

HERI – Pode e quando chegar vai comer mais!

FER – Tudo bem você também vai comer, eu comi!

Ela riu segurando a mão dos dois.

VICK – Vamos para casa, amores, mamãe.ela debochou.Vocês precisam de comida e eu de um banho bem gostosoe uma massagem.

HERI – Eu preciso de comida.ele suspirou passou a mão na bunda dela discreta.Victória se arrepiou.

FER – Não vai ter massagem que meu pai é meu!

VICK – Seu pai é só seu?

FER – Sim, mãe, eu estou doente!Fez dengo e Heriberto tirou o soro do braço dela.

VICK – Heriberto, segure ela, está fraca ainda é melhor levá-la no colo.
VICK – disse toda amorosa com a filha sabendo que ela estava querendo amor e atenção e pegando as coisas dela para irem embora.

FER – É pai, eu estou fraca!Riu e ele a pegou no colo.

HERI – Como um cavalheiro vou levar minha princesa nos braços!Ele disse rindo e beijou ela andando para o carro depois de assinar uns papéis.

Victória foi atrás e disse sorrindo para eles.

VICK – Vamos comer uma salada em casae depois uma gelatina e outras frutas.ela ia falando e a filha rindo.

FER – Mamãe, não estamos de dieta!Quero pão com hambúrguer!

HERI – Hum eu também quero!Heriberto falou cheio de do fome.

VICK – Nada disso, você vai comer pão de b...aquele amor, bisnaga.ela disfarçouE você, filha, vai comer o que quiser, desde que coma!

HERI – Aí que injusta, sua mãe, minha filha, quer me deixar de dieta!

Fernanda riu entendendo.

FER – Meu pai vai comer os dois pães, mãe!Ele vai comer sim...

VICK – Ele vai chegar e comer tudo que ele puder comer.ela implicou.Agora vamos para casa e vamos comer tudo.

HERI – Sua mãe ama seu pai, minha filha, ama muito!

Ele beijou a filha e colocou dentro do carro.

HERI – Ela ama muito, pai!

Heriberto e Victória levaram sua princesa para casa e juntos tomaram banho e alimentaram ela alimentando o corpo e a curiosidade.Max quando chegou em casa e viu o pai lá, foi a maior surpresa para ele, abraçou o pai como se fosse criança pequena e juntos jantaram rindo sem Maria...

Victória estava sem pudor e quanto ele foi deitar depois de levarem a filha para a cama, ela ficou pelada aguardando elee quando ele entrou, se amaram como loucos e a separação tinha ido por água a baixo...

E ASSIM OS MESES SE FORAM...

Heriberto deixou algumas de suas funções no hospital entendeu que por mais que tivesse perdido sua menina não precisava perder também sua família tinha dois lindos filhos que precisavam dele e uma mulher apaixonada e fogosa que se ele não cuidasse outro cuidaria por isso ele decidiu que era hora de diminuir a rotina de trabalho e apenas ia ao hospital duas ou três vezes na semana dependendo do caso que chegava para ele.

Aos finais de semana não trabalhava apenas para ficar com sua família viajar e ser feliz. Fernanda seguia o grude dos dois querendo saber tudo sobre sexo muitas das coisas eles respondiam outras não pois era entrar em um assunto muito perigoso eles eram felizes daquele modo.

Victória também parou de trabalhar dobrado era uma mulher de sucesso e se deu ao luxo de curtir as coisas boas que a vida lhe ofereciam.Max seguiu seu relacionamento com Maria e sempre fazia todas as vontades dela marcou o casamento e em alguns dias estaria oficialmente amarrado a Maria que sorria feliz apaixonada por ele.

Victória sorriu e olhou aquela vida linda que ela tinha agora e somente uma coisa faltava para completar seus dias.Toda aquela felicidade era deles, um pedaço deles e para eles.Ela estava mais focada nos cuidados com os filhos, mas tinha pedido a Heriberto para que os dois fizessem uma busca, uma nova tentativa pelos locais onde a filha tinha sido sequestrada e mais uma vez, os dois iniciariam a busca da pequena Alice...

