Conflitos

Victória aproveitou uma distração do guarda, e com força batendo a porta entrou no quarto onde Ângela se encontrava prisioneira de James.

Victoria com olhos vibrantes observou a moça na cama, onde sentia que era o sue lugar, então o ciúme acentuou se ao ver pessoalmente a cena.

__Victória...

Ângela murmurou ao ver a mulher imponente e bela na sua frente, sentiu um medo, pois sabia o que Victoria era capaz, ainda se tratando de James, que de seus amantes era o qual ela nutria algum sentimento.

Sim Victoria era o tipo de mulher, que diferente da maioria , assim era o modo de servir ao palácio, o que era vulgar e proibido, mas era algo que todos sabiam, mas tudo era facilmente encoberto, e disfarçado. Victoria por sua estonteante beleza logo desde cedo fora apresentada a esses tipos de serviço, o que lhe parecia de total agrado, por ter sido assim colocada como dama da rainha, e não ter de pegar no pesado, na cozinha ou em qualquer outra parte do palácio. Para ela desse modo, ser a dama da rainha, usar vestidos e anáguas, tinha um preço em especial.

Mas assim que lhe fora enviada para James, firmou se um tipo de contrato, algo pessoal, que até então agradou ambas as partes, e assim como toda mulher, Victoria tornou a sonhar e imaginou um dia finalmente ter um nome na realeza, casando se com James, assim ela almejava.

Mas ver outra na cama daquele que era seu....seu futuro...

__ O que faz ai? Rebelde?

__Victória eu não sou...

__Calada!

Victoria andava pelo quarto, se colocando ao centro do mesmo. Parou quando avistou a mesa com frutas e bolos, provavelmente para Ângela, a raiva lhe acentuou.

__Eu fico pensando Ângela...o que você pensa que está fazendo na cama do meu James!

Victoria gritou e enfurecida, atirou as coisas da mesa no chão. Ângela, se encolheu na cama.

__Frutas? Desde quando James se interessa por frutas?

__Foi você que pediu isso pra ele rebelde?

__Não, eu não quero nada disso!

__Ah mas não me parece, me parece que você está gostando bem de seu novo estilo de vida....

__Saiba, que não é o que parece!

__É exatamente o que parece! Você sempre esteve no meio da realeza...

__Como ?

__Não se faça de boba e de inocente menina! Sempre nas asas da princesa... Agora o que pretende? Enganar à James também?

__Seu ciúme lhe cega, faz lhe ver coisas que não existem!

__Conheço bem o seu jogo...a mim você não engana! Conheço essas táticas muito bem!

Só preciso saber o que você fez para que James que se julga tão esperto deixar se enganar desse modo...

__Victória não sou como você!

__Sim você não é! Eu sou linda e perfeita!

Aos gritos ambas discutiam no quarto de James!

Um dos guardas caminhava em direção e viu a porta do quarto de James aberta,e ouvia gritos de dentro do quarto, olhou e viu do que se tratava e tomou uma decisão.

__Victória está enganada se pensa que estou feliz aqui....não vê que sou uma prisioneira nesse quarto!

__Muito conveniente Ângela, muito conveniente uma prisão numa cama real, com frutas à seu dispor, ah flores também?! Que romântica prisão!

Victória abaixou tomando o controle da voz, e colocou o rosto bem próximo do de Ângela coagindo a com seus belos cachos ruivos esvoaçando por seu rosto, pegando em seu queixo firmemente.

Ao avistar a flor, Victoria jogou o rosto de Ângela de lado, com força. Victória ficou na mesma posição, como se analisasse toda a situação, o que aquele gesto significava, o que seriam aquela flor ao lado da cama de James?

Quando foi que ele a dera uma flor? Quando foi que ele lhe dera algo tão singelo?

Seus presentes e raros, foram no começo, logo na primeira noite dos dois há tempos atrás , quando James lhe deu um colar, e lhe pediu que não fosse de mais ninguém.

Mas uma flor? Nunca recebeu de ninguém , e como isso tinha valor agora, muito mais que mil colares igual ao seu.

A raiva lhe acentuava mais e mais, pegou uma faca que na confusão caiu no chão.

__Olhe pra mim, sua criada!

Ângela tornou a ter seu rosto firmemente segurado por Victoria que se mostrava totalmente fora de controle, estava a machucando, ela a mataria.

__Victória ....

Ângela falava com calma, qualquer movimento e Victoria lhe cortaria, a bela mulher estava alterada e descontralada.

