Ás escondidas assim que a noite dava lugar as primeiras luzes da manhã, Ângela entrou no quarto de Bella, na ponta dos pés, para não acordar as duas amigas.

__Ângela, aqui tão cedo?...

Bella levantou os olhos e viu a amiga entrando no quarto.

__Desculpe Bella não queria te acordar...

__Não acordou, eu estava só deitada, tive apenas um leve cochilo, mas e você?...

__Ah Bella Paul é maravilhoso, e estar ao lado dele, agora mais do que nunca, é uma das melhores coisas que me aconteceu...

Com olhos marejados, Ângela retratava toda sua felicidade.

__Fico feliz por você!

Bella levantou se, e pegou na mão da amiga.

__Mas porquê, estava acordada até agora? Sente se mal ou? Edward lhe fez algo?

Bella virou de costas, mas respondeu à Ângela.

__Não, Edward é um cavalheiro...eu é quem estava pensando nas mudanças em meu futuro..

__Sim com certeza Edward é um cavalheiro...mas vejo que tem algo à mais no teu olhar..

Ângela conhecia Bella muito bem, era difícil lhe escapar algo.

__Ângela, minha amiga, tudo se resume ao meu futuro que pretendo encarar, e o presente que devo esquecer...

Decidida Isabella voltou seu rosto, com olhos marejados, para sua amiga, que logo entendeu.

__Ah amiga...

__Estou bem, tudo ficará bem...e você ? Acho que temos muito o que falar, você não acha? Alice!!!!Acorde! Olha quem voltou da noite de núpcias!

Isabella enxugou os olhos, e forçou seu semblante à mudar, pegou Ângela pela mão e caiu quase em cima de Alice, que se pôs rapidamente de pé, e ansiosas ouviam os relatos da primeira noite de amor, um assunto tão proibido quanto sua princesa mostrar o rosto, mesmo para uma senhora já casada, mas em sussurros, Ângela se confidenciava.

Uma carroça vagarosamente, passa desapercebida na silenciosa estrada que levará ao castelo de Forks, um homem barbudo do vilarejo, segue em ritmo lento, até descarregar sua carga, no seu destino.

Assustado o homem quase caí, ao forte e brusco movimento que o cavalo faz, ao notar a presença de mais alguém, em meio aos arbustros.

__Ola?

O homem grita, mas não obtém resposta, só o que houve é a vida na floresta, nada mais do que o canto dos pássaros.

Somente o silêncio...

Silêncio...

Sentiu um frio na espinha, com a sensação de estar sendo observado, estava silêncio de mais, e só pode ouvir, o ritmo acelerado de sua respiração.

Continuou sua jornada, meio tremulo, pois ouvistes alguns rumores, sobre alguns rebeldes escondidos, mas nenhum ataque, apenas rumores. Esse pensamento, voltou como uma lamparina que se acende em sua cabeça.

Tentou relaxar e recomeçar seu caminho, quando...

Quando viu uma grande confusão de cavalos passarem todos por sua carroça, eram tantos e tão velozes que só teve tempo de abaixar a cabeça, em meio ao medo de ser atacado.

Mas para sua surpresa, passaram por ele, levantando poeira e gritos de comando e se foram.

Aterrorizado, ele levantou os olhos mas só viu poeira.

__São eles, sim eu os vi, hoje vindo ao palácio!

O mesmo homem, contava a história pa ra todos os homens que na taverna bebiam.

__Acho que anda bebendo demais!

__Não acho que ele andou sonhando sentado, isso sim!

Os homens zombavam, da fantástica história do homem, o deixando irritado, por não acreditarem no que acabou de vivenciar.

__Acreditem eu vi! Eles estavam por toda parte!

__Incrível história!

Uma voz ecoou na entrada da taberna.

Era James.

Todos ficaram calados e abaixaram suas cabeças, se pondo de pé, o silêncio imperou.

__Vamos não se importem comigo, continuem a conversa que me interessou.

E aos poucos os homens tomaram assento, e aos murmúrios retomavam suas conversas, mas os olhos sempre, as vezes, em James.

__Mas, e você caro criado me conte mais o que você estava à falar.

E James puxou um banco e se sentou ao lado do homem, seus guardas ficaram à porta da taberna. James pegou uma caneca com bebida e tomava com olhos arregalados olhando para o homem, à espera da história.

__Bem..er...eu hoje , quando voltava ao vilarejo, vi do nada, muitos homens à cavalo, apareceram do nada, tamanha foi a confusão que mal consegui ver seus rostos e em quantos eram, só sei que eram muitos...

O homem falava, e James o olhava de maneira desconcertante.

__Sim, sabe que mentir ou ocultar alguma coisa à realeza, é um crime cabido de pena de morte? Não sabe?

James com olhos ávidos, falou e o silêncio tomou novamente o ambiente,

O homem com os olhos arregalados falou.

__Sim meu senhor, mais é a pura verdade!

James continuar à fitar o homem em silêncio, e a atmosfera era insuportável, e o homem tremia, e James viu pavor nos olhos do homem.

__Ha! Hahaha! Só estou brincando com você!

James começou á gargalhar amenizando o clima, e todos também começaram à forças gargalhadas, como se tivessem entendido a piada.

O homem relaxou os ombros, e respirou fundo.

__Hum, me dê outra caneca, mas então...você não conseguiu ver da onde eram e em quantos?

__Não mi lorde...mass ei que eram muitos e bem velozes...

__Hum, espero que eu esteja errado...mas não estou gostando muito dessa história..

O homem voltou à tremer.

__Mas acredito em você, acho que não contaria tal mentira à sua realeza...

James se levantou , todos fizeram o mesmo.

__O rei precisa saber disso.

James murmurou e saiu da taberna, com seus guardas.