Era doloroso, mas era o único modo deles resolverem tudo.Victória tinha decidido que era o momento deles, o momento de investir na reconquista de sua família.Estava sentada com sua filha na sala e as duas conversavam sobre tudo que ela queria fazer na mídia para achar a sua pequena Alice...

VICK – Filha, você se lembra dela?

FER – Sim, todos os dias mamãe todos os dias só não falo porque sei que vocês sofrem.Suspirou nos braços da mãe.

VICK – Minha princesa, você pode falar.ela disse amorosa com a filha.

FER – Não, mãe, ela era tão pequena e linda o que deve ter acontecido? Pegaram pra criar apenas porque nunca pediram dinheiro.

VICK – Não sabemos, minha filha, porque foi dentro do Hospital do seu pai.Victória deu aquele suspiro terrível de quem sofria.

FER – Eu quero ajudar a encontrar, como vamos colocar na televisão?

VICK – Sim, minha filha, vamos colocar em todos os lugares...ela disse olhando os papéis.Minha filha, quem era aquele rapaz que veio ontem a noite ai na frente?disse sabendo que a filha ia responder.

Ela olhou mãe e riu.

FER A senhora viu?Ela riu.Ele é um bobão!Ela riu mais.

VICK – Eu vi sim, minha filha, mas quero saber quem ele é.É algum namorado?

FER – Não, ele é só meu amigo.Ele veio me entregar meu batom.

Victória ficou olhando o modo como ela falava.

VICK – Só seu amigo, entendi.

Ela riu e não disse mais nada não só ficou prestando atenção no modo como a filha ficava vermelha quando falava.Estava concentrada em conseguir fazer uma campanha para recuperar a filha mesmo que o marido não compartilhasse com ela daquela ideia...

FER – Mãe, ele gosta de mim e eu perguntei se ele sabe fazer de ponta cabeça e ele não entendeu.Esperou a mãe olhar ela segurando o riso.

Victória não aguentou e riu.

VICK – Como assim, filha, por Deus, não fale desse modo?

FER – Eu está só brincando e ele quase caiu no meio da rua.Começou a rir.

VICK – É mesmo, filha?Victória analisou ela com atenção.Tudo bem, meu amor, eu acredito.Seu pai ligou?ela disse juntando os papéis.

FER – Não, só Antonela e ela disse que papai vai atrasar só isso!

VICK – Sei, Antonela!ela suspirou e mordeu a boca.Filha, me diz uma coisa.Você acha que a Antonela gosta de seu pai?

Ela olhou bem a mãe.

FER – Não, ela é toda cuidadosa tem um noivo bem bonito.

VICK – Mas ela está sempre lá no pé do seu pai, filha...ela disse ciumenta.

FER – Cuida do papai como eu cuido, só isso!

VICK – Tem certeza?ela olhou com atenção ao que a filha dizia.

FER – Mãe, eu conto tudo para a senhora e quando vocês se separaram, ela disse que papai demitiu dois enfermeiros e gritava com todo mundo e que agora todo mundo da graças a Deus que ele está com a senhora porque ele voltou a ser educado.Riu.

Victória começou a rir.

VICK – Sério que seu pai virou esse mal educado porque estava com falta de mim?Eu nem podia imaginar uma coisa dessa.ela suspirou contente porque queria mesmo ser o centro das atenções.

FER – Mais pode imaginar porque papai é um monstro sem a senhora.Ela riu e beijou a mãe.Mãe, podemos fazer uma campanha com crianças famosas em um desfile e no final a foto de Alice.

VICK – Podemos sim, minha filha!

Victória ficou todo entusiasmado com a filha.

VICK – Se você me ajudar pode ficar ainda mais bonita.Toda organização toda decoração podia ser algo que você fizesse.Pode ir trabalhar comigo e aí você escolhe.

FER – Mãe podemos colocar umas meninas assim toda vestida de preto com batom preto bem gótica.Implicou.Imagina os cabelos anos oitenta bem punk.Ela riu fazendo gesto com a mão.

VICK – Pode, minha filha, pode fazer do jeito que você achar melhor.

Ela tocou o rosto da filha com todo o amor sorrindo para ela.