__Se você pensa que vais me tirar James e ficar com o meu lugar no trono, você está enganada! Está me ouvindo? Eu acabo com você!

__Seu lugar no trono? Mas?

__Sim, tenho ceteza que James já lhe contou, eu serei rainha! E agora vou fazer tudo para que isso aconteça!

__Victória largue a !

Victoria foi lançada ao chão libertando Ângela.

__James...

Victoria murmurou do chão, com a faca ainda na mão.

__Angela você está bem? Ela....

James olhava para Ângela, pegava em seus braços, olhava a toda, como um pai observa,

se um filho se machucou, se está bem.

Victoria olhou sem acreditar, o modo de James tratar Ângela.

Ângela acenou com a cabeça, com as lágrimas lhe tomando a face.

James então se certificou que Ângela não tinha se machucado, se virou para Victoria que no mesmo instante largou a faca no chão.

__O que você exatamente tinha em mente?

__James eu...

James se ajoelhou ao lado da mulher ruiva.

__Por favor Victória, me diga o que você faz em meus aposentos, sem ter sido chamada? E ainda mais, incomodando minha convidada...

__Sua convidada? Não seja ridículo James! Ela é uma rebelde, uma traidora e você sabe bem disso! O que o rei diria se soubesse que o chefe da guarda deita com uma traidora?

James deu um tapa no rosto de Victoria.

__Não repita mais isso! Guarda leve a daqui antes que eu perca minha cabeça, ande!

Dois guardas pegaram Victoria com dificuldade, visto que a mesma se debatia e descontrolada falava.

Parou na frente da cama e apontou para Ângela.

__Sei que tem algo que escondes, e vou descobrir, vamos ver se assim ele vai continuar te protegendo!

Ângela olhou para o lençol da cama bagunçado.

__E James, ainda voltarás para mim, sei que minha cama é o lugar que tu mais amas.

E saiu enfurecida de raiva, deixando James e Ângela no quarto.

__Ela realmente não tocou em você?

James do canto do quarto resmungou, como um menino tímido.

__Não..

__Não permitirei que isso ocorra novamente, enquanto estiver aqui, está sobre os meus cuidados, é inadimissível tal comportamento de quem quer que for.

James falava sem olhar nos olhos de Ângela.

__Cuidarei para que os guardas não cometam o mesmo erro. Se precisar de algo...

James se ajeitava e se colocava na direção da porta.

__James?

Ângela da cama falou atraindo a atenção do mesmo, James virou para a sua direção.

__Obrigada!

James se assustou quando Ângela já estava de pé ao seu lado, e lhe deu um forte abraço.

Constrangido e meio confuso com tal sentimento e atitude, pois não lembrava de quando recebera um abraço como esse, James sentiu o calor do abraço de Ângela e pode sentir o toque de seus cabelos em seu rosto, e fechou os olhos aproveitando o inusitado momento. Mas logo se desvencilhou e ainda constrangido respondeu.

__Não é nada, não poderia permitir um assassinato em meu quarto...Victoria não tem esse direito..quer dizer não é só isso mas,

James tentou responder duramente como sempre o fazia, mas no fim dava explicações à Ângela.

Ângela não respondeu apenas sorriu, James vendo também sorriu, e se alguém visse jurava que um clima nasceu ali entre os dois.

James parou de sorrir, apenas olhou para Ângela tão perto dele, sozinha naquele quarto.

Ângela foi pega pelo olhar tênue de James, e ficou paralisada, meio sem saber o que fazer, não porque era forçada, mas por que sua mente não conseguia pensar direito.

Eles estavam bem próximos e James sequer a agarrava como sempre o fazia, Ângela estava ali sem ele tocar um dedo nela.

Que sensação estranha, ele pensava.

__Senhor, mi lorde, o rei o chama!

Ângela se desvencilhou e catava os cacos de copos e pratos da bagunça que Victoria deixou pelo chã do quarto.

James respirou.

__Guarda traga o que a senhorita desejar.

E James olhou para a jovem abaixada arrumando o quarto, já longe de si, a deixou ali.

Ângela vendo que estava sozinha, sentou se no chão e pensava no que acabara de acontecer. Alias o que ia acontecer?

E o que Victoria poderia descobrir? E se descobrisse que.... E Paul?

Uma criada chegou com uma refeição, mas Ângela foi incapaz de tocar na comida, mediante a tantas preocupações.

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