VICK – Você não faz ideia de como eu fico feliz com você me ajudando nisso.Eu sofro demais minha filha.

FER – A senhora nunca me deixou ficar assim, então, eu não ficava.Deu de ombros.Eu vou pegar um suco quer?

Victória apertou a filha bem junto dela.

VICK – Minha filha, eu quero você o mais perto que eu puder!Eu não te afastei, apenas não conseguia pensar minha filha estava tão desesperada quando sua irmã sumiu que mamãe ficou doida.Ela deu uma suspirada.

FER – Mamãe, eu entendo tá.Eu tô bem agora com vocês dois assim.Apertou a mãe e a beijou mais e mais.

VICK – Meu amor, vocês são tudo que eu mais amo no mundo,eu quero você feliz!

FER – Eu sou olha!Se soltou da mãe e sorriu levantando e girando.Viu? Feliz.

VICK – Meu deus, filha!ela riu alto e bateu palmas.O que você acha de irmos buscar seu pai para jantar?ela disse amorosa.Temos tempo para isso.

FER – Quer vigiar meu pai?Falou rindo.

Ela riu e disse se levantando e sorrindo.

VICK – Aprendeu rápido em filha,quando você tiver um namorado...

FER – Só com cinquenta anos!Ela riu beijando a mãe a levando para o carro.Será que a gente pode comprar o doce dele antes?

VICK – Podemos, mas seu pai está gordo demais.ela começou a rirdepois eu tenho que aguentar o peso dele em cima de mim.falou provocando a filha que adorava saber.

FER – A senhora gosta que eu sei, danada!Riu alto do que disse.

O motorista as levou a uma pequena venda e compraram o doce do pai e minutos depois elas chegaram no hospital e se anunciaram para ele e caminharam em direção ao consultório e encontraram Heriberto com os olhos vermelhos no meio do corredor.

VICK – O que foi?Victória disse olhando para o marido e correndo até ele.O que foi que houve, meu amor, por que você está assim?Estava nervosa o coração parecia que ia saltar pela boca com ele daquele modo.

Ele a segurou e a beijou na boca e depois a abraçou forte.

HERI – Meu amor...Que bom que você veio!Ele a olhou.Eu tenho que te mostrar uma coisa!Ele a olhou deixando lágrimas cair.

VICK – Sim, meu amor!Ela Estava emocionada.Vem, minha filha, vem.Segurou a mão da filha trazendo junto com ela e com o marido.Não sabia o que era mas com certeza se ele Estava emocionada daquele jeito era algo bom.

Ele entrou em sua sala com ela e tinha um homem com uma menina no colo que brincava com sua gravata enquanto esperava. Ele entrou e esperou que ela a visse.

HERI – Olha...

Victória segurou forte nos braços de Heriberto.Estava em choque com o mesmo rostinho de uma vida, a mesma expressão de amor e delicadeza.Ela era especial e quando olhou nos olhos da menina perdeu a cor, perdeu a força, sentiu as lágrimas e foi até ela com calma, não sabia se a menina se lembrava dela, eram mais de dois anosparou diante da filha em choque, estava sim em choque e suas lágrimas não paravam de cair.

VICK – Minha filha!disse com um fio de voz sentindo a vida acender de novo.Minha, Alice, meu amor...ela ia pegar ela, mas esperou para ver a reação dela.

Ela olhou bem dentro dos olhos dela e sorriu ainda segurando a gravata do homem.

ALICE – Você me achou.Sorriu mais ainda e desceu do colo ficando de pé em frente à ela que estava de joelhos.

Victória abraçou sua filha.O coração dela estava tão disparado naquele segundo que se o mundo parasse ela nem ia perceber.Sim, a sua filha, estava de volta em seus braços o seu amor a sua pequena Alice que tinha sido tirada dela há tanto tempo.Agarrou a filha chorando sem conseguir controlar soluçou em desespero.

VICK – Eu te achei, meu amor, eu te achei!Repetiria até o cansaço.Meu Deus, obrigado por devolver a minha filha!Ela a abraçou feliz sem entender muito o que acontecia apenas agarrou a mãe...